Digitalização de documentos históricos garante preservação de acervo do Museu João Fona

Prossegue na Sala de Leitura do Centro Cultural João Fona (CCJF), prédio histórico na égide da Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), o trabalho de digitalização de documentos históricos. A ação realizada pelo Centro de Documentação Histórica do Baixo Amazonas (CDHBA), sediado no Instituto de Ciências da Educação (ICED), da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) é pioneira no acervo do prédio. Na equipe há dois coordenadores: Gefferson Ramos e Isabel Augusto, e acadêmicos do curso de História da Ufopa.

Segundo a chefe de Seção de Atendimento aos Turistas do CCJF, Patrícia Chaves, a ação é importante e valorosa. “Sempre recebemos apoio técnico para assegurar e zelar pelo Centro Cultural João Fona. Essa digitalização irá garantir a salvaguarda dos documentos históricos a gerações do presente e do futuro e facilitar o acesso seja por historiadores, cientistas sociais, antropólogos, folcloristas, acadêmicos, estudantes e sociedade em geral. Aqui temos Leis e Decretos, dentre os séculos XIX a XX. O governo municipal se mantém atento a preservação da memória histórica do nosso município”, informou.

Isabel Augusto, integrante da equipe de coordenação do CDHBA, explica como é o procedimento com as documentações. “Aqui trabalhamos com documentações, de portarias a decretos. Encontramos as documentações legíveis, o que facilita o trabalho do manuseio. Digitalizamos em média um livro de 104 páginas a cada dois dias. Para este serviço estamos usando um scanner, cedido por um ano pelo Museu de História da França, específico para esse tipo de material. A ferramenta evita prejuízos com contato com as folhas, porque os scanner de mesa, os mais usuais, implicam em uma exposição maior de calor, em que o manuseio é muito intenso e a folha teria que ser comprimida ao processo de escaneamento. E este, a exposição é muito menor, do calor e não é necessário alterar o formato do livro, ou seja a folha fica preservada na posição original dela”, detalhou.

Aproximadamente quinze livros já foram digitalizados entre Decretos e Portarias. A conclusão está prevista para o final de setembro. “A digitalização é fundamental em termos de pesquisa e ampliará o acesso de pessoas interessadas pelo material. Ainda facilitará muito aos pesquisadores que não tem condições de vir a Santarém. Assim que concluído tanto o governo municipal e o Centro de Documentação Histórica do Baixo Amazonas vão disponibilizar o acesso a esse material nas ferramentas midiáticas”, finalizou Isabel Augusto.

O Centro de Documentação Histórica do Baixo Amazonas (CDHBA) existe desde 2017, já desenvolve trabalhos nessa linha, também executa a organização, catalogação e digitalização dos documentos históricos dos séculos XIX a XX do Tribunal de Justiça da Comarca de Santarém.

Fonte: RG 15/O Impacto e Alciane Ayres/PMS

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