Solenidade celebra Jubileu de Prata da Universidade do Estado do Pará
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) completa 25 anos de criação em 2018. A solenidade do Jubileu de Prata ocorrerá nesta terça-feira, 29, às 19h, no Teatro do Sesi, localizado na Avenida Almirante Barroso, nº 2540, no bairro do Marco, em Belém. A cerimônia lembrará fatos marcantes e a trajetória de crescimento da instituição, que contribui diariamente com o desenvolvimento do estado.
Na cerimônia serão homenageados servidores e será concedido o título de doutor honoris causa ao médico Camillo Martins Vianna, integrante da primeira turma da Faculdade Estadual de Medicina, que junto a três instituições originou a Uepa. Camillo é uma grande personalidade do Pará pela dedicação de sua vida e obra em prol da defesa da floresta e do povo amazônico.
Durante o evento, haverá apresentações musicais e participações de membros do Instituto Confúcio, que integra a universidade, além do esperado parabéns. A programação inclui, ainda, premiação do Concurso da Marca dos 25 Anos, realizado no início do ano entre a comunidade de alunos, técnicos e docentes da universidade. Com o slogan “Raízes na Amazônia, conhecimento para o mundo”, a Uepa vem comemorando, ao longo do ano, o seu Jubileu de Prata, por meio de eventos científicos e de extensão nos 16 municípios em que está instalada.
A Uepa nasceu a partir da fusão, em 1993, das faculdades estaduais de Enfermagem, Medicina e Educação Física, em Belém, e a de Educação que, na época, tinha campus na capital e em Conceição do Araguaia, no sudeste do Pará. Como universidade, passou a enfatizar atividades de pesquisa e extensão, indissociadas das ações de ensino, conforme a classificação do Ministério da Educação. A lei 5.747/1993, que a instituiu, previa ainda a ampliação da atuação nos municípios paraenses, nas áreas de Saúde, Educação e Tecnologia.
Hoje, a Uepa está presente fisicamente e virtualmente em 11 das 12 regiões de integração do Pará. Os cinco campi na capital são: Campus I – Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE); Campus II – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS); Campus III – Escola Superior de Educação Física; Campus IV – Escola de Enfermagem Magalhães Barata e Campus V – Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT).
Outros 15 campi estão situados nos municípios de Paragominas, Conceição do Araguaia, Marabá, Altamira, Igarapé-Açu, São Miguel do Guamá, Santarém, Tucuruí, Moju, Redenção, Barcarena, Vigia, Cametá, Salvaterra e Castanhal. Por meio da Educação à Distância, a Uepa também está presente em Igarapé-Miri, Jacundá, Cachoeira do Arari, Breves, Parauapebas, São Sebastião da Boa Vista e Dom Eliseu.
Graduação
Cerca de 17 mil alunos estão matriculados nos 31 cursos de graduação presencial e à distância, e nos de pós-graduação Lato e Stricto Sensu. A Uepa forma licenciados em Educação Física, Pedagogia, Ciências da Religião, Ciências Naturais (Química, Biologia e Física), Letras (Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Língua Brasileira de Sinais (Libras), Ciências Sociais, Matemática, Música, Geografia, Filosofia, História; bacharéis em Secretariado Executivo Trilíngue, Design, Relações Internacionais; tecnólogos em Comércio Exterior; e graduados em Tecnologia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção, Engenharia Florestal, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS), Medicina, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fisioterapia e Biomedicina.
Além dessas graduações, a instituição oferta o curso de Licenciatura Intercultural Indígena, no qual os alunos de diversas etnias recebem professores nas aldeias e comunidades onde vivem. A graduação está vinculada ao Núcleo de Formação Indígena, que visa garantir aos povos formação superior, realização de pesquisas, atividades de extensão e formação continuada, de acordo com as suas necessidades e realidades.
Pós-Graduação
A Uepa aprovou recentemente o Doutorado em Educação, segundo curso neste nível da instituição. Em 2017, a universidade formou a sua primeira doutora no Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária na Amazônia (PPGBPA), em associação com o Instituto Evandro Chagas (IEC).
A Universidade também conta com o Mestrado acadêmico dentro do mesmo programa e outros nas áreas de Educação; Ciências da Religião; Enfermagem e Ciências Ambientais. Já os Mestrados Profissionais são ofertados em Ensino em Saúde na Amazônia; Cirurgia e Pesquisa Experimental; e Ensino de Matemática.
No nível Lato Sensu, a universidade oferta 19 cursos de especialização, em Belém, Salvaterra, São Miguel do Guamá, Marabá, Altamira, Tucuruí e Conceição do Araguaia; e 43 no programa de Residência Médica e Multiprofissionais, em associação com instituições de saúde na capital e em Santarém.
Inclusão
Ao longo da história, a Uepa adota ações afirmativas para a diminuição das desigualdades sociais. Desde o Processo Seletivo, no qual os alunos ingressam na instituição, 50% das vagas são destinadas a candidatos oriundos de escolas públicas. A inclusão também é perceptível na forma como é conduzida a Licenciatura Intercultural Indígena, única no estado em que os docentes lecionam nas aldeias, dialogando e respeitando os saberes e a cultura dos povos originários.
Além disso, as Licenciaturas em Letras – Libras (presencial) e Pedagogia Bilíngue (educação à distância) preparam docentes para ensinar utilizando a primeira língua dos surdos em escolas de educação básica, assim como gerir instituições a partir de uma compreensão múltipla da realidade.
Popularização da Ciência
Desde 1999, a Uepa mantém o Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP) que recebe cerca de 15 mil pessoas por ano nas sessões da Cúpula Kwarahy, oficinas e exposições centradas nas áreas de Biologia, Física, Matemática, Química, Geologia e Astronomia.
O Planetário desenvolve ações educativas de caráter não formal com o objetivo de difundir, promover e aplicar o conhecimento em Ciências, por meio da interação com os visitantes. O espaço recebe grupos de estudantes desde o ensino Infantil até o Médio para conhecer as instalações que demonstram na prática o que é aprendido em sala de aula.
Instituto Confúcio
Resultado de um convênio com a Shandong Normal University (SDNU), que representa o estreitamento de relações entre Pará e China, o Instituto Confúcio faz parte da Uepa desde 2016. No espaço, são realizados o ensino de mandarim e outras atividades culturais, destinadas não só à comunidade acadêmica da Uepa, mas a quaisquer pessoas interessadas no aprendizado e na vivência das dimensões culturais de uma nação milenar, como a China. Os cursos são livres e gratuitos e os temas abordados são a sociedade chinesa, leitura de chinês, ortografia, conversação e compreensão oral.
Fonte: RG 15/O Impacto e Secom