Nélio: “Eletronorte tem causado prejuízos à população”
Prefeito Nélio Aguiar esteve em Brasília e cobrou uma solução para a oscilação de energia em Santarém
Na última terça-feira (12), o prefeito Nélio Aguiar, acompanhado pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), Roberto Branco e pelo presidente da Celpa, Nonato Castro, participou de uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra e com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, em Brasília, na qual foram apresentados os problemas que Santarém tem enfrentado com o fornecimento de energia elétrica.
“Temos um aumento de demanda, mas a Eletronorte não tem transmitido carga suficiente para atender essa demanda. Isso tem gerado perda de qualidade no fornecimento de energia e provocado várias quedas de energia, principalmente no período da tarde, gerando transtornos e prejuízos para a população”, explicou o prefeito.
A equipe solicitou ao ministro Fernando Bezerra a autorização para uso da Usina Termoelétrica no Município, (até a conclusão da obra do linhão) com a finalidade de reforçar a carga de energia, equilibrando o sistema, garantindo qualidade no fornecimento e evitando oscilações constantes. O ministro Bezerra se comprometeu em consultar o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), e se obtiver resposta positiva, vai autorizar a suplementação de energia no Município de Santarém.
No encontro, ficou definida a instalação da unidade geradora de 05 Megawatt, necessário para 2018. O presidente da ACES, Roberto Branco, informou que o ministro de Minas e Energia consultará a ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para verificar os detalhes técnicos e viabilizar a autorização de instalação. Além disso, a demanda será colocada na pauta de prioridade da CME – Comissão de Minas e Energia, com agenda programada para o dia 04 de janeiro de 2018.
GOVERNO DO PARÁ COBRA SOLUÇÃO PARA OSCILAÇÕES DA REDE ELÉTRICA EM SANTARÉM: Oscilações, quedas de tensão e blecautes. Santarém, no oeste do Pará, voltou a apresentar sérios problemas na estrutura de energia elétrica fornecida pelo governo federal, via Eletronorte. O sistema que abastece a região vem do linhão do Tramoeste que não está conseguindo suprir as necessidades de energia locais.
Atento, o Governo do Pará provocou uma audiência na terça-feira (12), no Ministério de Minas e Energia, em Brasília. A comitiva paraense cobrou do Ministério a imediata entrada em operação de UTEs (Usinas Termoelétricas) para suprir de forma emergencial a demanda da população local. As usinas funcionariam até a construção e operacionalização de uma segunda rede de transmissão composta por 436 km de linhas e uma subestação de 300 MVA energia. A linha atual sai de Tucuruí, passa por Altamira, Rurópolis e só depois chega a Santarém. Segundo informações da Celpa, o linhão Tramoeste está em fase de esgotamento há alguns anos.
Em abril deste ano, o Ministério de Minas e Energia realizou um leilão para a construção de um novo linhão que aumentará a oferta de energia em Santarém e nos municípios do oeste do Pará. A Equatorial Energia, uma holding que controla a Cemar, no Maranhão, e a Celpa, no Pará, e tem importante participação no capital da Termoelétrica Geranorte, arrematou o lote 31 das Linhas de transmissão do Tramoeste. Com o leilão, a previsão é de melhorias para o fornecimento de energia em toda a região oeste e os empreendimentos terão prazo de 36 a 60 meses para entrar em operação.
Mas os problemas são urgentes e a região não pode esperar. A classe empresarial reclama da baixa qualidade da energia na região, dificultando o crescimento econômico e a geração de empregos. De acordo com José Roberto Branco, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), “todos os dias, no período entre 14h e 16h, acontece o ‘afundamento de tensão’, que resulta em frequentes danos a equipamentos no comércio local e também em clínicas de saúde”. Segundo Branco, “empresas já perderam equipamentos caríssimos, como tomógrafos e aparelhos de ar condicionado, por conta dessa falha”. Para o presidente da ACES, “a intervenção do governo do Estado é importante porque o governo tem a força para reunir todos os segmentos interessados na solução desse problema”.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, descartou a entrada imediata em operação das UTEs. Segundo ele, medições feitas anteriormente “demonstraram que não há necessidade urgente desse tipo de ação e que a ligação das UTEs representaria um custo desnecessário”. O senador Flexa Ribeiro contestou, dizendo que “as medições de demanda de energia foram feitas num momento bem anterior, de recuo da economia”. “Hoje a economia da região já está reaquecida, é outro momento e a população, o comércio e a indústria estão necessitando de mais energia para crescer e desenvolver”.
