Suspeito de matar indígena em Jacareacanga morre ao reagir abordagem da polícia
André Augusto Vinhote Brabo foi morto em uma ação do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na madrugada desta sexta-feira (04) em Jacareacanga, no sudoeste paraense. De acordo com as investigações, ele tinha envolvimento na morte do indígena Arlesson Glória Panhum da Silva, de 21 anos, morto a tiros na última segunda-feira (31). Segundo a polícia, ele reagiu a uma abordagem para prendê-lo e por isso, foi baleado.
De acordo com o BPM, vinculado à Companhia de Policiamento Regional 10 (CPR X), a operação que terminou na morte do suspeito contou com uma viatura do policiamento ordinário, três do Grupamento Tático Operacional (GTO) e três motos da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), além de policiais civis. Por volta das 1h, após várias rondas das equipes de polícia, foi avistado um suspeito na avenida Presidente Médici, bairro Bela Vista.
A polícia conta que o André, também chamado de “Lacoste”, era membro de uma facção criminosa e principal suspeito de ser o responsável pela execução do cidadão indígena, além de já ter tentado contra a vida de outras pessoas em Jacareacanga.
Os PMs alegam que na tentativa de abordar André, ele correu para uma casa aparentemente abandonada e sacou um revólver calibre 38, e apontou em direção aos PMs. Os policiais alegam que não tiveram alternativa senão revidar, ferindo André com disparos. Em seguida, o homem foi levado para o Hospital Municipal de Tailândia, onde já chegou sem vida.
Morte do jovem
Segundo testemunhas, o crime que tirou a vida o munduruku Alersson ocorreu por volta das 21h40, em um bar próximo a uma praça do município. Um homem teria chegado bem perto do indígena e realizou vários disparos de arma de fogo em sua direção. Ele foi socorrido, mas não resistiu e morreu no mesmo dia. No mesmo dia, a Polícia Militar foi acionada e identificou o autor dos disparos como sendo André Augusto.
“Lacoste” era conhecido na região por ser um homem violento, e segundo testemunhas, estava tentando fortalecer um ramo de facção criminosa em Jacareacanga. Uma busca no site do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) mostrou que ele respondia a processos por crime como roubo majorado e várias ameaças.
Fonte: O Liberal