Sespa antecipa campanha de vacinação contra Poliomielite e Sarampo no Oeste do Pará
Campanha começa na segunda-feira, dia 23, na região.
A coordenadora estadual de Imunização, Jaíra Ataíde, e chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica em exercício da Sespa, Martha Nóbrega, falarão sobre a antecipação da Campanha Nacional de Seguimento da Poliomielite e do Sarampo na região Oeste do estado, que começará na próxima segunda-feira, dia 23 de julho, devido à ocorrência de casos suspeitos de sarampo na região.
A Campanha Nacional, que será realizada em todo o Brasil, no período de 6 a 31 de agosto, é destinada a crianças de um a quatro de anos de idade, independentemente de já terem sido ou não vacinadas contra essas doenças.
O objetivo é ampliar a cobertura vacinal dessas doenças, que está abaixo de 95% em muitos municípios brasileiros, já que na rotina a meta da cobertura vacinal é de 95% de todas as vacinas.
A antecipação da Campanha foi solicitada pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Vitor Mateus, por meio de ofício ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, apresentando argumentos epidemiológicos da Coordenação Estadual de Imunização/Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa.
Os casos suspeitos de sarampo ocorreram nos municípios de Novo Progresso (02), Juruti (02) e Terra Santa (01), sendo que os casos de Novo Progresso foram descartados por exame laboratorial realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Na entrevista, a coordenadora estadual deverá informar sobre os resultados dos exames dos casos que permanecem sob investigação.
O caso suspeito de Terra Santa é de um jovem de 18 anos, que mora em Manaus, mas tinha ido para a casa da sua mãe em Terra Santa, restabelecer-se de uma cirurgia de apendicite, realizada na capital amazonense. Ele apresentou febre, exantema (manchas avermelhadas na pele), tosse coriza, conjuntivite e artralgia (dor nas articulações), sem história de viagem para outro município ou estado, e sem contato com caso suspeito ou confirmado da doença.
Já os casos suspeitos de Juriti são de uma criança de nove meses e de se u pai de 20 anos de idade, que também apresentaram sintomas como febre, exantema, tosse, coriza, artralgia e presença de gânglios.
Além de coletar sangue dos casos suspeitos para os exames de sorologia, as Secretarias Municipais de Saúde, com apoio do 9º Centro Regional de Saúde (CRS) da Sespa, estão orientando a população e realizando bloqueio vacinal, que consiste em fazer busca ativa nos locais de circulação dos casos suspeitos para verificar se as pessoas com quem mantiveram contato estão ou não com a vacina em dia. Estão sendo vacinadas todas as pessoas que não comprovarem que já tomaram vacina contra o sarampo, com exceção dos adultos com mais de 40 anos, que automaticamente, ao longo da vida, já entraram em contato com o vírus da doença,
Importante ressaltar que na rotina dos postos de saúde, estão disponíveis a vacina triviral (sarampo, caxumba e rubéola), para crianças de 12 meses, e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) para crianças de 15 meses, ambas com dose única. Porém, em muitos municípios a cobertura está abaixo da preconizada pelo Ministério de Saúde (95%).
No que tange à poliomielite, há 17 municípios em situação de alerta para a doença por estarem com baixa cobertura vacinal. São eles: Curralinho, Breves, Afuá, Santa Bárbara, Eldorado do Carajás, Pau D’Arco, Portel, Bagre, Curionópolis, Viseu, São Geraldo do Araguaia, Ananindeua, Marituba, Jacareacanga, Melgaço, Porto de Moz e Chaves.
Sarampo – É uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa. Os sintomas iniciais são febre, tosse persistente, irritação ocular e coriza. Após esses sintomas, geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e morte.
A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar por meio da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral e a única forma de prevenção é a vacinação.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Sespa