Papai Noel, árvore gigante e muita emoção marcam o Natal dos pacientes em tratamento no HRBA

Passar o Natal em um hospital não é o desejo de ninguém. A época natalina é marcada por confraternizações e comemorações em família. E, justamente a falta da família, é o que mais pesa. Para amenizar a angustia e a saudade de casa, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), promove, desde o primeiro dia de dezembro, uma vasta programação para pacientes e acompanhantes.

No início do mês, o HRBA que é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), confeccionou a árvore de Natal sustentável, que possui mais de oito metros, e todos os anos é montada utilizando materiais recicláveis. A escolha de 2017 foi de reaproveitar mais de 1.400 bombonas plásticas utilizadas na Hemodiálise. Para inaugurar a árvore, foi realizado um evento especial, que contou com a apresentação do Coral do HRBA, da escola de música da Polícia Militar, do grupo de dança da Igreja da Paz e do projeto Cantando o Amor.

Para o diretor-geral do hospital, Hebert Moreschi, um dos objetivos, além de celebrar o Natal, é mostrar que é possível reutilizar ao máximo o que se tem à disposição para evitar a degradação de recursos naturais. “Isso é para garantir que nossas crianças tenham qualidade de vida no futuro. Mas, também, é um momento para refletir. Nesta época sempre agradecemos pelo ano que tivemos e analisamos o que podemos melhorar. Lembramos, também, do aniversariante, que o Natal representa o nascimento de Jesus Cristo. Não podemos nos esquecer disso que o principal”, diz.

Família de Geise da Silva

A avó de Geise da Silva está internada há três meses no HRBA, por problema cardíaco. A programação foi a oportunidade para que ela revesse toda a família e celebrasse o Natal.  “Eu me sinto muito feliz. Para nós é uma sensação única e, pra ela, mais especial ainda, por ter os netos, os bisnetos e os filhos com ela. Ela está muito feliz”, conta a neta.

As crianças em tratamento também receberam uma surpresa: a visita do Papai Noel. Mais de 40 crianças foram presenteadas, sendo que todos os presentes foram doados por voluntários. Mas não foram só os pequenos que se encantaram com o bom velhinho. O aposentado Mário Humberto, de 71 anos, realiza tratamento oncológico há mais de dois anos e ficou encantado com toda a programação realizada pelo hospital. “Tudo isso ajuda muito, porque, por exemplo, eu nunca caí em depressão por causa dessa doença. Então, você tendo apoio dessas pessoas que vem trazer presente, conversar, trazer essa alegria, tira muito o pensamento da cabeça do doente, porque alivia. Você começa a ter pensamentos muito melhores e ajuda muito no tratamento. Essa lembrança das pessoas ajuda muito”, explica.

Desde fevereiro, Mário não precisa mais realizar sessões de rádio ou quimioterapia. Ele está em fase final de tratamento e só realiza o acompanhamento com a equipe médica. “Graças a Deus que este hospital é uma referência, tem uma equipe que é fora de série. Vai desde a pessoa que faz a limpeza até ao médico. Quantas vezes a gente vê a pessoa que está limpando o chão conversar com os pacientes, sorrir para eles. Isso ajuda muito!”, afirma o paciente.

Para encerrar a programação, o grupo Cantando o Amor percorreu todas as enfermarias cantando músicas natalinas e entregando cartões com mensagens de amor e fé. O grupo é formado por colaboradores do hospital e alguns amigos que se juntaram para proporcionar momentos especiais para outras pessoas, principalmente as que estão internadas, por meio da música. “Queremos trazer alegria para essas pessoas, ainda mais em uma data tão especial, em que todo mundo se reúne e elas estão afastadas. Então nos sentimos como uma família para fazer parte da família dessas pessoas, para trazer amor”, destaca o enfermeiro Fábio Fonseca, que integra o grupo.

Fonte: RG 15/O Impacto e Joab Ferreira

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