Henderson sugeriu esquema com locadora, diz Reginaldo
A cada novo trecho da delação do ex-vereador Reginaldo Campos divulgado pela imprensa, após retirada o sigilo, a população fica sabendo os detalhes criminosos operados para desvio de dinheiro público na Câmara de Vereadores de Santarém.
Nesta semana, um vídeo gravado no mês de janeiro, na sede do Ministério Público de Santarém, na presença dos Promotores de Justiça, Maria Raimunda da Silva Tavares e Rodrigo Aquino Silva, titulares do 9º e 5º de PJ, delegado de Polícia Civil Jose Kleydson Castro. Para expor a você leitor (a), melhor forma de entendimento dos fatos, transcreveremos este texto no formado de perguntas e respostas. Questões estas levantadas pelas autoridades constituídas, e respondida pelo ex-vereador.
Rodrigo Aquino: O conteúdo dessa colaboração diz respeito estritamente aos fatos ligados ao anexo 1 que tem relação a locação de veículos, mas especificamente em relação a uma empresa de nome fantasia Billcar. Em relação a essa empresa Reginaldo, o que o senhor pode nos contar de irregularidade que ocorreu durante a sua gestão, antes e posteriormente a sua gestão como presidente da Câmara. Como foi que o senhor teve contato pela primeira vez com o proprietário dessa empresa, quem lhe indicou?
Reginaldo Campos: Dr. Rodrigo, o primeiro contato com essa empresa que é PJR Oliveira se não me falha a memória, foi sugestão do vereador Henderson Pinto que era o gestor antes de mim na Câmara e que essa empresa era como se fosse parceira no mandato dele, e eu entendi que era uma sugestão para que pudéssemos continua, uma vez que já tinha ido uma sobra para ser usada, então eu continuei fazendo com essa empresa.
Rodrigo Aquino: Só para esclarecer, você citou o nome de um vereador, Henderson. Na gestão anterior a sua como presidente da Câmara foi dele e essa empresa na gestão do Henderson esteve presente na Câmara?
Reginaldo Campos: Sim ela era prestadora desse serviço, então eu visitei a empresa do Sr. Paulo, eu pedi a ele, se podia fazer a mesma coisa que ele fez com o Henderson, a respeito do que ele já tinha me falado para em algumas situações financeiras que a gente precisava para atender uma logística da casa, alguma coisa dessa natureza, de cunho financeiro e ele então disse que iria analisar, e quando nós precisamos ele autorizou nós colocarmos diárias a mais na nota fiscal e repassava o valor em cheque, é o que recordo e foi dessa forma.
Rodrigo Aquino: Me tire uma dúvida, o senhor disse no início que foi uma sugestão do vereador Henerson, enquanto ele era presidente na gestão dele, pediu para que o senhor continuasse, eu queria que o senhor detalhasse como foi esse diálogo entre vocês. O que de fato ele falou de concreto que apontou para o senhor para de fato continuasse, ele em algum momento já disse, “ele me pagava uma determinada quantia”, como foi esse contato do Henderson com o senhor detalhadamente?
Reginaldo Campos: Foi na transição que ele passou a Câmara para mim, ele então pontuou algumas situações, de como era o funcionamento, falou da relação que tinha com essa empresa e também como é que funcionava na casa, eu perguntei para ele, como é que se dava estrutura do caso, esse tipo de coisa e ele me falou com relação ao Paulo e outras situações, foi então que eu procurei o Sr. Paulo.
Rodrigo Aquino: Mas vamos tentar ser mais claros, ele foi claro no sentido de que “tem como fazer uma maquiagem nas notas fiscais para poder ganhar a mais”, ele foi claro nesse sentido? Porque logo em seguida o senhor disse que sim.
Reginaldo Campos: Nesse caso especifico com a Billcar e não em outras empresas.
Rodrigo Aquino: Então Henderson foi claro nesse sentido?
Reginaldo Campos: Sim, nesse sentido com a Billcar.
Rodrigo Aquino: Pois é, eu gostaria que o senhor detalhasse o que ele falou.
Reginaldo Campos: Falou que eu poderia colocar um veículo a mais, sem ter usado o veículo para poder receber.
Rodrigo Aquino: E ele disse na gestão dele como é que isso era feito, se ele ficava com esse dinheiro ou o que ele fazia com esse dinheiro?
Reginaldo Campos: Não chegou a detalhar isso.
