Alter do Chão, ainda é Alter do Chão?
Artigo do empresário Fábio Maia.
Ao longo de toda minha existência, nascido e criado em Santarém, pude acompanhar e observar as mudanças ocorridas na Vila de Alter do Chão, tanto na parte estrutural, como cultural, e, por quê não, de “nacionalidade”!
Estrutural, porque vi a ascensão de grandes comerciantes, como o tradicional Mingote, em frente ao coreto da praça, que cresceram junto com a vila, contribuindo com a realização das festividades do Çairé/Sairé (sei lá), do Borari, e no fortalecimento do turismo. Vi também a construção de outros investimentos comerciais como grandes e pequenos hotéis no entorno da orla do lago verde, pousadas, restaurantes – inclusive o antigo restaurante Lago Verde, do qual meu saudoso avô, Miguel do Jaraqui, esteve à frente por vários anos – muitos bares, além de grandes residências que fazem do local um refúgio de descanso para quem dispõe de poucos dias de folga ou para quem resolveu fixar residência, e por ali ficar.
Agora pergunto: teria Alter do Chão se tornado o que é hoje, uma rota constante de turismo, palco de grandes festividades, com capacidade de alocar um número elevado de visitantes com conforto e a segurança necessária, caso já estivesse em vigor a “Lei de Uso e Ocupação do Solo”? Essa lei que se estende por toda a bacia de São Brás, Urumari, Apa Saubal, e toda a região da rodovia Everaldo Martins, até Alter do Chão, e pasmem, segundo a lei, nessas áreas era proibida qualquer tipo de construção – apoiada veementemente pelos “pseudo-ambientalistas” – será que se sua ação tivesse lá atrás, proibido a venda de bebidas alcoólicas, e todas essas construções estruturais permanentes, teríamos tudo isso à disposição?
Respondo; Claro que não!!
Ademais, citei também cultural, pois vejo o tão falado estilo de vida do povo da Vila, aos poucos ganhando “ares europeus”, além do que, constantemente vejo manifestações em audiências públicas, “encabeçadas” pela “tribo Borari”, com cada vez menos o original feitio do rosto redondo, pele morena, cabelos pretos e olhos castanhos, sendo trocados pelos rostos afilados, cabelos loiros, pele rosada e olhos azuis. Talvez seja uma miscigenação da tribo local com uma “tribo européia” que eu não saiba, sei lá! E o pior, só quem dita as regras e tem voz, são os “caciques” da tribo européia, restando apenas o papel de coadjuvante para a “tribo local”, culminando então na minha dúvida quanto à nacionalidade da qual citei acima, perdendo-se a certeza de que a Vila de Alter do Chão, realmente ainda seja de Alter do Chão!!
A imagem acima, mostrando o uso indevido do tradicional CORETO da PRAÇA como APARTAMENTO de LUXO e privilegiada para “caciques europeus”, não deixa a menor dúvida de que lá, quem manda é outra “nacionalidade”. ..
Fonte: RG 15/O Impacto
Concordo com tudo, moro em alter e vejo isso. Muito mimimi aqui.
Esse rapaz é muito coerente nas colocações !!! Gosto dos textos dele