Liga da Justiça – Crítica
Liga da Justiça
(Justice League)
Por: Allan Patrick
Presenciamos uma nova era, o mundo do cinema está mudando, pelo menos o cinema de entretenimento, os efeitos práticos estão cada vez mais estão ficando de lado, dando lugar a mirabolantes efeitos especiais, sendo possíveis através de um fundo verde ou pela tecnologia CGI, tornando realidade todos os sonhos da maioria dos adultos que viveram sua infância nos anos 80 e 90, quem nunca sonhou em ver a “Liga da Justiça” ou os “Super Amigos”, a animação que passava na globo, tosca, mas que todos amavam, e posteriormente no SBT, com Liga da Justiça – Sem Limites em “Live action”, atores reais em uma telona de cinema, o fato é que tudo que crianças como eu sonhavam um dia ver, está acontecendo, graças ao poder da tecnologia.
É muito difícil falar do universo DC no cinema sem falar da Marvel, principalmente quando se trata de universo compartilhado. Área que a Marvel sempre atuou com maestria. Para que produzir apenas uma franquia? Quando se tem um mundo de histórias que podem se conectar entre elas, franquias como Homem de Ferro (2008, 2010 e 2013), trata-se de uma franquia caríssima. E a partir dela se entrelaçam várias outras franquias milionárias, Thor, Capitão América e por aí vai. Tornando possível um autêntico e pioneiro universo cinematográfico, que vem dando certo e trazendo muito dinheiro para o estúdio. A partir daí, foi questão de tempo para os outros estúdios perceberem que surgia um novo modelo lucrativo a ser seguido. Até o exato momento, nenhum teve êxito. Mas as coisas podem mudar, depois da união de um dos grupos de super heróis mais queridos do mundo.
Liga da Justiça funciona. É divertido, muitas piadas efetuadas em momentos certeiros, se move rápido, tem boa ação e interação entre os personagens, ou seja, o filme é uma beleza por si só. Dando abertura para um futuro bem rentável em seu universo compartilhado, Gal Gadô está maravilhosa em seu papel, extremamente carismática, Ben Affleck entrega outro desempenho sólido como Batman, mas sofre por ainda não ter a oportunidade de personificar o herói em um filme só seu, despertando nossa curiosidade de como ele se comportaria como dono pleno dos holofotes. Das novas edições destacaria o truculento e radical Jason Momoa como o bad boy Aquaman. Temos ainda o dramático Cyborg (Ray Fisher), bem explorado, e o piadista Flash (Ezra Miller), ótimo!
Já o vilão, o Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), é fraco, talvez intencionalmente para dar mais destaque aos heróis, acredito que ele poderia ser mais aterrorizante e poderia causar mais medo e sensação de perigo, Ciarán Hinds dá vida ao personagem com uma boa performance na captura de movimentos, fato que deixaria Andy Serkis (Planeta dos Macacos) orgulhoso, não posso falar o mesmo da criação digital do personagem, lembra um avatar de vídeo game. Mas tudo bem, isso não tira muito do brilho do filme.
Liga da Justiça é menos sombrio, muito mais bem humorado, o show fica por conta de Ezra Miller que vive o Flash, alívio cômico certeiro do filme. O cineasta Zack Snyder parece ter ouvido às reclamações e conseguido aparar as pontas ao entregar um produto mais palatável aos fãs. Algo difícil, é saber o que foi criado na tela por Snyder e o que foi criado por Joss Whedon, sendo que apenas Snyder recebeu crédito como diretor. Dessa mistura, saiu um prato extremamente saboroso.
Não vou negar que tive muitas sensações e sentimentos ao longo da projeção, em alguns momentos tive vontade de aplaudir, em outro momento sorrir de felicidade, em outros me emocionei demais, em outros o coração bateu forte, principalmente quando aparecem trilhas sonoras similares às antigas produções dos super heróis, o que posso dizer é que gostei muito de Liga da Justiça, e quando acabou o filme eu fiquei com a aquela sensação de querer mais e mais, para finalizar resumo esse filme em uma palavra “Uau‼!”. Aconselho a assistirem em 2 D, o 3D não tem muito destaque e escurece as imagens, poupe seu dinheiro, e aviso que tem duas cenas pós-créditos. Minha nota 9,0!
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DICAS NETFLIX
O Segredo da Cabana
(Cabin in the Woods)
A jovem Jules (Anna Hutchinson) resolve levar seus amigos Curt (Chris Hemsworth), Dana (Kristen Connolly), Holden (Jesse Williams) e Ronald (Tom Lenk) para uma viagem diferente nas montanhas, numa cabana situada no meio da floresta, isolada de tudo. Mas o que era para ser somente um momento de muita curtição entre a turma, acaba se transformando em algo que suas mentes jamais imaginariam. Filme extremamente interessante e bem feito. Me lembrou muito a refilmagem, Sexta Feira 13 (2009). Se mantém fiel na sua proposta em entreter e saciar nossa sede de filmes de horror com roteiros bem feitos. Destaque para os personagens principais e para o final fora do convencional. Minha nota: 7,0!
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