Agentes da CPT protagonizam tentativa frustrada de invasão à propriedade na Cachoeira da Cavada, em Santarém

Desesperados com a perspectiva de verem fracassar todos os dez anos investidos na promoção de seus esquemas etnicizantes no oeste do Pará, agentes da medieval organização da esquerda católica santarena, a Comissão Pastoral da Terra, além de criarem fraude étnica que batizaram como “Munduruku do Planalto” protagonizaram no primeiro dia de dezembro, uma insólita tentativa frustrada de invasão a propriedade na Cachoeira da Cavada, em Santarém, para pressionar por demarcação fraudulenta.

Após uma década de ação clandestinas na criação e proliferação de grupos étnicos no Planalto Santareno, agentes da CPT, tais como o Sr. Gilson de Jesus Rego, protagonizam tentativa frustrada de invasão “indígena” de propriedade na Cachoeira da Cavada.

O episódio da tentativa frustrada da invasão transcorreu na tarde do dia 01 de dezembro de 2018, quando por volta das 15:30 horas, este antropólogo acompanhado de Germano R. D. um de seus clientes, interceptaram numa estrada rumo à Cachoeira da Cavada um comboio composto por um micro-ônibus repleto por mais de trinta indivíduos auto-declarados “munduruku do planalto” e outros três carros dos quais um era sabidamente dos agentes da CPT que seguiam em rumo à Cachoeira da Cavada.

A abordagem inesperada e a postura firme e investigativa deste antropólogo acabou por desconsertar os líderes do movimento e as lideranças da ação que em menos de um minuto de interpelação investigativa começaram a revelar suas verdadeiras intenções por meio de declarações, palavras e atitudes durante abordagem ao grupo. “Aqui não tem dono não”, “queremos que todos conheçam a Cachoeira que nos pertence”. Foram algumas das frases que indicaram as más intenções do grupo auto-declarado indígena.

Cachoeira da Cavada

Ao serem interpelados insistentemente sobre a real motivação do grupo, logo revelaram suas intenções, que era de promover a invasão da propriedade Cachoeira da Cavada, numa tentativa de aproveitar dois eventos cruciais para promover a agenda etnicizante demarcatória: 1) a publicação da Portaria da FUNAI que criou o GT de identificação e delimitação da suposta terra indígena “Munduruku do Planalto” e 2) os últimos dias deste Governo para criar situações de pressão e provocar mais ainda eventuais demarcações e/ou regularizações fundiárias.

A desculpa apresentada pelos supostos “Munduruku do Planalto” era que o grupo iria realizar uma “atividade pedagógica” de “conhecimento da cachoeira”, o que é um motivo no mínimo estranho, pois não houve nenhum consulta ou conversa prévia ao dono da propriedade, nem comunicação deste intento. Não foi mostrada qualquer programação que comprovasse o intento pedagógico do fato. Tudo isto foi testemunhado por este antropólogo e pelo proprietário da Cavada, que mesmo após registrar os fatos, muito gentilmente autorizou o ingresso do grupo.

Mediante a confiança do proprietário em seus vizinhos e moradores do bairro que recentemente se declararam indígenas, foi maior e o grupo foi liberado da situação de interpelação no meio da estrada, só para irem e ingressarem na área da Cachoeira sem pagar o valor mínimo e ínfimo do seu ingresso, empurrando a proprietária que está grávida e gritando palavras de ordem, declarando posse sobre a área e ingressando de forma arrogante à área da Cachoeira.

Ao que tudo indica, a atividade visava pressionar e fazer avançar a agenda demarcatória, uma vez que em mais de uma década de estudos sobre os processos de etnogênese, o mais difícil em toda as investigações, é encontrar elementos e evidências que comprovem a sua artificialidade : a autoria ou mentoria intelectual do fenômeno “etnogênico”.

