Cidadania: 76.624 presos tentaram burlar acesso ao auxílio de R$ 600
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni afirmou na manhã desta quinta-feira (16) que 76.624 presos tentaram burlar o sistema de acesso ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo a trabalhadores informais em meio à crise do coronavírus.
Onyx ressaltou ainda preocupação com a decisão do juiz Ilan Presser, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que suspendeu na noite de ontem (15) a exigência de regularização do Cadastro de Pessoa Física (CPF) para a obtenção do auxílio. O magistrado deu o prazo de dois dias para a Caixa retirar a exigência. O juiz destacou que a exigência estava provocando filas e aglomerações em agências da Receita Federal, contrariando medidas de distanciamento social adotadas pelas autoridades sanitárias no combate à pandemia. Para Onyx, com a mudança, presidiários poderão ter acesso ao pagamento. Ele apontou que o auxílio não é para “bandido”.
“A questão do cpf é extremamente sensível na ótica de segurança. O universo carcerário hoje está na ordem de 693 mil presos dentro de uma base onde desses, 577 mil possuem cpfs cancelados, irregulares, suspensos. Esse público, com uma ação de liberação de regularidade de cpf, passa a ser um público de extremo risco e eleva o nivel de risco da nossa operação, um nível de potencial de fraude muito alto. Porque o filtro do cpf irregular faz com que o cidadão de bem possa regularizar o seu cpf e o sistema financeiro brasileiro todo é amparado na condição da regularidade do cpf”.
Ele também emendou que o sistema financeiro brasileiro é reconhecido mundialmente pela agilidade e segurança baseados na regularidade dos cpfs. “Nesse universo, isso a gente já conseguiu evitar logo nessa primeira largada e mostra qual é o benefício do cpf regular e do cruzamento das bases de dados”, apontou.
Por Correio Braziliense