Opinião I Vingadores – Guerra Infinita (SEM SPOILERS)
Vingadores – Guerra Infinita
(Avengers Infinity War)
Por Allan Patrick
Amigos, o que falar daquelas pessoas que acompanham histórias de super-heróis nos quadrinhos? Sim, esses que sempre sonharam em ver seus heróis preferidos em um filme com atores reais em uma tela de cinema. Ao longo dos anos, os super-heróis estiveram presentes nas telonas, ganhando sua primeira grande produção com Superman – O Filme em 1978, com a super atuação do nosso saudoso Christopher Reeve, sob o comando do visionário diretor Richard Doner, personagem da DC Comics. Mas a grande mola que impulsionou de fato, esse gênero de forma forte e permanente, foi o surgimento do filme do Homem-aranha em 2002 dirigido por Sam Raimi, o cabeça de teia foi encarnado por Tobey Maguire, chamando atenção das plateias do mundo todo para a era dos heróis no cinema.
Mas o universo compartilhado da Marvel Comics nos cinemas viria com a produção, Homem de Ferro em 2008, arrasando quarteirões nas bilheterias no mundo todo, trazendo de vez, na época quase falida Marvel, novamente para o estrelato, uma trajetória de sucesso que vem se prolongando por 10 anos, por conta de 18 filmes e algumas séries interligadas através das histórias mais mirabolantes de seus principais heróis sob as decisões certeiras do marqueteiro e gerenciador Kevin Feige, heróis que outrora dominavam o mundo dos quadrinhos.
E finalmente chega aos cinemas a sua décima nona produção, em homenagem aos 10 anos de Marvel nos cinemas, Vingadores – Guerra Infinita, na minha humilde opinião, o ápice do entretenimento, um filme que me deixou sentado na ponta da cadeira do início ao fim. Em Guerra Infinita, o maior evento deste universo até aqui, todos(ou quase todos) os personagens principais (e alguns coadjuvantes) se unem para evitar o fim da vida na Terra como a conhecemos. Do espaço sideral surge a nova e mais magnânima ameaça com a qual os heróis já se depararam; Thanos (Josh Brolin) é um vilão (ou seria anti-herói?) trágico, sofrido, que realiza seus atos com pesar em sua loucura (que muitos aqui na Terra compartilhariam) visa a conclusão de um bem maior. Essa talvez seja a melhor surpresa do longa, a humanização de seu antagonista. A motivação, suas atitudes, seu sofrimento (sim, este é um malvadão melancólico) são mesclados a um desempenho certeiro de seu intérprete, é possível enxergar o ator o tempo todo no personagem através de efeitos de cair o queixo de tão reais.
Como já havia sido anunciado pelos diretores irmãos Russo, Thanos é o protagonista, de longe um dos maiores vilões já apresentados pela Marvel, sua construção de personagem é perfeita em todos os aspectos, mesmo sendo uma criatura feita por CGI, diante desse trabalho tão bem feito, é capaz de acreditarmos que ele exista mesmo. Incrível! Na realidade, o filme deveria se chamar “Thanos”. Mas aqui encontramos bastante espaço para os heróis que apresentam aqui o melhor que podem fazer, todos estão bem no filmes, são tantos heróis aqui reunidos em diferentes subtramas interligadas que enaltecem ainda mais o trabalho da produção, ou seja, todos têm tempo de tela suficiente para brilhar. Começando pelo Homem de Ferro de Robert Downey Jr., Thanos o dono da parada toda, passando pelo Thor de Chris Hemsworth, a Gamora de Zoe Saldana, até o Homem-Aranha de Tom Holland e o Doutor Estranho de Benedict Cumberbatch.
É justo darmos nossos aplausos para os roteiristas (Christopher Markus e Stephen McFeely) e os comandantes da obra (Joe e Anthony Russo), que arquitetaram tudo na medida certa, dosando a transição ideal entre humor, drama, tensão e momentos épicos de ação tão devastadores, que elevam o gênero dos heróis no cinema para outro patamar.
Vingadores: Guerra Infinita é sem dúvidas, um marco na história do cinema como conhecemos, assim como nos anos 80 esse marco era conduzido por Star Wars, no início dos anos 90 por Jurassik Park e posteriormente Matrix e Senhor dos Anéis. Dito isso, chegou o momento de um novo salto, que é sem dúvida registrado por “Vingadores: Guerra Infinita”. Há tem uma cena no final dos créditos e para entender 100% o desenrolar da trama, é necessário assistir os filmes anteriores. Minha nota 10!
DICAS NETFLIX
Guardiões da Galaxia
(Guardians of the Galaxy)
O aventureiro do espaço Peter Quill torna-se presa de caçadores de recompensas depois que rouba a esfera de um vilão traiçoeiro, Ronan. Para escapar do perigo, ele faz uma aliança com um grupo de quatro extraterrestres. Quando Quill descobre que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, ele e seu grupo deverão proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia. Nota 10!