Pois, numa rara exceção a esta regra, a Comissão Pastoral da Terra em Santarém providenciou ao Brasil, uma das únicas provas escritas e materiais da mentoria intelectual, artificial e fraudulenta de uma suposta “etnogênese” “Munduruku do Planalto”. Num caso raro de confissão da autoria, a publicação do livro Oceypi Ekawên- História da Nossa Terra, obra elaborada e coordenada pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT), mas paga com verba de ONGs Internacionais, com o intuito declarado de “propagar as histórias de vida das comunidades do Planalto Santareno”.

Publicações grotescas

Publicação grotescamente militante da Comissão Pastoral da Terra, Oceypi Ekawên (História da Nossa Terra) é obra panfletária cujo único objetivo é tentar atestar a legitimidade da suposta etnia “Munduruku do Planalto”, reengenharia social resultante da reorganização artificial de quatro comunidades do Planalto Santareno em torno de uma roupagem supostamente étnica.

A obra se presta, na verdade, como o primeiro e único instrumento de propaganda étnica a atestar a existência e legitimidade da suposta “Aldeia índigena Munduruku do Planalto” grupo que na verdade junta alguns comunitários de quatro comunidades dispostos a endossar a estratégia etniciante proposta implementada pela CPT. Exemplar raro do gênero, esta obra tem, portanto, caráter singular: Servir como a única tentativa de atestar a legitimidade de suposta etnia sem fundamento legítimo, sem respaldo científico e sem credibilidade regional.

A CPT não cansa de usar sua presençasolidária, ecumênica, fraterna e afetiva”, para estimular os povos ribeirinhos a serem “protagonistas atuantes nas lutas e embates contra produtores e moradores das terras nas quais atua. Fazendo, ao seu entender “diagnósticos de conflitos” e estimulando a criação de “supostas aldeias” incitando-as à usarem-se deste artifício para desestimular o desenvolvimento agrário e pecuário na região. (CPT:2016)

Por: Edward M. Luz (Antropólogo Luz)

Fonte: RG 15/O Impacto

CARTA DIREITO DE RESPOSTA

No dia 03 de dezembro de 2018, o portal O Impacto divulgou um texto intitulado “Agentes da CPT protagonizam tentativa frustrada de invasão à propriedade na Cachoeira da Cavada, em Santarém” escrito por um bacharel em antropologia, Edward Luz, que foi expulso da Associação Brasileira de Antropologia, onde acusa de forma caluniosa que agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) tentaram invadir a Cachoeira da Cavada. Ofendidos pelo conteúdo da matéria, solicitamos o direito de resposta, pois além de serem falsas os fatos, os editores deste portal publicaram o texto sem ouvir os agentes da CPT.

A verdade é que no dia 01 de dezembro de 2018 foi realizada uma atividade pedagógica com jovens indígenas das Aldeias de Ipaupixuna, Açaizal, Amparador e Cavada para visitação a lugares importantes para o território Munduruku do Planalto. Esta atividade foi discutida no mês de novembro e aprovada pelas lideranças indígenas. Solicitaram que a CPT fizesse o apoio e acompanhamento desta atividade. Assim como convidaram a professora da UFOPA Judith Costa e o Cacique Dadá Borari, professor indígena do Território Maró, que tem experiências com atividades pedagógicas em seu território.

A atividade iniciou na aldeia de Ipaupixuna, onde foi visitado o Sítio arqueológico, inclusive lá foi detectada a derrubada de Castanheiras dentro da área da Aldeia. Em seguida o grupo de jovens seguiu até a aldeia Açaizal para visitar a nascente do Rio Açaizal, onde também constataram outro crime ambiental, que é a morte da nascente do rio, que segundo as lideranças, foi provocada pelo assoreamento devido à plantação de soja que estão localizadas de ambos os lados do Rio. Depois desta os jovens seguiram para a Aldeia da Cavada para visitar a Cachoeira da Cavada, um dos pontos ambientalmente importante para aquela aldeia.

