Ivan Sadeck: “Tribunal da inquisição foi instalado na Rádio Rural de Santarém”
As mudanças na programação da Rádio Rural de Santarém têm criado grandes repercussões em meio às redes sociais e veículos de comunicação, principalmente entre a população. Houve mudanças na administração. Programas que estavam no ar há vários anos foram retirados. Para falar sobre o assunto conversamos com o professor Ivan Sadek, que é católico e uma figura muito participativa quando se trata da Rádio Rural.
Ivan Sadek dá sua opinião sobre essas mudanças na Rádio, dizendo que são negativas. “Eu quero dizer que pela minha fé, estou me manifestando e me posicionando em defesa da nossa querida Rádio Rural de Santarém. Eu fui tomado de surpresa, quando alguns apresentadores de programas noticiavam que era a última vez que eles estavam no ar, porque vinha uma nova programação para emissora e que os antigos programas seriam extintos, dentre os quais, o Jornal da Manhã, antiguíssimo e que inclusive já ganhou até prêmio; e Rolando a Bola, que todos nós sabemos desse programa. Diante das mudanças, eu quero dizer bem claro, não sou contra mudanças, porém, acho que elas devem ser feitas com prudência, inteligência, equilíbrio e sensatez. Diante disso, me manifestei no programa muitíssimo ouvido na rádio, “Sinval Ferreira Atende”, onde fiz duríssimas críticas a esse processo que é implementado de mudanças na rádio, inclusive, eu estive condenando essa prática de seguir esses dois programas que agora há pouco falei. Isso trouxe uma certa repercussão, tanto dentro da emissora quanto fora, onde várias pessoas se manifestaram. Alguns me telefonaram, outros me encontraran na rua, me defendendo, que eu estava certo, que nós deveríamos lutar. Esse espírito, por conta dessas declarações, causou mal estar nessa nova gestão que está dirigindo a Rádio Rural e me convidaram para uma reunião junto à direção. Só que na primeira reunião marcada eu não compareci pelo fato de estar com um compromisso marcado para aquele dia e hora que tinham programado, mas que me colocava à disposição para um outro momento e, essa tal reunião aconteceu na última sexta-feira, dia 14. Eu fui ao encontro da direção e encontrei Padre Walter, que é vigário da Catedral, quando se apresentou como o novo diretor da Rádio Rural; Padre Alaelson, não sei qual o papel dele, mas estava lá; Bruna que também é uma das que integra; Ércio Santos e o Vagner. Tive informação que tinham mais dois, que é o Rui Guilherme e o Reinaldo Rebelo, mas disseram que eles não faziam parte dessa equipe e tinham outra função. Padre Walter tomou a palavra e me fez um relato manifestando toda uma explicação para as medidas, mas também procurando justificar toda essa mudança de programação. Eu fiz algumas anotações, que irei expôr, pois de uma certa forma explica, mas não justifica”, informou Sadeck.
“Eu começo dizendo que desde 2013 a Rádio Ruaral vem atravessando uma gravíssima crise financeira e ano após ano, débitos e débitos cada vez mais aumentam e não se tem conseguido equilibrar e saldar os compromissos. Desse tempo em que vem se avolumando, sempre faltou um plano de gestão para a rádio. Isso me chamou muita atenção, que a nova equipe que está aí, tem a responsabilidade de preparar a mudança, a tal chamada migração de AM para FM e que por conta disso os programas precisavam ser mais compacto, mais leves; seriam programas na linha FM, e que por conta disso não precisaria ter todo esse número de funcionários na emissora e consequentemente haveria demissões, pois não precisavam de 25 funcionários na emissora. Então, vêm por aí demissões. Depois ouvi algo na reunião que fiquei até agora martelando, que a rádio perdeu a dimensão evangelizadora. Vejam só, depois de terminada a exposição dele, perguntou se mais alguém gostaria de se manifestar. Então, eu disse: ‘Eu posso me manifestar?’. Comecei com o ponto do déficit, disse: ‘Padre, o déficit sempre existiu, mas veja que de 2013 pra cá (quatro anos), já passaram dois padres à frente da emissora, será que não se conseguiu pelo menos minimizar essas despesas?’