Eduardo Fonseca Ed. 1187

CHUVA E O TORÓ AMAZÔNICO

Estou começando a escrever este texto na quarta-feira, 18.02.2018, à noite, por volta das vinte horas. Fim do mês de fevereiro de um ano que não é bissexto, é o mês mais curto do calendário Gregoriano. causado pela reforma de Júlio César instituiu o ano depois de 45 a.C. com 365 dias e seis horas, divididos em 12 meses, o que conseguiu resolver o problema durante um tempo. As seis horas que sobravam de cada ano seriam compensadas a cada quatro anos com a inclusão de mais um dia em fevereiro, os dias bissextos.
Olho para o céu e vejo uma lua, com brilho meio tímido. Puxa vida! Já não pensava que seria possível, nestes últimos dias ver um céu assim, meio brilhoso! Após quase duas semanas ininterrupta de chuva torrencial em Santarém. Foi um caos! Algumas pessoas mais exaltadas, pelos contratempos e por situações desagradáveis em que ficaram expostas, resolveram sacrificar o atual Prefeito. Muito compreensível! Inclusive cheguei a ser parado no meio da enxurrada por algumas pessoas dizendo: Esse Prefeito não faz nada! Respondi-lhe ora, companheiro, ninguém é bom o suficiente para enfrentar esse “vendaval” de quase duas semanas.
Os meteorologistas do sul do País chegaram a comentar que: a média de água caída das chuvas, nos últimos dias, nas mais diversas regiões do País, são inferiores a de outros anos, por ora. E chegaram até a “ironizar” que o problema não é do céu. É da terra!
Concordo que muitos dos problemas são causados pelas condições da terra. Ora vejamos, no caso específico aqui em Santarém. Quem lembra que nos anos oitenta e noventa principalmente. E de lá para cá, havia uma grande quantidade de “líderes populistas” que incentivavam invasão na outrora periferia da cidade. Que o governo era obrigado a dar todas as condições para os invasores, diziam.
O povo desavisado a grande maioria inculto, fizeram surgir, desordenadamente diversos bairros como Santarenzinho, por exemplo, destruindo uma grande área verde protegida pelos Padres Franciscanos, inclusive derrubando frondosos Pau Brasil e outras plantas nobres que foram trazidos para cá e plantados por Dom Tiago. Vieram ao seu lado, os bairros da Conquista, Amparo, até um denominado de Elcione Barbalho, do Maracanã, sem contar, essas invasões, atuais, que estão aí desafiando a Justiça e o governo. De um lado da cidade de Santarém. Como o recém destruído Juá e Salvação.
Do outro lado a grande quantidade de Maicás, parece-me que tem três, Área Verde, Interventoria, Livramento, São José Operário, Jutaí, Jardelândia, Vigia, além do Urumari, Santo André, Vitória Régia, Cambuquira, Saubau e Mutunuí, além do único que foi planejado e executado por projeto urbanístico, o da Nova República. Hoje, nem se parece, de quando inauguraram, na administração municipal do saudoso Ronaldo Campos. Foi destruído por seus moradores. Eis aí alguns bairros criados por “líderes populares”, todos resultantes de invasão desordenadas. Aí qual o governo que é bom?
Aí está, também, um bom exemplo de que a causa do problema dos alagamentos das cidades, em especial Santarém, está na terra, no morador descuidado, ou sem preocupação com o meio ambiente, e acha que jogar lixo no bueiro ou na sarjeta ou no meio da rua, que irá dificultar o escoamento da água da chuva, quando chega nessa situação e depois dizem: é culpa do Prefeito!
Os que chegaram ao governo, que já se passaram e que apoiaram esses crimes ambientais e de “lesa pátria”, não são perturbados agora. Estão de “camarote” e até fora da cidade, (nunca mais pisaram aqui), vendo o atual Prefeito se “afundar” na opinião pública por causa das chuvas e das enxurradas que se parece uma “pororoca” amazônica. Comentei com um colega hoje: para recuperar Santarém agora, rapidamente, só muita verba federal, o que não estão mandando e trabalhar com equipes de dia e de noite, como aconteceu quando o interventor Capitão Elmano de Moura Melo aqui chegou para arrumar um pouco a cidade, rapidamente. Eram outros tempos!
Olho para céu, a lua está encoberta. Começou a ficar cinza. E o tom cinza virou moda, principalmente na literatura e no cinema. O relógio me mostra uma hora e trinta minutos do primeiro dia do mês de março. Logo, logo será o Dia Internacional das Mulheres. Chove, de novo, e “forte”, temporal amazônico! E como diz Beto Paixão em sua bela música sobre o assunto diz. “O temporal vi Cobra Grande” só o que falta! E a pororoca continua, pelo resto da noite com o “toró”, até quinta feira pela manhã! ///////// UMAS E OUTRAS////////// Fiquei, mais uma vez impressionado, com a dedicação dos servidores da SMT, Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito, que, mesmo debaixo do temporal que se arriava, na madrugada deste dia primeiro de março, por volta das três horas, estavam em uma viatura no Aeroporto de Santarém, não organizando o trânsito, mas observando, os que estacionavam, rapidamente, para pegar os seus parentes amigos que chegavam, fora do estacionamento particular existente no Aeroporto. Tal zelo não se encontra no centro da Cidade, durante o dia, principalmente, nos horários de “pico”, como dizia o personagem do planeta dos macacos: “Não precisa explicar, eu só queria entender”. A milionário multa aplicada pelo governo do Estado do Pará e da SEMA Estadual, na empresa HYDRO, pelo crime ambiental, na cidade de Barcarena Pará, será mais uma multa em que os cofres não verão a cor do dinheiro, como aconteceu com aquela do navio que afundou e matou mais de cinco mil bois afogados? E ainda não tiraram todos os restos mortais de lá. Sejamos mais lógicos e objetivos. ///////////// No dia 27 de 02.2018 foi instalado no Teatro Vitória, o Conselho Municipal de Cultura e do Patrimônio Histórico de Santarém. O que há quatro anos já havia a Lei, mas não havia sido instalado. Na oportunidade, fui escolhido como presidente da comissão Eleitoral, para escolha de dois membros, que eram votados, os representantes das Instituições de Ensino Superior, sendo eleito o representante da UFOPA e o representante da sociedade civil organizada, foi eleita a representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Doravante Santarém tem um importante instrumento para proteger o seu acervo histórico, cultural, material e imaterial. Parabéns a todos os que se empenharam para que isso acontecesse. ///////////// Embora já passados alguns dias, quero me solidarizar com a família do Padre Danilo Rodrigues, Irmão de Dagoberto, Darlindo, Djalma e Dagomar. Foi meu professor de Moral e Cívica e Ética, no Colégio Dom Amando, pela sua partida para junto do pai celeste que lhe deu o repouso eterno pela sua briosa missão aqui na terra. Vivia em Belo Horizonte onde era uma espécie de embaixador de Santarém em Minas Gerais. Descanse em Paz.! ////////// Quero agradecer a bondade dos membros do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, que me aceitou como um dos seus mais novos membros. Amanhã, 03 de março, às 19:00 horas, serei recepcionando em seu histórico Silogeu, à Av. Adriano Pimentel, em frente a Quadra de Esportes Manuel de Jesus Moraes, para habilitar-me a dedicar ali um pouco do meu trabalho em favor da nossa cultura histórica. //////////// Hoje, a partir das 23 horas no Fluminense, creia não vai chover, haverá um grande show de Saudade com a turma do Carrossel da Saudade. Imperdível!

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