Artigo – Surge um bilionário, surgem um milhão de pobres
Por Oswaldo Vasconcelos Bezerra
Como é doce ser rico, quantas coisas boas a desfrutar neste mundo com o poder do dinheiro.
Ostentação da riqueza virou um modismo no Brasil. Mas a riqueza não vem do nada. Ela se distribui ou se concentra. Imagine pessoas vivendo em uma ambiente fechado de milhares de cidadãos de classe média, em uma economia estática.
Para que um se torne bilionário, ao menos um milhão de pessoas, forçosamente, migrarão da classe média para a pobreza.
Por isso, o fenômeno de concentração de renda assusta o mundo. Super-ricos ficaram com 82% da riqueza gerada no mundo em 2017, diz estudo da OXFAN. Metade mais pobre da população mundial não ficou com nada do que foi gerado naquele ano.
Em 2017, o mundo teve um acréscimo recorde de bilionários (um a cada dois dias). O Brasil, que tem a maior concentração de renda do mundo, entre o 1% mais rico, ganhou 12 novos integrantes. O grupo passou de 31 para 43 em 2017.
O 1% mais rico do Brasil detinha 27,8% da renda, os milionários brasileiros ficaram à frente dos bilionários do Oriente Médio, que aparecem com 26,3% da renda da região.
Na comparação entre países, o segundo colocado em concentração de renda no 1% mais rico é a Turquia, com 21,5%.
Um relatório do Banco Mundial de abril de 2019, afirma que a pobreza aumentou no Brasil entre 2014 e 2017, atingindo 21% da população (43,5 milhões de pessoas). Como efeito, 7,3 milhões de brasileiros passaram a viver com menos de 20 reais por dia. São 5,253 milhões de crianças, de até 14 anos, em situação de miséria cujas famílias as sustentavam com uma renda de apenas U$ 1,90 por dia.
Para complicar ainda mais a situação, a guerra comercial entre China e EUA pode levar o mundo a recessão, menos compras de commodities, mais pobreza deve surgir. Isso pode piorar ainda mais a situação do Brasil cujo PIB acumula quedas por dois trimestres seguidos, que nos coloca tecnicamente em recessão.
Sensibilizados com a pobreza crescente, 18 bilionários americanos, em carta aberta, pedem mais impostos para os mais ricos: “Cobrem mais impostos de nós!”. O pedido foi feito aos candidatos à presidência de 2020 nos EUA. “Escrevemos a todos os candidatos à presidência, sejam republicanos ou democratas, para que apóiem um imposto sobre as fortunas do 1/10 mais ricos dos americanos, nós”, afirmam.
Enquanto isso no Brasil, o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), um tributo previsto na Constituição Brasileira de 1988, mesmo 31 anos depois ainda não foi regulamentado. Pelo visto, a classe dominante no Brasil não é tão sensível a situação dos miseráveis do nosso país, como são os bilionários americanos, por exemplo.
RG 15 / O Impacto
O certo é que sem informações privilegiadas,sem propina,sem sangue inocente…ninguém enriquece
Dos 43 bilionários do Brasil não tem nenhum que não tenha sido favorecido pelas benesses do governo.
Os 3 bilionários dos comentários realmente tem pensamento diferente dos bilionários americanos…..
Concordo com os dois comentários
Ele escreve, porém, não pode equiparar trabalho que o resultado foi a riqueza com quem não quer trabalhar e ficar rico
Discordo desse cidadão em vários pontos, primeiro porque não se pode culpar os ricos por serem ricos, também da muito trabalho ser rico em nosso país, não será os ricos distribuindo toda sua riqueza que igualará a todos, você não se torna rico pelo que ganha, mas pelo que deixa de gastar é economizar, e acima de tudo, aplicar corretamente seu dinheiro, esse discurso de esquerda dele, não ajuda em nada, é meu ponto de vista, a minha opinião é… Começar a ensinar desde cedo sobre economia nas escolas, sobre o valor do bem, sobre aplicação correta, sobre como manter é aumentar o próprio capital, além disso, educação para que todos tenham oportunidade em igual medida é não essas bolsas misérias de mero intuído eleitoreiro