. Padre Auricélio e Padre Ademar. Com Padre Auricélio veio um grupo que inclusive um dos integrantes chegou a dizer que eles eram homens do bispo, exatamente escolhidos para dar apoio e ajudar no trabalho na rádio e algumas mudanças de programa e novidades. Mas com isso implementaram também muitas dívidas, uma série de coisas que fizeram e que leva cada vez mais como uma bola de neve essa dívida a aumentar. Então, mostrava diante disso tudo uma certa incompetência de gestão, ou melhor, no plano de gestão. Eu disse: ‘O senhor está confessando que sempre faltou um plano de gestão. Então, não é agora e nem são os funcionários que estão aí que são os culpados ou responsáveis, apenas sempre houve uma falta de plano de gestão, nunca se cuidou, nunca se primou’. Disse que a mudança de AM para FM, por uma exigência legal, não quer dizer que você tem que atropelar, apressar, mas que você tem de fazer dentro de um procedimento com equilíbrio, prudência, diálogo e ouvir a sociedade, ouvir os próprios setores da igreja, porque o leigo também tem de participar, ele também é responsável pela Rádio Rural; a rádio não é do bispo e nem dos padres que estão aí, é sim da igreja, da Diocese de Santarém. A igreja somos nós, o povo. Trata-se de um patrimônio histórico municipal, ou seja, tem toda uma história que não permite você adotar todas essas medidas tão truculentas e rápidas como são feitas. Por isso me posicionei contrário e achava que precisava com isso abrir espaço, buscar alternativas, campanhas fortes e pesadas para arrecadar recursos. Até desafiei: ‘Padre, você é vigário da Catedral, que tal a igreja implementar uma campanha forte para o dia do Círio, onde cada católico e participante do Círio contribuirá? Não terá um dinheirão todo para pagar a dívida, mas você irá ter uma boa parte desse dinheiro que pode minimizar, 100, 200, 300, 1000 reais que possam entrar. Duvido se você fizer uma boa campanha envolvendo a população não só da cidade, mas dos vários municípios que integram a Diocese, eles podem contribuir. É uma ajuda, sim, é melhor do que nada’. Por último, falei da perda da dimensão evangelizadora: ‘Quer dizer nesse tempo todo os programas religiosos não alcançaram a dimensão evangelizadora, não tiveram um papel importante. Que a partir de agora com essa nova equipe, que estou chamando de equipe dos iluminados (talvez por isso estejam aborrecidos comigo), porque eles estão demonstrando um grande saber, uma grande sabedoria, a partir de agora virá todo esse processo de nova dimensão evangelizadora. O que se fez até agora nada adiantou, não serviu para nada. A partir daí nós começamos a trocar farpas, mas algumas palavras mais fortes de ataques aos outros presentes. Ele ficou mais ouvindo e anotando e eu fui justificando todos os pontos que eu achava necessário. Eu dizia para ele que essa equipe tem a responsabilidade de conduzir a rádio, eu torço para que dê tudo certo, agora se fracassar eu quero que vocês tenham coragem de dar a cara ao tapa para justificar o fracasso e assinar o atestado de óbito da Rádio Rural, que eu espero que não aconteça, porque você deixou de uma certa forma de lado a valorização do povo que é o ouvinte da rádio. Eu digo com toda sinceridade, se você fizer uma pesquisa a Rádio Rural é a emissora mais ouvida nesta região, até porque na maioria dos interiores as nossas FM’s não alcançam, não chegam. Então, valorizem, respeitem isso. Por que você não aproveita os funcionários que estão há 10, 15, 20 e 30 anos dentro da emissora, eles têm potencial, sabem e conhecem a realidade? Por que você vai demitir para trazer os novos? Eles são mais capacitados, mais inteligentes. Se falta uma melhor preparação à informação, vamos adequá-los, vamos prepará-los, mas não demiti-los. Não tem necessidade de demitir e contratar. Isso é economizar e conter gastos? Me parece isso uma grande incoerência, é uma injustiça muito grande que fere o princípio do Evangelho. Então, essas coisas todas eu coloquei, esperava que eles fossem sensatos, prudentes nas decisões e considerasem a Rádio Rural como verdadeiramente da grande Paróquia da Diocese de Santarém”, declarou o professor.
