Servidor da SEFA é preso acusado de estuprar enteada por 11 anos
Caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca)
Delegada Mila Moura, cumpriu o mandado de prisão expedido pela Justiça
’Um cidadão acima de qualquer suspeita‘, assim a delegada da Polícia Civil, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), classificou o perfil de Antônio Trindade Maciel Viana, de 57 anos, que conforme apurou a reportagem do O Impacto, é servidor público estadual, lotado na Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), na função de Marinheiro Reg. Máquinas, Mercadoria em Transportes de Portos e Aeroportos, tendo como local de trabalho o Porto da CDP, em Santarém.
Segundo informações da Polícia, Antônio Trindade Maciel Viana, preso na terça-feira (27), é suspeito de abusar e explorar sexualmente, sua enteada, desde que ela tinha 5 anos, hoje, a vítima é uma adolescente com 16 anos. O suspeito também teria cometido o mesmo crime contra uma prima de sua enteada, quando ela tinha 10 anos, hoje tem 21, e também fez denúncia na Deaca.
“A vítima foi na delegacia acompanhada da mãe para fazer a denúncia. A vítima fez um vídeo no qual o acusado aparece confirmando que abusava dela desde que ela tinha 5 anos. Durante as investigações descobrimos que ele também abusou de uma sobrinha de 10 anos. Ele oferecia dinheiro às menores para praticar o crime”, informou Dra. Mila, acrescentando:
“Essa jovem foi muito corajosa e muito perspicaz, porque ela, pensando que as pessoas não acreditariam no que ela iria dizer, gravou um vídeo onde ele fala que realmente praticava esse tipo de conduta, o que nos ajudou muito a confirmar. Nos chamou bastante atenção a forma como ele agiu com a prima desta vítima. No depoimento, ela disse que ele dava medicação para que ela dormisse, dizendo que seria uma medicação para fazer ela ganhar peso e quando ela dormia, à noite, ele abusava dela”.
Em depoimento, Antônio Trindade, que está preso na Central de Triagem Masculina do Complexo Penitenciário de Cucurunã negou os crimes. “Ele negou os fatos e tentou insinuar que era as menores que davam em cima dele, que elas se insinuavam para ele”, contou Dra. Mila Moura.
ESTATÍSTICA ASSUSTADORA E MONSTRUOSA: De acordo com a delegada Mila Moura, que vem se destacando nos trabalhos frente à Deaca, o crescimento exponencial de casos de violência contra criança e adolescentes, tem revelado uma triste realidade.
“Esse ano de 2018, até o mês de novembro foram 191 registros de Boletim de Ocorrência de estrupo de vulnerável lá na DEACA. É um número bastante elevado, mesmo porque quando se trata desse público, qualquer número nesse tipo de crime eu considero elevado, porque são crimes, são aberrações. Mas eu sinto que realmente as pessoas têm tomado mais coragem para denunciar, até por conta dos meios de denúncia, tais como o disque-denúncia 181, e a denúncia anônima através do disque 100. Assim, as pessoas não se identificam e elas conseguem ajudar as crianças e adolescentes que estão nessa situação. A maioria dos acusados nesse tipo de crime são pessoas que realmente têm uma índole boa, que têm um bom convívio com todo mundo, até porque, para que os responsáveis por crianças e adolescentes permitam que seus filhos e suas sobrinhas fiquem perto dessas pessoas, é preciso que elas sejam de confiança, é preciso que elas passem confiança, então a maioria dos casos ocorre com pessoas que têm uma conduta ilibada, além disso, a maioria dos casos também ocorre com pessoas muito próximas, pais, padrastos, primos, tios, a grande maioria dos acusados tem esse perfil. É importante prestar atenção em pequenos sinais, nas pequenas mudanças dessas crianças e adolescentes. Mudanças no comportamento, queda no rendimento escolar, na falta de apetite, automutilação, reclamações, mais agressividade, isso pode demonstrar que realmente as crianças podem estar sendo vítimas de abuso. É preciso sentar e conversar, perguntar, afirmar que não vai acontecer nada com elas, porque elas também são ameaçadas e têm muito medo de revelar esse tipo de situação, mas através da conversa elas acabam revelando. Conversar e perceber também, ter aquele cuidado ao dar banho, perguntar se alguém já tocou em alguma parte estranha, se alguém estranho conversou com ela; é ter aquela sensibilidade de fazer perguntas, e também sem estimular algum medo ou algum outro tipo de reação na criança, é ter esse tato de realmente perguntar sem agredir”, explica a autoridade policial.
TRAUMAS E O ATENDIMENTO ADEQUADO ÀS VÍTIMAS: Talvez mais importante do que punir o agressor/abusador, são as respostas frente às demandas necessárias visando o tratamento dos traumas das crianças e adolescentes. Quando uma vítima e seus familiares realizam a denúncia na Deaca, recebem atendimentos por psicólogos e assistentes sociais do Pro Paz Integrado.
“Ao chegar à delegacia, essas crianças são ouvidas por um assistente social em conjunto com a psicóloga e através da chamada escuta especializada ela vai relatar o que aconteceu. Após isso, passa-se ao registro do boletim de ocorrência, que é feito pela parte de investigação da polícia. A partir daí, se iniciam as investigações, e caso necessário, as vítimas são encaminhadas para fazer exame de lesão ou sexológico, o que vai se juntar também nas provas do inquérito. Eu gostaria de deixar um alerta para que, os pais, professores, responsáveis por essas crianças e adolescentes fiquem alertas e em caso de suspeita, além de conversar, também denunciar”, conclui Dra. Mila Moura.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto
CASTRAÇÃO QUIMICA JÁ……………………
Cadeia e castração química, somente um presidente com P maiúsculo para sancionar essa lei ! Hein Bolsonaro ?