Presente de Grego

Artigo de Fábio Maia.

Assim como na referência ao Cavalo de Tróia, um famoso episódio descrito na Ilíada de Homero, que narra os eventos da Guerra de Tróia, onde um cavalo de madeira foi deixado junto aos muros de Tróia pelos Gregos, supostamente como um presente, para que os troianos levassem o cavalo para dentro de seus muros, acreditando que o suposto presente era uma rendição dos gregos.

No entanto, dentro do cavalo se encontravam vários soldados, que no decorrer da noite, aproveitaram a vantagem do ataque surpresa, e destruíram Tróia.

Nesse último dia 25 de julho, comemorou-se o dia do produtor rural. E não estou me referindo aqueles que invadem terras, ou que fazem da reforma agrária um comércio. Estou falando de quem realmente produz, aqueles que transformam dedicação, suor e trabalho em benefícios e serviços para a população. Aqueles que vivem as adversidades do campo, para que muitos tenham a praticidade das cidades, pois muitos produtos consumidos em nosso dia a dia – como alimentos, vestuário, combustível, e até as commodities que mantém a balança comercial brasileira estável – vem do trabalho desses produtores do campo.

No entanto, “casualmente” e de forma “imparcial”, dia 24, na terça feira que antecedeu o dia do produtor, os trabalhadores rurais também receberam seu “presente de grego”, e o Cavalo de Tróia foi deixado em Belém, em forma de uma reunião restrita à ambientalistas, índios e Quilombolas, que debateram possíveis aumentos no desmatamento em “supostas” áreas de proteção ambiental. E o pior! Segundo o Ministério do Meio Ambiente, um dos realizadores do evento, o que esses índios, Quilombolas e ambientalistas decidirem, virará “decreto”.

Segundo o resultado da pesquisa “altamente imparcial”, realizada pela ONG Imazon (sempre “preocupada” com as terras dos povos tradicionais, e não com o que está no subsolo delas, é claro!!), o desmatamento aumentou drasticamente nos últimos 10 meses, o que, segundo eles, e sem nenhuma intenção de fazer alarmismo (será!?), esse armagedon é equiparável a uma área de 200 mil campos de futebol, ou seja, 1428 km quadrados, ou o equivalente a 10% da extensão territorial da cidade de Santarém. E isso, segundo a ONG, em apenas 10 meses!!

É Incrível como essa turma que é capaz de achar e multar um pequeno agricultor que faz um roçado em sua propriedade, no entanto, um provável desmatamento gigantesco de quase 1500 quilômetros quadrados, passa despercebido!? Estranho, né?

Ademais, adivinhem quem eles culpam por isso? Ora! O produtor rural! Aquele malvadão que apesar de viver constantemente acuado pelo Ibama, ICM Bio, Ongs internacionais além do Ministério Público, mesmo assim, segundo a pesquisa, apesar de um mundo e meio está vigiando seus passos, ele conseguiu desmatar essa área gigantesca.

Contudo, é incrível como os números da pesquisa realizada pela ONG, vão no sentido oposto aos da recente pesquisa da Agência Espacial Americana – NASA, e da própria Embrapa.

No estudo da agência espacial americana, eles mostram que o setor do agronegócio brasileiro como um todo, ou seja, agricultura, pecuária dentre outras atividades, consomem míseros 7,8% do território nacional (nos EUA chega a 18%), enquanto as áreas de preservação ambiental, indígenas e quilombolas, consomem 77% de todo território. É quase todo território nacional!

A pesquisa americana além de acabar com muitas inverdades sobre o agronegócio brasileiro, e expor a descarada desproporcionalidade territorial, corrobora também com a CPI da Funai/Incra, realizada por um comissão do Congresso Nacional, que revelou diversas fraudes em atestados antropológicos, assentamentos e demarcações de terras, e apontou também a “reforma agrária” como o maior responsável pelo desmatamento de matas nativas, e não o produtor rural, como aponta a ONG. Pois o produtor rural “dispõe” de dezenas de militantes ideológicos em instituições públicas, centenas de Ongs e milhares de ambientalistas para ser fiscalizado. Já a reforma agrária, que não passa de um COMÉRCIO, atua livremente.

Contudo, o que mais me espanta, é o fato de afirmarem que após decididas e atualizadas as áreas prioritárias da Amazônia, uma portaria será publicada pelo ministério do meio ambiente, e o que for decidido por “ongs, índios e quilombolas” nessa reunião, “virará decreto”.

As unidades de conservação são criadas por ato do poder público (federal, estadual ou municipal) após a realização de estudos técnicos e consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade. A realização da consulta pública antes da criação da UC possibilita que a sociedade participe ativamente do processo, oferecendo subsídios para o aprimoramento da proposta, e não algo decidido apenas por um lado de interesses, principalmente com base em dados e pesquisas de instituições pra lá de suspeitas e parciais!

Assim é a vida do produtor rural. Desrespeitado, marginalizado, recebedor de toda culpa dos males realizados, ou simplesmente “sugestionados” por quem quer que seja. Não importando sua grande importância para a economia do país, ou para manter o alimento na mesa dos brasileiros.

E, esse ano, seu único reconhecimento pelo seu dia, foi um “presente de grego”….

Fonte: RG 15/O Impacto

Um comentário em “Presente de Grego

  • 28 de julho de 2018 em 09:15
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    Toda razão ao autor deste artigo, pois esses “imparciais” ambientalistas de ONG devem receber polpudos “incentivo$” dos produtores rurais europeus e norte americanos para boicotarem a espantosa produção agrícola brasileira, que bate recordes ano após ano, prejudicando a venda de grãos daqueles ruralistas no mercado mundial, uma vez que eles não dispõem de verão e sol durante todo o ano, como soe ocorrer no território brasileiro, em sua maior parte! Pra completar essa “imparcialidade”, há que se observar o notório engajamento dos fracassados e invejosos comunistas em denegrir o agronegócio, hoje mecanizado e mui produtivo, enquanto em países dominados pelos encardidos e retrógrados marxistas o povo passa fome, né venezuelanos, cubanos, norte coreanos,etc,etc,etc !

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