Ivan Sadeck foi mais além e disse: “Eu não sou dono da verdade, estou trazendo aqui um pensamento, uma proposta para refletirmos. Propus para eles, que se abram ao diálogo, se abram para um entendimento, conversem e convidem o povo para participar. Eu penso que a gente estaria sendo mais fiel à proposta que hoje o Papa Francisco está dizendo na igreja, a gente acha muito bonito as palavras que o Papa diz para o mundo todo, mas às vezes não soam bem para nossos ouvidos, para nossas práticas. Ele recomenda que a igreja seja uma igreja de saída, que vá ao encontro; seja uma igreja muito mais participativa. Então, eu acho isso importante e a Rádio Rural tem esse papel de aglutinar, tem o papel de ser um instrumento de evangelização, de trazer essa boa notícia do reino para o povo. Eu diria que ela é a porta que oferece para aquele que não tem voz nem vez se manifestar e se expressar, e os programas que estão vindo por aí, vão castrar essa realidade. Agora, ele me deu uma informação que por consciência minha já sabia, que eu não faria mais os programas: ‘A Bíblia em Sua Vida Hoje’ apresentado toda quinta-feira e o ‘Amanhecer da Fé’ apresentado aos domingos de manhã. Por conta disso eu me despedi. Agora, eu não sabia, não me foi comunicado. Não sei se foi por falta de coragem, por falta de uma atitude mais honrosa, mas eu soube por informações de que ele passou uma nota dizendo que eu estou PROIBIDO de me manifestar ou falar nos programas da Rádio Rural. Então, sendo assim, eu posso afirmar: ‘Está instalado o tribunal da inquisição’. Com pesar, com tristeza, em pleno século 21, quando a igreja está propondo diálogo, você toma uma atitude arbitrária e ditatorial. Mas nós queremos sempre o melhor para a Rádio Rural. Eu disse, aliás, para ele que tenho uma ligação desde quando eu entrei no Seminário São Pio X; eu nunca esqueço, o meu primeiro trabalho manual, com uma equipe de colegas foi em uma sala e faziam uma seleção de ferrinhos, eram centenas, senão milhares de ferrinhos que você tinha que separá-los para depois juntar para ir montando as partes para formar a torre que deu origem à inauguração da Rádio Rural. Então, desde esse tempo eu amei a Rádio Rural, fazia parte de um programa chamado ‘A Voz da Catequese’, muitas vezes fiz sozinho, ainda quando o estúdio era no Caranazal. Depois, o Padre Auricélio me trouxe para fazer ‘A Bíblia em Sua Vida Hoje’, e por insistência do padre Edilberto Sena, me trouxe para fazer o programa ‘Amanhecer na Fé’. Então, eu tenho muita identificação com a rádio, eu amo e gosto da Rádio Rural, e tudo que faço, faço com gratuidade, não cobrei, não cobro nenhum tostão pelo serviço que sempre fiz, eu faço pela rádio, porque acho que esse é o nosso dever como cristão”, finalizou o professor Ivan Sadeck.
Fonte: RG 15/O Impacto
ESTES PADRES SÃO UMA VERGONHA PARA SANTARÉM, ALÉM DE ESTAREM RECEBENDO PROPINA DO FUNDO AMAZONIA ATRAVÉS DA PASTORAL DA TERRA E ENGANANDO AGRICULTORES DA REGIÃO PARA DESESTABILIZAR O AGRONEGÓCIO DO PAIS. VEJAM SÓ TEM UMA FREIRA EM ORIXIMINÁ QUE É DA ALEMANHA E NÃO DEIXA NINGUÉM ENTRAR EM UMA RESERVA PARTICULAR DELA ONDE ELA EXPORTA OURO PARA FORA DO BRASIL, OU SEJA ROUBA NOSSO OURO… ESSA BAINA DE PADRE É DISFARCE PRA ROUBAR OS BRASILEIROS…
Independente de dar certo ou não pelo menos a atual gestão está tentando fazer algo para melhorar a situação principalmente financeira da rádio. Antes de qualquer coisa a rádio é uma empresa possui CNPJ e tem suas obrigações principalmente com seus funcionário. Empresa alguma é obrigada a manter funcionários sem necessidade e outra, principalmente funcionários que não concordam em se adequar para ajudar a melhorar a situação de onde recebem seus salário, e como de conhecimento desse senhor quando o assunto é mudanças sempre há um bloqueio por parte das pessoas mais velhas, acostumados com “síndrome de Gabriel”: eu nasci assim, cresci assim e vou morrer assim. Dando certo ou não senhor Ivan, pelo menos tentaram fazer algo.
Até que enfim alguém teve a brilhante idéia, de lhe tirar da rádio. Afinal, de contas se diz amar tanto e vem há publico falar mal, imagine se não amasse.