Justiça bloqueia bens da empresa Itacimpasa, em Itaituba
Medida visa garantir o pagamento de salários atrasados de colaboradores da empresa.
A situação que envolve o impasse entre a empresa Itacimpasa e os colaboradores se arrasta há mais de quatro anos, sem nenhuma solução aparente. Já a partir de 2017, os vereadores Diego Mota (Podemos), Junior Pires (PSC) e David Salomão (PTC) decidiram comprar a briga e partiram em busca de alternativas de solução, começando por acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santarém. Pelo menos três audiências foram realizadas em Itaituba, a última delas com os funcionários, quando já foram apresentados alguns resultados. O vereador Junior Pires destaca que o atraso salarial com os colaboradores é uma questão que precisa ser resolvida o mais breve possível, mas que a empresa também possa se restabelecer e voltar a atuar no mercado.
“A prioridade é o pagamento dos colaboradores, até porque a situação deles é bastante complicada. Muitos passam por necessidades e já não têm a quem recorrer para manter suas famílias. Esperamos que a situação se resolva e que a própria empresa possa voltar a operar e gerar emprego e renda na região, isso fora o fato de que, com a crise na Itacimpasa, todos sentiram o aumento exorbitante no preço do cimento”, aponta o Vereador.
A comissão de vereadores vem acompanhando o processo e a mais recente informação é sobre a sentença proferida pela Justiça do Trabalho, que decidiu pela indisponibilidade de bens da empresa, parte deles alcançando valores que superam os vinte milhões de reais, sendo que apenas parte dos colaboradores, os que entraram na Justiça representados pelo sindicato, têm para receber mais de R$ 5 milhões. Segundo o vereador David Salomão, já se visualiza para este ano uma solução definitiva para o problema.
“A Justiça já determinou o bloqueio de uma fazenda em Santarém e dois terrenos em Itaituba. O valor total desses bens ultrapassa os quarenta milhões de reais e, certamente, vai cobrir os salários em atraso e outras pendências da empresa. Agora, esperamos que esses bens sejam vendidos e que o dinheiro seja encaminhado a quem de direito, neste caso os colaboradores que estão esperando para receberem os seus salários”, resume o Vereador.
Fonte: RG 15/O Impacto e Mauro Torres