12,7 milhões de brasileiros estão desempregados, segundo o IBGE
A taxa de desemprego avançou de 11,6% para 12,9% no Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus. Com isso, o número de desempregados chegou a 12,7 milhões no país no trimestre encerrado em maio.
O impacto da crise econômica causada pela covid-19 no mercado de trabalho foi divulgado,, nesta terça-feira (30/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A Pnad avaliou exatamente os três meses mais intensos da pandemia no país: março, abril e maio. E revelou que 368 mil pessoas ficaram desempregadas no Brasil nesse período. É um aumento de 3% na quantidade de pessoas que estão na fila do desemprego no Brasil, em relação ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro.
De acordo com o IBGE, apenas o segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais conseguiu evitar o avanço do desemprego nesse período, com uma alta de 4,6% no emprego. Todas as outras atividades, contudo, reduziram seu número de empregados. O destaque foi do trabalho doméstico, que desabou 18,9%, com 1,2 milhão de trabalhadores a menos.
A redução do volume de empregados também foi grande em alojamento e alimentação (-22,1%), outros serviços (-13,3%), construção (-16,4%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-11,1%), indústria (-10,1%) e transporte, armazenagem e correio (-8,4%). Agricultura (-4,5%) e comunicação (-3,2%) também apresentaram recuos no nível de habitação.
Com isso, o IBGE observou quedas no número de empregados com carteira de trabalho (-2,5 milhões de pessoas), mas também no volume de empregados sem carteira assinada (-2,4 milhões), de trabalhadores por conta própria (-2,1 milhões) e até de trabalhadores informais (-5,8 milhões). Afinal, esses trabalhadores também ficaram sem condições de manter suas atividades diante das medidas de isolamento social impostas pela covid-19. E isso reduziu em 5% a massa de rendimento real habitual do país (R$ 206,6 bilhões de reais).
Por: Correio Braziliense