Mãe afirma que seu filho foi morto por pura maldade
Maria Gorete diz que assassino ameaçava pessoas na rua com uma faca
“Meu filho não era bandido. Não estava bebendo com ninguém. Ele era uma pessoa muito boa, e uma pessoa dessa, sem escrúpulo, mata por maldade. Tenho vídeo desse monstro, desde cedo, com uma faca na mão, ameaçando as pessoas na rua. Meu filho foi de inocente, caiu na armadilha, e perdeu a vida de forma cruel”, assim desabafou à nossa equipe de reportagem, Maria Gorete Sousa dos Reis, cujo o filho, Rômulo Cristiano Sousa dos Reis, conhecido como Birinha, foi assassinado a golpe de faca, no último dia 30 de maio, no bairro Livramento, em Santarém.
A mãe que hoje padece com a perda prematura do seu filho, relata o que de fato teria acontecido no dia do crime.
“Às 21 horas, meu filho estava comigo, ele desceu para o rumo de baixo. Toda vez ele ia na casa da mãe do rapaz que é ex-marido da minha sobrinha. Todas as noites ele frequentava lá, ele descia para lá. Ele foi comprar um remédio para o meu sobrinho, na vinda dele, o indivíduo já estava na casa dele, logo cedo ele foi visto com a faca na mão andando na rua querendo matar os outros. Ele conhecia meu filho. As pessoas comentam que ele veio há pouco tempo de Manaus, eu nunca o vi nem tenho intimidade com ele, quando meu filho estava descendo ele chamou meu filho para dentro da casa dele, só para poder matar o meu filho, ele fez isso por pura perversidade. Meu filho não era bandido, era uma pessoa muito querida no bairro do Livramento. Quem quiser saber sobre ele é só perguntar pelo Birinha, todos falarão bem do meu filho, pois ele se dava com todo mundo, meu filho não tinha rincha com ninguém, nunca brigou. Então o que falarem do meu filho eu estou aqui para rebater, meu filho não era bandido, bandido era aquele que estava desde de cedo com a faca na rua querendo matar os outros. Ele não estava só bebido e sim maconhado, porque para uma pessoa dessas tirar a vida do meu filho como ele fez, alguém que nunca fez mal para ninguém. As pessoas comentam que ele já tem passagem pela polícia de Manaus por crimes, agora eu quero Justiça, ele não apenas tirou a vida do meu filho, ele tirou a minha também, é triste para uma mãe, uma pessoa chegar assim de repente na sua casa e dizer ‘olha mataram teu filho’. Meu filho não era desordeiro, eu quero que a polícia vá ao bairro do Livramento investigar a vida do meu filho e a vida dele[assassino], saiu no jornal que meu filho tinha entrado na casa dele para roubar, isso é mentira, falou que meu filho estava bebendo com ele, isso também é mentira, que meu filho tinha dado um chute e um tapa nele, ele revidou e furou meu filho, tudo que saiu no jornal é mentira, meu filho está morto, eu não pude sair a favor do meu filho porque eu passei mal, quase que eu morro junto com ele, meu filho saiu de perto de mim e com meia hora depois recebi a notícia que mataram meu filho, meu filho é inocente, eu peço que a polícia olhe esse caso com mais carinho e um pouco mais de respeito, porque a menina que viu tudo e foi a testemunha, relatou que meu filho sofreu muito, pedindo socorro, a ambulância custou a chegar. Os policiais custaram a chegar, falaram que era briga de bandidos, e meu filho não era bandido, bandido é esse monstro que desde cedo estava com essa faca, eu tenho o vídeo, meu filho foi uma pessoa que nunca me respondeu. Ele tirou a vida do meu filho com 28 anos, dia 4 de junho meu filho iria fazer 29 anos. Meu filho era muito querido, meu filho era um amor, uma pessoa que sempre estava pronto a ajudar, tudo que pediam para ele fazer ele prontamente fazia”, diz a mãe enlutada.
Para dona Maria Gorete, espalharam mentiras para denegrir a imagem do seu filho, e tentar aliviar a barra do assassino.
“É tudo mentira, meu filho não estava invadindo a casa dele, não estava bebendo com ele, isso foi a irmã dele que falou, nem lá a irmã dele mora. Morava ele [assassino], o pai dele, um rapaz que tem problema de cabeça. Ele vivia bêbado na rua, toda vez ele aprontava, tem gente que mora perto da casa dele e diz que ele bebia e aprontava. Perguntei para ele dentro da delegacia, “por que ele tinha tirado a vida do meu filho?” e ele não me respondeu, eu queria que ele chegasse e me falasse, por que ele fez isso, meu filho não tinha rincha nem briga com ele, volto a dizer, meu filho foi uma pessoa que cresceu e nunca me deu trabalho, nunca me respondeu na vida, ele era uma bênção para mim e para o pessoal do Livramento, todo mundo conhecia meu filho. Falei para o delegado para mandar qualquer pessoa investigar a vida do Birinha no bairro Livramento. Será que puxaram a ficha criminal desse bandido? Porque até agora eu não sei se ele já foi réu alguma vez, se ele já puxou cadeia em Manaus. A ficha do meu filho era limpa, eu tenho uma coisa, na minha casa eu não posso nem mais ficar, parece que estou vendo meu filho ali, estou vendo ele chegar, quando eu saia ele perguntava onde eu estava, que horas eu ia chegar, ele me matou também e não só o meu filho. Se meu filho fosse uma pessoa má eu não iria buscar meus direitos, eu sempre digo, o dia que um filho meu fizer alguma coisa de errado eu serei a primeira de entregar na polícia, mas meu filho era uma bênção!”, conclui Maria Gorete.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto