Secretário de Saúde de Santarém pede exoneração do cargo
Edson Ferreira Filho ficou à frente da Semsa por um ano e cinco meses
O titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Santarém, médico Edson Ferreira Filho, entregou no final da tarde de terça-feira, dia 29 de maio, o pedido de exoneração do cargo ao prefeito Nélio Aguiar, que confirmou a saída do médico.
A indicação para o lugar de Edson Filho fica a cargo do MDB, sendo que há muitas especulações, entre os quais de José Antônio Rocha, que atualmente é chefe de gabinete da Semsa.
Fontes informaram que Edson Filho vinha travando uma luta com o MPE, para exercer o cargo de Secretário de Saúde, atender em seu consultório particular e também atender no ambulatório do Hospital Regional do Baixo Amazonas.
NOTA DA PREFEITURA: A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), informa que o médico Edson Ferreira Filho deixou o cargo de secretário Municipal de Saúde, no dia 31 de maio de 2018.
O prefeito Nélio Aguiar já havia sido comunicado da decisão há alguns dias. O motivo da saída do médico é a incompatibilidade de horários para exercer a medicina, uma vez que o cargo de Secretário exige dedicação exclusiva.
Dr. Edson Ferreira Filho ficou à frente da Secretaria de Saúde, por um ano e cinco meses. Junto com o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, conseguiu vários avanços para o setor da saúde pública no município, dentre eles, profissionalizar a gestão pública do Hospital Municipal de Santarém (HMS) e da Unidade de Pronto Atendimento (Upa) 24h através de uma Organização Social (OS); além da aquisição de 9 novas ambulâncias, ajudando a melhorar a qualidade de vida da população; inauguração de três novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a retomada das obras de mais três Unidades; dentre outras vantagens para a saúde pública do município.
Edson Filho agradece a confiança e a parceria do prefeito Nélio, assim como a colaboração e a parceria dos servidores da Semsa, dos demais membros do poder público, dos vereadores, do Conselho Municipal de Saúde, das entidades civis organizadas e da imprensa de modo geral.
CONSELHO DE SAÚDE: Outra questão que veio à tona nos últimos dias, foi a insatisfação de integrantes do Conselho Municipal de Saúde, que acusaram o médico de autoritarismo na condução dos procedimentos frente à apresentação da prestação de contas da Semsa ao colegiado.
No dia 18 de maio, os representantes do STTR, UNECOS, FAMCOS, PASTORAL SOCIAL, FOQS, TAPAJOARA, COLÔNIA DE PESCADORES Z-20, FAMCEEF e PASTORAL DA CRIANÇA divulgaram uma nota de interesse público, acompanhe o texto na íntegra:
“As entidades de usuários e usuárias com assento no Conselho Municipal de Saúde de Santarém, vem tornar público o fato ocorrido na Câmara de Vereadores durante a Audiência Pública de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Saúde, audiência esta que segundo a Lei deve ocorrer naquela casa legislativa em função da Lei Complementar 141/2012 e foi convocada pelo Conselho Municipal de Saúde para cumprir a exigência legal. Ocorre que naquela audiência o Secretário Municipal de Saúde de Santarém em ato contínuo e já repetido de total desrespeito aos representantes da população, após a manifestação de uma Conselheira lembrando da solicitação feita na audiência pública anterior de que cada Coordenador dos respectivos programas e serviços executados pela Secretaria Municipal de Saúde apresentasse as ações realizadas durante o quadrimestre. No momento o atual Coordenador de Planejamento da SEMSA afirmou que ele havia dito que isso somente ocorreria na prestação de contas do 1º quadrimestre/2018, ratificando que seria um pacto realizado com o colegiado. O que não procede a verdade dos fatos, pois não ocorreu qualquer deliberação pelo pleno do colegiado. Na sequência em ato desenfreado e de pleno autoritarismo do gestor da saúde, “ fato este que já é recorrente no plenário do Conselho de Saúde e foi observado na audiência pública da privatização do Hospital Municipal realizada pelo Conselho de Saúde, onde sem qualquer modo, fez ataque direto a pessoas e desqualificou a natureza do evento’, o Secretário de Saúde mandou SEGUIR a prestação de contas, determinando que o evento era convocado pelo CONSELHO DE SAÚDE, porém quem decidia a dinâmica era o órgão gestor da saúde. Na sequência, o segmento de usuário pediu um tempo para discutir e ao retorno anunciou a sua retirada da audiência, o que o Secretário disse que ele era o vice-presidente e a audiência iria prosseguir, como assim foi feito, mesmo sem quórum, pois os que permaneceram foram 03 entidades representantes dos Trabalhadores e as duas representantes da SEMSA. Registre-se que com a saída do segmento de Usuários, pela forma autoritária e sem diálogo do gestor da saúde, o evento ficou comprometido em seu aspecto legal e legítimo e as Entidades do Segmento de Usuários quer seja do Conselho Municipal de Saúde, ou de qualquer outro órgão colegiado que defende o interesse da sociedade Santarena, de modo particular dos menos favorecidos, vai aceitar qualquer ato de autoritarismos ou desrespeito de qualquer gestor que ocupa uma Função Pública, pois bem como o nome já diz, SÃO SERVIDORES DA SOCIEDADE e não donos dos serviços públicos e ditam regras unilaterais e sem qualquer movimento que aponte para o diálogo e pelo bom senso entre os interessados em construir uma Política Pública de Qualidade e que assegure o acesso universal”, diz a nota.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto