OPINIÃO – ALBERTO OLIVEIRA: “ECONOMIA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS”
Dados do IBGE publicado em 2018 apontou que 341,6 mil empresas quebraram entre os anos de 2013 e 2016 quando tivemos uma das maiores recessão da história recente brasileira. Dessas, 262,3 mil foi do seguimento do comércio. As empresas que continuaram funcionado, 5,5 milhões possuía algum tipo de restrição de crédito. Em outubro de 2019 esse número subiu para mais de 6 milhões de empresas negativadas e milhões de pessoas desempregadas. Em 2017 e 2018 tivemos uma leve recuperação econômica, mas, nem de longe recuperamos os números pré-recessão.
Com a pandemia do coronavirus assolando o mundo e o Brasil fragilizado na sua economia, qual será o impacto econômico e social que iremos sofrer nos próximos dias, meses, anos?
O governo não tem se mostrado a altura para o enfrentamento da crise que assola a nação. Falta liderança política nesse país e sobra espertalhões aproveitadores. Não há um plano consistente, definido, delineado para fazer frente ao grave problema que estamos vivendo. Algumas medidas, timidamente apresentadas estão longe de ser a solução. Exemplo: ” o governo federal estuda liberar 5 bilhões de reais via BNDES para financiar empresas”. Pergunto: quem vai ter acesso a esse crédito, somente empresas sem restrição de crédito? Qual o critério a ser adotado para ter acesso a esse recurso? Não há uma palavra do governo a esse respeito.
Em 2016, por pressão dos ruralistas, o governo sancionou a Lei 13340/16, que permitiu ao produtores rurais renegociar suas dívidas junto ao FNO e FNE com até 90% de rebaixa. Com esse gesto o governo federal salvou a agricultura que hoje é uma das principais fontes de exportação do mercado brasileiro. Não está na hora do Congresso Nacional aprovar uma medida similar a essa também para o comércio e a indústria, e assim salvar milhões de empregos, contribuindo para que o país saia mais rápido dessa crise?
RG 15 / O Impacto