Artigo: A vigente guerra civil nos EUA

Por Oswaldo Bezerra

Foi de se admirar  o artigo do New York Times publicado na semana passada, que pela primeira vez, na história, há o reconhecimento da existência do “Deep State” ou “Estado Profundo”. No artigo, o New York Time revelou uma guerra entre o Governo escondido dos EUA e o atual presidente Trump. O Jornal não criticou a existência do Estado Profundo, tampouco seus atos ilícitos como, por exemplo, golpes de Estado, em países sul-americanos. Centrou apenas na guerra travada contra Trump, seu desafeto, como forma de acabar com sua popularidade.

O atual drama americano do impeachment é o desenlace final desta luta entre Trump e as forças administrativas internas do governo (serviços secretos e forças armadas cooptadas pelo capital financeiro). O Jornal dá apoio aos que argumentam que a política externa americana deva ser de domínio exclusivo dos burocratas não eleitos. Apoiam que deva ser impenetrável às opiniões de funcionários eleitos, até mesmo presidentes, que possam ter perspectivas diferentes das suas.

Muita gente se pergunta por que há a luta entre Trump e o Deep State. Os antagonismos são muitos. Por exemplo, Trump queria restaurar as relações cordiais com a Rússia, enquanto o Estado Profundo considerava que se deveria aumentar a loucura de uma guerra fria.

No oriente, Trump queria sair do Afeganistão, enquanto o Estado Profundo se opunha totalmente a esse movimento. Trump viu o papel dos EUA na Síria apenas para derrotar o Estado Islâmico (criado e mantido pelo Governo Profundo), enquanto o Estado Profundo queria continuar a derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad.

Trump temia deixar que os eventos na Ucrânia levassem os EUA a um confronto direto com a Rússia. O Estado Profundo quer de toda maneira tirar a Ucrânia da esfera de influência da Rússia, mesmo que isso signifique abrir tensões com o “urso”.

Nenhum presidente nos EUA enfrentou um ataque tão implacável pela mídia corporativa, e teve tantas tentativas de sabotagem de sua presidência. Obviamente será necessária apenas uma maioria simples para impugnar Trump na Câmara, e os democratas poderão fazer isso sem nenhum problema.

Contudo, parece que o esforço para remover Trump estará completamente morto quando chegar ao Senado. Sem impugnar Trump, seus opositores devem partir para um plano B. A maneira mais rápida de convencer o público em geral é a derrubada da economia. Com a economia desmoronada o povo não vota no presidente. Alguns setores da elite americana já aventaram (vide Washington Post) esta possibilidade.

Embora muitos em Wall Street odeiem Trump, é inegável que eles se saíram muito bem, enquanto ele esteve na Casa Branca. De fato, apenas três presidentes viram o mercado de ações ter um desempenho melhor, nos três primeiros anos de mandato. Além disso, sua política nacionalista, muito diferente do neoliberalismo da América Latina, que só põe o país a venda, tem gerado muito emprego. População empregada, povo satisfeito.

 

RG 15/O Impacto

Um comentário em “Artigo: A vigente guerra civil nos EUA

  • 14 de novembro de 2019 em 09:10
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    KKKKKKK, quando a esquerda dá o golpe na democracia e implanta o comunismo, à la H.Chaves e Fidel Castro, caracteriza uma “”legítima vontade del pueblo””, porém quando o povo sai às ruas exigindo democracia, liberdade, fim da miséria e a expulsão dos comunistas, aí é “ato ilícito de golpe de Estado em país sul-americano” !!! Quem não os conhece é que cai nessa balela…

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