Para o secretário Adnan Demachki, Santarém vive um momento de desenvolvimento, e “sem energia elétrica esse crescimento tende a estagnar”. “Não podemos voltar aos tempos anteriores ao Tramoeste, com apagões e blecautes, principalmente agora com o Pará gerando ainda mais energia para o Brasil, pois além de Tucuruí, temos a hidrelétrica de Belo Monte”, disse o secretário. “Precisamos de medidas, de soluções urgentes para que um dos maiores e mais importantes municípios paraenses, bem como sua população, não sejam ainda mais penalizados”, defendeu.
O secretário-executivo anunciou que no dia 4 de janeiro, já na primeira reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o problema de Santarém será objeto de pauta, inclusive com a proposta de entrada em operação das UTEs no menor espaço de tempo possível.
PAVIMENTAÇÃO DE RUAS: Com a intenção de buscar mais avanços nos serviços de infraestrutura no Município, o prefeito Nélio Aguiar, também reuniu na terça-feira (12), com o ministro das Cidades Alexandre Baldy. Na oportunidade, o gestor tratou sobre a prorrogação de dois contratos: um referente à pavimentação na Avenida Muiraquitã (entre Av. Curuá-Una e Av. Sérgio Henn) e Avenida Borges Leal (bairro Prainha), e outro sobre obras do anel viário do Santarenzinho.
“Com o apoio do deputado federal Priante, estive em audiência com o ministro das Cidades e a ele solicitei prorrogação desses dois contratos de obras. Na Muiraquitã tivemos atraso porque a empresa descumpriu o contrato, e tivemos que fazer nova licitação e contratar de forma emergencial uma nova empresa. Isso atrasou o término da obra que estava previsto para dezembro de 2017. Este convênio de 2010 estava paralisado e a Prefeitura o retomou por entender que a pavimentação e melhoria destas duas avenidas são de grande interesse para a população de Santarém”, defendeu Nélio Aguiar.
Com relação ao Anel Viário, a Prefeitura também enfrentou problemas com a empresa vencedora da licitação, que não assinou o contrato. Como o prazo de vigência do contrato é até dezembro de 2017, o prefeito busca a prorrogação para poder executar uma nova licitação e concluir este convênio, que ficou paralisado por 4 anos e só foi destravado em 2017 após articulação política de Nélio.
As obras na Avenida Muiraquitã e na Avenida Borges Leal (entre Cuiabá e Avenida Amazonas), juntas, têm investimentos orçados no valor de R$2.495.024,69, oriundos do Ministério das Cidades e Prefeitura de Santarém e contemplam drenagem profunda, recapeamento e recuperação de pavimentação asfáltica.
As obras no Anel Viário do Santarenzinho têm investimentos de R$ 5.385.462,61, com a contrapartida do governo municipal de R$ 2.625.714,84 e contemplam recapeamento asfáltico, sinalização horizontal e vertical do anel viário beneficiando vários bairros carentes de infraestrutura na Grande Área.
No projeto de execução do Anel Viário serão pavimentadas as seguintes vias: Travessa Resistência (1.635,35 m); Rua Ituqui (905,44m); Rua Jader Barbalho (298,89m); Rua São Jorge (422,62m); Av. Tomé de Sousa (1.316,41); Elinaldo Barbosa (238,87m); Av. Álvaro Adolfo (1.286,00); Av. Pedro Gentil (329,91); Av. Transmaicá (353, 81m); Av. Tocantins (196,04m) e Barão do Guajará (210,50).
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto
Mentira do Nélio
Na terça feira o ministro Fernando Bezerra estava no Rio de Janeiro. Não despachou em Brasília