Maria Raimunda: Quando o senhor falou com o Sr. Paulo, ele se esforçou para o senhor alguma recusa ou ele chegou a dizer para o senhor que isso ele não faria porque é ilegal, o que disse o Sr. Paulo quando você fez essa proposta?
Reginaldo Campos: Ele não negou de continuar fazendo, não esboço nenhuma atitude para que não se pudesse fazer.
Rodrigo Aquino: Mas houve uma intermediação do Henderson, tipo o Henderson te indicando, o Henderson dizendo, “olha eu vou entrar em contato com o Paulo e vou dizer que tu vais visitá-lo”, algo nesse sentido ou chegaram os três ali juntos?
Reginaldo Campos: Não senhor, foi particularmente.
Rodrigo Aquino: Eu quero que o senhor me detalhe, como foi essa conversa com o Paulo, no sentido de que como foi acordado entre vocês, porque o senhor já disse, olha “vai se possibilitar que se coloque diárias a mais”, mas havia um número pré determinado, como foi esse acordo, havia uma número determinado de diárias, agora por mês a gente vai colocar 10, 20, 30, 40, 50, em fim, ou não vai depender do mês e a gente vai var como foi o acordo entre vocês?
Reginaldo Campos: Geralmente a Câmara precisava de um carro fixo e outro quando era preciso, então geralmente colocava-se a mais e foi assim que foi feito e a empresa fazia, pagava direito quando levava a ordem de serviço, já com as diárias a mais e ele nunca e opôs de dar o restante, conversei com ele, perguntei se era possível fazer da forma como ela já fazia antes e ele concordou.
Rodrigo Aquino: Você lembra o período em que foi feita essa reunião?
Reginaldo Campos: Foi bem no início de 2015, em janeiro.
Rodrigo Aquino: Nesse período Reginaldo a Billcar ainda não tinha ganho o contrato de licitação e teria feito um contrato com a Câmara e pelo que você está narrando, se eu estiver equivocado me corrija, houve uma negociação prévia pelo caminhar que o senhor falou, o Henderson disse olha “continua, porque tem esse esquema, é interessante”, o senhor foi lá com o Paulo e continuou, para que houvesse a licitação, aqui é o ponto, para que a Billcar pudesse ganhar a licitação, foi feito algum direcionamento e o senhor pediu para os servidores que tratam da licitação facilitassem para que a Billcar ganhasse, se ocorreu isso, com quem o senhor falou?
Reginaldo Campos: Eu sugeri que o Paulo encaminhasse os documentos para Câmara que pudesse continuar com a empresa, primeiramente ele quem tinha pedido para continuar e então eu concordei e sugeri ao setor de licitação que verificasse a movimentação, se estaria tudo em dia, tudo ok, para poder continuar.
Rodrigo Aquino: Mas com quem você falou?
Reginaldo Campos: Com o Rubens que trabalhava lá.
Rodrigo Aquino: Mas o que o senhor falou com ele, porque outras empresas concorreram, ainda que não presentes, na formalmente estão lá presentes na concorrência no processo licitatório, a sua conversa com o Rubens foi no sentido de que? Como você orientou o Rubens?
Reginaldo Campos: Para ele entrar em contato com a empresa, ver os documentos que ele ia precisar para dar continuidade, eu recordo que teria feito um aditivo, não tenho bem certeza, mas foi dada a continuidade.
Rodrigo Aquino: Mas veja bem Reginaldo, corria o risco se seguisse o procedimento licitatório, a competição em si, corria o risco da Billcar não ganhar e você pelo que está falando já havia tido uma pré-conversa e um pré-acordo com ele. A minha pergunta é bem objetiva, houve direcionamento para que essa empresa ganhasse?
Reginaldo Campos: Foi a documentação que foi encaminhada para Câmara e a orientação para o setor manter aquela empresa continuar.
Delegado Castro: Reginaldo, quanto de dinheiro o senhor recebeu em virtude desses pagamentos de diárias sem efetivamente ter sido utilizadas?
Reginaldo Campos: Não sei precisar o total, foram várias vezes, uma média de três a cinco mil reais a cada dois, três meses.
Acompanhe a matéria completa no site www.oimpacto.com.br, onde você também tem acesso ao vídeo na TV IMPACTO.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto
Porque a câmara precisa alugar carros? Deveria ser proibido gastarem dinheiro público nisso.
Mais $ujo$ que chiqueiro de porcos, pilantras da grana pública !!!