Entretanto, quando se deslocavam para a Cachoeira, o veículo que conduzia os indígenas foi abruptamente interceptado por um carro Ford KA preto, placa OFJ 0154, conduzido por uma pessoa que se apresenta como Edward Luz e diz ter sido contratado por produtores de soja e pelo posseiro da Cachoeira. Após a abordagem invadiu o ônibus empurrando a porta e o adentrou desferindo palavras ofensivas contra um dos agentes da CPT, inclusive o ameaçando de agressão física.

Os indígenas desceram do ônibus e procuraram o Sr. Germano, que é posseiro da área, pedindo para adentrar até a Cachoeira. Depois de pedir cuidado durante a visita o Sr. Germano autorizou a entrada dos jovens. Contudo, o bacharel em antropologia continuou ofendendo as lideranças e tentando impedir o acesso dos indígenas ao local, acusando de forma racista os indígenas de falsos índios. Apesar de toda truculência praticada pelo sr. Edward os indígenas conseguiram chegar até a Cachoeira, onde fizeram as observações necessárias da atividade, inclusive identificaram que houve inúmeras alterações humanas na Cachoeira, mesmo sendo uma Área de Preservação Permanente. Depois de concluída a atividade pedagógica os jovens retornaram para suas aldeias.

Depois do ocorrido foi feito Boletim de Ocorrência, reportando às autoridades policiais as ameaças desferidas pelo sr. Edward contra o agente da CPT e outras lideranças indígenas. Toda a violência usada por Edward foi registrada em vídeos pelos jovens que participavam da atividade educativa. Vale registrar que o referido bacharel em antropologia vem usando alguns meios de comunicação para esbravejar contra o trabalho Pastoral da CPT, fazendo acusações caluniosas e difamatórias. Seu comportamento tem demonstrado certo descontrole emocional, inclusive criando uma imagem negativa dos produtores de soja que trabalham de forma legal, já que o mesmo diz representá-los e ao mesmo tempo incitando-os ao ódio racial e a violência.

Ressaltamos que os direitos indígenas, inclusive o da autodeterminação estão previstas tanto na Constituição Federal, como na Convenção 169 da OIT, não cabendo, portanto, ao bacharel em antropologia Edward, dizer quem é ou não é indígena. Afirmar que os indígenas que assim se reconhecem são “falsos índios” e negar-lhes o acesso a uma área de visitação pública configura o crime de racismo.

O Território Indígena Munduruku do Planalto vem sofrendo inúmeras ameaças desde que pleiteou o direito de regularizar seu território junto a FUNAI. As lideranças desde então vêm sofrendo ameaças e intimidações. Recentemente uma decisão judicial homologou um acordo entre FUNAI e MPF para a criação do Grupo de Trabalho para iniciar os estudos de Identificação e Demarcação do Território Munduruku do Planalto. Esta decisão tem provocado o ódio de forasteiros que querem aquelas terras indígenas para suas atividades particulares. Contudo, os indígenas que ali moram há século lutam para garantia do direito de continuar vivendo neste território.

Por fim, ressalta-se que a Comissão Pastoral da Terra é um organismo da Igreja Católica, que desenvolve sua pastoralidade através do serviço social às populações do campo. Pastoral Convocada pela memória do evangelho da vida e da esperança, fiel ao Deus dos pobres, a terra de Deus e aos pobres da terra, ouvindo o clamor que vem dos campos e florestas seguindo a prática da busca pela justiça de Jesus, a CPT quer ser uma presença solidária, profética, ecumênica, fraterna e efetiva, que presta um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar seu protagonismo.

Comissão Pastoral da Terra

04 de dezembro de 2018

Um comentário em “Agentes da CPT protagonizam tentativa frustrada de invasão à propriedade na Cachoeira da Cavada, em Santarém

  • 3 de dezembro de 2018 em 16:22
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    Matéria muito tendenciosa e nada elucidativa!! Vc se diz “Antropologo”, mas foi expulso da instituição de classe que representa a “sua profissão”.
    Não vi nada sobre o posicionamento da CPT. Muito fácil vc só atacar… recebi um vídeo sobre a ação e o que vi foi uma ação truculenta e muito violênta, da sua parte!

    Resposta

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