MILTON CORRÊA Ed. 1217
ARROZ E FEIJÃO ESTÃO ENTRE OS ALIMENTOS MAIS DESPERDIÇADOS NO BRASIL
O arroz e o feijão, símbolos da culinária brasileira, representam, juntos, 38% de todos os alimentos desperdiçados no País. A indicação é de uma pesquisa da Embrapa e da Fundação Getúlio Vargas, que entrevistou pessoas de diferentes classes sociais das cinco regiões brasileiras. A reportagem é da Agência do Rádio Mais, assinada por Cintia Moreira. O arroz lidera a lista: representa 22% do montante jogado no lixo. Ele é seguido pela carne bovina, que totaliza 20% dos alimentos desperdiçados. Já o feijão e o frango registraram 16 e 15%, respectivamente. Para o analista da Secretaria de Inovação da Embrapa, Gustavo Porpino, os dados mostram um desperdício similar em todas as classes. “O interessante é que a gente esperava que, no contexto da classe média baixa, o desperdício de alguns alimentos, principalmente frango e carne, fosse percentualmente menor do que nas classes A e B. Mas os dados da pesquisa não mostram isso. Mostram um desperdício similar em todas as classes sociais e em diferentes regiões”. Entre os motivos do desperdício apontados pelos pesquisadores está a busca pelo sabor e a preferência pela abundância dos consumidores brasileiros. “A gente percebe que quando esse preparo constante do alimento no lar está aliado a valorização da abundância, ao não planejamento das refeições, isso aumenta a propensão de haver o desperdício de alimentos”. O levantamento aponta ainda que a maioria das famílias, ou seja 68%, valoriza ter despensa e geladeira cheias. Os pesquisadores ouviram mais de 1.700 famílias brasileiras
TRÂNSITO: CINTO DE SEGURANÇA TAMBÉM É INDISPENSÁVEL NO BANCO DE TRÁS
A reportagem é da Agência do Rádio Mais, assinada por Janary Damacena. Quando você entra em um carro, normalmente uma das primeiras coisas que faz é colocar o cinto de segurança, correto? Mas responda com sinceridade: você também usa o cinto de segurança mesmo estando no banco de trás? Se sua resposta foi não, é melhor repensar sobre isso. Há mais de 20 anos é obrigatório usar o cinto de segurança, porém muitas pessoas continuam ignorando a importância desse item, principalmente no banco de trás. É o que explica o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Glauber Peixoto. “Muitas pessoas, até mesmo alguns condutores não se preocupam como deveriam com um cinto de segurança no banco traseiro. Muitas vezes porque a fiscalização é mais difícil e em razão disso as pessoas ainda insistem em não utilizar o cinto. E isso é um problema muito sério, porque no caso de um acidente, de uma batida frontal, por exemplo, a pessoa sentada no banco traseiro pode causar lesões nas pessoas da frente, que estão com cinto, e até mesmo trazendo situação de lesões graves à pessoa, inclusive algum óbito”. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, deixar de usar o cinto de segurança, seja no banco da frente ou no banco de trás, é uma infração grave que prevê multa e a perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Então fique atento à sua segurança e das pessoas que estão com você.
IBGE: MAIS DA METADE DOS MUNICÍPIOS SEM PLANOS DE SANEAMENTO
Cerca de 35% da população das cidades pesquisadas sofrem com doenças ligadas à falta de esgotamento. A reportagem é da Agência do Rádio Mais, assinada por Raphael Costa. Um levantamento divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (19) aponta os prejuízos da falta de saneamento básico na saúde dos brasileiros. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais de 2018, mais da metade dos 5.570 municípios não tem planos de saneamento. E essa realidade, segundo o instituto, pode ter relação direta na ocorrência de doenças como dengue, zika e chikungunya, ligadas ao mosquito Aedes aegypti, e diarreia. No ano passado, 34,7% dos municípios admitiram saber da ocorrência desses casos. Das cinco doenças elencadas com maior ocorrência, três delas estão ligadas ao mosquito transmissor. A dengue lidera com 26,9% dos casos. Entre as regiões, o Nordeste lidera com a maior quantidade de casos de pessoas infectadas por todas as doenças. Para se ter uma ideia, 29% dos municípios nordestinos relataram epidemia de zika – o que, segundo o IBGE, tem relação à falta de saneamento. Com relação a Política Municipal de Saneamento Básico, que traça as diretrizes e objetivos dos serviços, apenas 38,2% dos administradores municipais relataram ter, outros 24,1% informaram estar elaborando um. Vânia Pacheco é a gerente da pesquisa do IBGE. Ela reconhece que a porcentagem não é ideal, mas destaca a melhora na estrutura ao longo dos anos. “O que a gente avalia, é que de 2011 para 2017, houve um crescimento no percentual dos municípios que passaram a ter políticas municipais de saneamento básico e plano municipal de saneamento básico. Isso é um fato positivo. Os municípios estão se munindo de instrumentos de gestão para política de saneamento básico”. No ano passado, o estado de Santa Catarina apresentou a maior porcentagem de municípios com um plano de saneamento básico, 87%. Na contramão, a Paraíba teve apenas 13% dos municípios com esse tipo de planejamento. Segundo a publicação, em 2011, 28% dos municípios tinham uma Política de Saneamento Básico.
INDÚSTRIA 4.0 LEVARÁ O PAÍS A ALTO NÍVEL DE PRODUTIVIDADE, AFIRMA ESPECIALISTAS
Houve um aumento da incorporação de tecnologias digitais em vários segmentos da atividade empresarial, nos últimos anos. A reportagem é da Agência do Rádio, assinada por Camila Costa. A chamada nova revolução industrial, a indústria 4.0, promete levar os ganhos de produtividade além do nível operacional. Impacta, entre outras coisas, na potência de produtividade do País. O novo conjunto de tecnologias, como big data, internet das coisas, inteligência artificial, promete melhorar a remuneração dos profissionais capacitados; otimizar o aproveitamento das novas tecnologias; encurtar os prazos de lançamento de novos produtos; flexibilizar as linhas de produção e, no fim da linha, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Segundo o diretor-nacional de Operações do SENAI, Gustavo Leal, a indústria 4.0 se apropria das novas tecnologias de base digital e, com isso, há uma profunda mudança na forma da produção das coisas. “Isso tudo vai trazer um enorme ganho de produtividade para as empresas e vai trazer para o Brasil também uma excelente oportunidade de nós resolvermos uma série de problemas que nós temos no que diz respeito à competitividade e prosperidade da indústria”. A combinação do Big Data com o emprego da Inteligência Artificial, por exemplo, melhorará o uso de insumos e aumentará a qualidade dos serviços executados. Já pensou em poder, em uma mesma linha de produção, criar bens personalizados de acordo com a necessidade de do cliente? Em cor, tamanho, funções? Essa é a customização em massa, uma maneira de produzir de uma vez só vários tipos de bens. A incorporação de novas tecnologias pelas empresas permitirá esse tipo de serviço, segundo o diretor-nacional de Operações do SENAI, Gustavo Leal. “Nós precisamos muito, como país de termos estratégias muito bem definidos em relação à preparação de uma infraestrutura adequada para isso, principalmente no que diz respeito à conectividade, à velocidade de internet. Mas, talvez, o desafio principal seja a capacidade que o país venha a desenvolver de formar as pessoas com perfis competentes, adequados para esse novo patamar tecnológico”. Última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, sobre o assunto, revela quais setores têm mais utilizado tecnologias digitais e quais, por alguma razão, ainda não fizeram esse caminho. Mais de duas mil empresas de todos os portes foram entrevistadas e disseram fazer uso de dez tipos de tecnologias digitais, em diferentes estágios da cadeia industrial.
