Cuidado! Eles querem voltar
Artigo de Fábio Maia.
” Dê ao povo tudo o que for possível. Quando lhe parecer que você está dando muito, dê mais. Você verá os resultados. Todos irão lhe apavorar com o espectro de um colapso econômico. Mas tudo isso é uma mentira. Não há nada mais elástico do que a economia, que todos temem tanto porque ninguém a entende”. Juan Perón
As palavras acima são de Juan Domingo Perón, ex presidente da Argentina, e o exemplo mais marcante do populismo na América Latina.
Essas palavras exemplificam cirurgicamente o pensamento populista que dominou a América Latina e, que hoje, regem as políticas públicas no Brasil. Esse populismo transformou verídicas preocupações com a austeridade no orçamento público e medidas econômicas sensatas à o longo prazo, em simples desculpas de quem – segundo eles – não gosta de pobres.
Esse pensamento se alastrou no meio político e na sociedade latino americana, e qualquer semelhança com políticos brasileiros não é mera coincidência.
No Brasil, há, desde políticos presidiários que prometem tudo aquilo que não deu certo anteriormente e que os levaram à situação em que se encontram hoje, até aqueles que prometem tirar você do SPC de qualquer jeito.
E esse pensamento só é possível graças a um tipo de alzheimer que afeta os brasileiros. E os sintomas desse mal são bem sintetizados por Ivan Lessa (jornalista e escritor) em sua frase:
“A cada 15 anos, os brasileiros esquecem do que aconteceu nos 15 anos anteriores”.
Todo mundo quer menos impostos, mas ninguém quer perder sua boquinha governamental. Experimente falar em privatizações de empresas ou universidades, fim de subsídios e cotas raciais, fim de privilégios ou enxugar a maquina pública!!
Quem ousar tocar nesses assuntos, logo será rotulado de fascista, entreguista ou anti-pobre!
A história econômica brasileira, assim como em nossa região, parece estar prisioneira em um ciclo vicioso, dramático e irregular.
Apesar de sermos ricos em florestas, rios navegáveis, riquezas minerais, terras férteis e um extenso litoral, o alto nível de populismo, irresponsabilidade, intervencionismo estatal, além de muita falta de peso político, nos fazem uma colônia de exploração de oligarquias nacionais, em consonância com interesses internacionais.
O pior é que a pobreza e a desigualdade histórica tornaram-se uma arma retórica contra o mercado nas mãos de populistas e pseudo-ambientalistas, que, erroneamente culpam o “capitalismo feroz” – e não as decisões políticas populistas – como causa da manutenção desses males, deixando um legado que leva a mais pobreza e mais desigualdade.
Segundo esses “intelectuais”, é dever do estado compartilhar a riqueza (dos outros), proteger empregos (as custas de outros empregos), proteger setores estratégicos (onerando outros).
A definição de justiça social que essa turma acredita, consiste em tirar dinheiro e empregos de uns, e transferir para outros, “confiscando” uma pequena comissão por essa intermediação (lógico!!).
Eles não entendem que os recursos do Estado são escassos, finitos e obtidos via cobrança de impostos.
É um debate ideológico de visões antagônicas, onde de um lado (no qual me encaixo) está quem acredita que o mercado é quem gera riquezas e transforma uma sociedade, portanto, deve ser valorizado. E do outro lado, os progressistas – que deveriam ser chamados de regressistas – que acreditam que o governo pode resolver tudo, pois acham que os recursos são infinitos. Ou quando ocorre de o “infinito chegar ao fim”, eles juram que basta taxar os ricos que tudo se resolve. E caso não der certo também, eles voltam a culpar o capitalismo e a elite golpista que “odeia pobre”, e o ciclo recomeça outra vez…
E nessa batalha de idéias, o mundo do “populismo progressista” é mais colorido, o fim do arco-íris é logo ali, e o canto da sereia soa mais agradável aos ouvidos da população.
E em um país onde ainda temos mais de 38 milhões de habitantes que não tem o ensino primário completo, ou seja, quase 1/4 da população com uma baixa capacidade de assimilar conteúdos que necessitam de mais raciocínio e interpretação, essa turma do populismo barato ganha força e vem pavimentando seu retorno triunfal, garantindo que o ciclo populista volte mais uma vez. ..
Fonte: RG 15/O Impacto
Caro Fabio, você está certíssimo nas suas argumentações parabéns. é sempre bom lembrar que o estado só existe através do imposto cobrado do trabalhador e de todo o ciclo produtivo, portanto quem sustenta e sempre sustentara os mais pobres será sempre o trabalhador e não a demagogia dos governantes.
É bom não esquecer que o capitalismo só prospera, seja lá aonde for, se houver firme propósito governamental no sentido de melhorar a qualidade de vida de todas as classes sociais. Proporcionar-lhes educação de boa qualidade, acesso aos serviços de saúde e segurança eficientes. Também é bom lembrar que, com efeito, ocorrerão bons níveis de qualificação profissional, com a consequente e adequada distribuição de renda. Isso sim é o que consolida o princípio de uma tão almejada proposta de capitalismo, e tudo de bom que ele possa proporcionar. Ocorre que no Brasil, tanto o populismo quanto o ‘capitalismo’ – este ainda não consolidado -, andam literalmente de mãos dadas, pois a nossa economia ainda é uma economia de Estado. Uma abertura comercial, por mais estreita que seja, é o suficiente para colocar em pânico muitos empresários que porventura atuem na similaridade do negócio. Daí, o que se observa é uma revoada dos mesmos em direção ao colo do governo, suplicando reservas de mercado, subsídios, renuncias fiscais… e por aí vai. E cadê a competência pra concorrer? Já se observa isso em relação aos produtos de origem chinesa. No final das contas, nem capitalistas, nem populistas. Sem renda, sem mão-de-obra e sem consumo, tanto o capitalismo quanto o populismo não se sustentam.
Temos que abrir os olhos e bem arregalados para receber todas essas balelas de políticos oportunista e corruptos que com toda força querem voltar para a mamata. Têm que ensinar o povo a pescar e não dar o peixe pescado. Isso é muito cômodo e o povo que ja por sua vez é vulnerável, quem paga mais pelo seu voto esse vai esse leva. E depois se pagou não têm como cobrar e se sofre o que se está sofrendo. Temos que nos fortalecer e dizer não a este populismo barato. pelo seu texto Fábio
Parabéns. Um pensamento sensato, em cima dos fatos. Não existe almoço grátis. Unica forma de dar dignidade a uma pessoa é garantindo-lhe um emprego. Fora isso o resto é balela.