MPF cobra do governo paraense que cumpra sentença que federalizou licenciamento da Belo Sun
Ofício enviado à secretaria de meio ambiente alerta que o procedimento deve prosseguir com envio imediato ao Ibama, em cumprimento à sentença
O Ministério Público Federal (MPF) enviou hoje ofício à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, para que cumpra a sentença da Justiça Federal de Altamira que determinou a federalização do licenciamento do projeto da mineradora canadense Belo Sun. A empresa tenta instalar uma mina de ouro a céu aberto na Volta Grande do Xingu, região do rio mais impactada por Belo Monte.
O ofício endereçado ao secretário Thales Belo lembra que a sentença do processo nº 1813-37.2014.4.01.3903 ordenou que o licenciamento da Belo Sun seja conduzido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Mesmo assim, na segunda-feira (26), indígenas Juruna estiveram na sede do MPF em Altamira para convidar a instituição para participar de reuniões agendadas, dentro da terra indígena Paquiçamba, com representantes da secretaria estadual e da empresa.
Para a procuradora da República Thais Santi, que acompanha o caso, a realização da reunião deixa “evidente que o processo de licenciamento ambiental segue à revelia do órgão licenciador competente”. A sentença de federalização é de setembro e reconhece que o Estado do Pará não tem competência para conduzir o licenciamento, determinando o envio para Brasília. Para o MPF, o cumprimento à ordem judicial que federalizou o licenciamento deve ser imediato.
A procuradora ressalta a “necessidade de que o processo de licenciamento ambiental seja imediatamente regularizado, de modo a garantir a tutela do interesse federal em curso, em especial no que se refere ao prosseguimento de estudos que implicam a entrada do empreendedor em terras indígenas e que devem considerar a interferência no monitoramento dos impactos da usina de Belo
Monte, cuja avaliação deve ser feita pelo Ibama, sob pena de se postergarem as
inseguranças desse processo”, diz a procuradora no documento.
Duas ações tratam do caso da Belo Sun na Justiça Federal com sentenças favoráveis ao MPF. Em um primeiro processo, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu todas as licenças concedidas pela Semas pela ausência de estudos e consulta aos indígenas afetados. No segundo, a Justiça Federal em Altamira ordenou recentemente a federalização.
Fonte: RG 15/O Impacto e MPF
Impacto ambiental, terras indígenas, licenças mil, ideologia comunista, perseguição ao capitalismo,etc,etc,etc, impedimentos de toda ordem ao progresso. Depois se queixam que as empresas não vêm se instalar na Amazônia, que não há empregos para o povo e que daqui somente levam os insumos ! E os socialistas? Estão no ar condicionado, em seus empregos públicos e pensando em suas próximas viagens a algum inferno capitalista, como N York, Roma, Madri, Paris…