ALÉM DOS EFEITOS DA CRISE, DESCONTROLE FINANCEIRO ESTÁ ENTRE PRINCIPAIS CAUSAS DA INADIMPLÊNCIA NO PAÍS, REVELA PESQUISA CNDL/SPC BRASIL
Mais da metade dos entrevistados sabe pouco ou quase nada sobre seus rendimentos, enquanto 45% ignoram valor das contas básicas, como água e luz. Perda do emprego, queda na renda e compras por impulso são maiores responsáveis por atrasos no pagamento de dívidas. O cenário macroeconômico do país tem contribuído para o alto nível de endividamento dos brasileiros, somado à falta de controle das finanças pela população. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que dentre os principais vilões da inadimplência, os mais citados são a perda do emprego (37%), que chega a 38% nas classes C e D, a redução da renda (24%) e a falta de controle financeiro (12%). Considerando apenas aqueles que se endividaram por descontrole do orçamento ou porque tiveram crédito fácil, 39% afirmam que quiseram aproveitar as promoções oferecidas pelas lojas, levando-os a contrair gastos extras sem avaliar o orçamento. Já 24% reconhecem não ter negociado bem os preços no momento da compra e 14% disseram que costumam comprar mais do que o necessário para se sentir bem quando estão ansiosos. O levantamento mostra também que seis em cada dez brasileiros inadimplentes (61%) têm pouco conhecimento sobre a própria renda, entre salários e outros rendimentos. Para muitos, negligenciar as finanças se estende até os compromissos mais importantes do dia a dia. Um termômetro disso é que 45% reconhecem saber pouco ou quase nada sobre o valor das contas básicas que precisam pagar no fim do mês, mesmo que elas não estejam em atraso, como água, luz, telefone, aluguel, condomínio, plano de saúde e mensalidade escolar. Já 61% desconhecem o número exato de parcelas das compras realizadas por meio do crédito e, em geral, 36% não planejam o orçamento mensal. “A conjuntura econômica continua afetando o bolso da população, que sente dificuldades financeiras com a perda do emprego ou a redução da renda. Mas a atitude do próprio consumidor tem papel fundamental diante dessa situação preocupante de alta inadimplência. O brasileiro possui o mau hábito de `andar no escuro´, ao não conhecer profundamente quanto gasta e quanto ganha”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
ANSIEDADE E PROBLEMAS NO TRABALHO CONTRIBUÍRAM PARA DESEQUILÍBRIO NO ORÇAMENTO DOS INADIMPLENTES
Além da falta de controle sobre o orçamento, as emoções diante de determinadas situações acabam gerando um consumo desordenado em muitas pessoas. Ao investigar que tipo de acontecimento pode ter contribuído para o desequilíbrio das finanças no período em que os entrevistados fizeram a dívida, a pesquisa constatou que o fator número um está ligado à ansiedade (21%). Em seguida, foi mencionada a insatisfação ou problemas no trabalho (13%) como responsável por esse tipo de comportamento. Outros 12% contraíram dívidas em momentos de estado emocional abalado por dificuldades financeiras, enquanto 9% passavam por problemas no relacionamento familiar. Mas mesmo após vivenciar todos os contratempos associados à inadimplência, a má notícia é que pouco são os consumidores dispostos a adotar novos hábitos para evitar a reincidência. Entre os que se endividaram por descontrole financeiro ou compras impulsivas praticamente seis em cada dez não tentaram mudar a atitude para reverter esse quadro (58%). Metade desses entrevistados alega não ser esse um problema tão grande (50%), 19% afirmam que o hábito faz parte do seu jeito de ser e que nunca irão mudar e 17% garantem que a situação não provoca nenhum incômodo. Ainda sobre as medidas tomadas para manter as finanças em dia, apenas 19% buscaram algum tipo de ajuda para resolver suas dificuldades, enquanto 81% não fizeram nada. Nesse último caso, 49% justificam sua decisão dizendo que são capazes de resolver esses problemas sozinhos, ao passo que 18% afirmam não ter dinheiro para contratar ajuda profissional
37% Gastam Mais Do Que Podem Para Aproveitar A Vida E 37% Já Deixaram De Pagar Alguma Conta Para Comprar Algo Que Desejam
O autocontrole é uma barreira importante contra o consumo exagerado, embora seja uma tarefa difícil para muitos. Quase metade dos inadimplentes ouvidos pela pesquisa disseram que quase sempre cedem aos desejos e impulsos quando querem comprar alguma coisa (46%), enquanto 43% não conseguem controlar os gastos, 42% demoram para cancelar serviços ou assinaturas que não usam e 31% vivem fora de seu padrão de vida. A impulsividade e a imprudência financeira de parte dos inadimplentes ficam evidentes também quando respondem sobre sua relação com o dinheiro em várias situações. Para 40% é comum perder a noção do quanto podem gastar em uma balada ou jantar, extrapolando o orçamento, ao passo em que 40% se sentem pressionados a gastar mais dinheiro quando estão com amigos e família, 37% gastam mais dinheiro do que podem para aproveitar a vida e outros 37% às vezes deixam de pagar uma conta para comprar algo que têm vontade. O estado emocional dos entrevistados também interfere na gestão do orçamento, uma vez que 36% admitem comprar, algumas vezes, coisas que não haviam planejado para se sentirem melhor. Já 27% excedem o orçamento para ficarem mais bonitos. “Se o consumidor cede frequentemente à impulsividade para satisfazer seus desejos de compra, se continua gastando sem planejar ou fazer reserva financeira é necessário reconhecer que algo precisa mudar. Valorizar o bem-estar imediato é uma tendência natural do ser humano, mas se a atitude não for bem pensada, pode trazer grandes prejuízos no médio e longo prazo. O primeiro passo é reavaliar o orçamento, identificando todas as despesas e receitas do mês, para então saber onde estão os gastos que podem s er cortados”, orienta a economista do SPC Brasil.
ELEIÇÕES: VOCÊ SABE O QUE FAZ UM SENADOR?
Nas eleições deste ano, em outubro, a população brasileira terá que votar em 2 candidatos para o Senado Federal. Por isto, é muito importante saber o que fazem os senadores. A reportagem é da Agência do Rádio Mais, assinada por Cintia Moreira. Bom, eles votam projetos de lei e propostas de emendas à Constituição; apresentam projetos novos e sugestões de mudanças, conhecidas como emendas, em projetos alheios; elaboram relatórios propondo a aprovação, modificação ou rejeição de projetos de lei; fiscalizam a atualização do Poder Executivo, solicitando informações, ouvindo autoridades em audiência e participando de comissões parlamentares de inquérito. Além disso, os senadores realizam atividades políticas, negociando com o governo e outros senadores em nome dos interesses do seu estado. Afinal, é ele que recebe demandas do estado que representa e da população e mantém contato com a população do estado que o elegeu. De acordo com o professor do Instituto de Ciência Política da UnB, David Fleisher, é preciso tomar alguns cuidados antes de escolher um senador. “A primeira coisa é procurar ver se o candidato realmente é Ficha Limpa, se não tem nenhuma acusação contra ele; quais são as propostas dele para os próximos oito anos; as relações que o senador tem com outras pessoas dentro do estado, principalmente entidades e empresas; na coligação do senador, porque quem é candidato a ser senador titular tem dois suplentes, então teria que olhar também se o suplente é Ficha Suja”. Para ser um senador é preciso ter nacionalidade brasileira, ter pleno exercício dos direitos políticos, ter alistamento eleitoral, possuir domicílio eleitoral na circunscrição, ter filiação partidária e a idade mínima de trinta e cinco anos. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, a previsão de gastos com o Congresso Nacional é de R$ 10,5 bilhões em 2019, com base no Projeto de Lei Orçamentária Anual. A Câmara Federal fica com a maior parte do valor, R$ 6,1 bilhões e o Senado terá R$ 4,4 bilhões. O gasto com pessoal ocupará 22,6% do orçamento total do próximo ano. Lembrando que um congressista brasileiro recebe o equivalente a 35 salários mínimos, de R$ 954,00.
ALERTA: DIA INTERNACIONAL DE ATENÇÃO AOS ACIDENTES OFÍDICOS DESTACA OS CUIDADOS COM COBRAS VENENOSAS.
A reportagem é da Agência do Rádio Mais, assinada por Débora Rocha. A partir de agora, 19 de setembro passará a ser conhecido como o Dia Internacional de Atenção aos Acidentes Ofídicos. Mas o que é um acidente ofídico? São aqueles causados por picada de cobras venenosas. Por ano, quase 140 mil pessoas em todo o mundo morrem e 400 mil ficam permanentemente incapacitadas ou desfiguradas ao serem picadas. Agir de forma corretamente nesses casos pode ajudar a salvar vidas. Portanto, fique atento às dicas da Fan Huí Wen “ FÉN RUI WHEN “ . que é membro da equipe do Instituto Butantã. “A primeira medida que se recomenda é lavar bem a região com água e sabão. Se a pessoa está no campo isso provavelmente vai evitar uma possível infecção no local. Deixar o membro – no caso a perna ou braço uma posição confortável. Procurar o atendimento de saúde mais rápido possível. Não fazer medidas caseiras para tentar retardar a ação do veneno como amarrar, como chupar, como cortar o local da picada, passar substâncias – pomadas, plantas no local”. Ao chegar no serviço de saúde a pessoa ferida por uma cobra venenosa deve ser avaliada por profissionais de saúde que vão indicar a necessidade ou não do soro antiofídico – medicamento que reverte os efeitos do veneno e farão o encaminhamento adequado. Mas a prevenção ainda é a melhor forma de escapar dos efeitos do envenenamento por picadas, como explica Fan. “Muitas vezes o acidente ocorre naquele momento da penumbra, no final da tarde. Então sempre uma atenção redobrada sobre o local onde a pessoa vai caminhar ou colocar a mão. Evitar a proximidade de roedores. As cobras comem roedores, ratos. Sempre manter a área em volta da casa limpa, sem restos de comida, para não atrair roedores que podem eventualmente atrair as cobras”. E se você vive ou trabalha próximo a matas ou locais com registro de cobras, use botas e luvas ao sair. No Brasil, a maioria dos casos envolve Jararacas, Cascavéis, Surucucus Bico-de-Jaca e Corais.