Estado reabre Laboratório de Biologia Molecular em Santarém para diagnosticar e pesquisar a Covid-19
Durante agenda oficial em Santarém, para vistoriar as ações do Estado no combate ao novo coronavírus (Covid-19), o governador Helder Barbalho anunciou, nesta terça-feira (26), que o Governo do Pará irá reabrir o Laboratório de Biologia Molecular (Labimol). O espaço será utilizado no desenvolvimento de pesquisas avançadas e realização de 3 mil exames por mês para diagnosticar a Covid-19.
A reativação do laboratório é uma parceria do Estado com a Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa), com previsão para entrar em funcionamento na próxima segunda-feira (1º). O Labimol será uma unidade de retaguarda, ou seja, sem atendimento ao público. O material analisado será enviado pelas unidades de saúde dos municípios da Região Oeste do Estado.
No espaço científico também serão desenvolvidas pesquisas para identificar a transmissão e propagação do novo coronavírus em alta escala. O Labimol é o único laboratório da Região Norte do país localizado fora de uma capital. Em 2020, funcionando provisoriamente, a estrutura realizou 8 mil testes.
“Iniciamos essa parceria no ano passado, garantindo a descentralização das pesquisas e exames. Estamos retomando esta iniciativa com investimento de R$ 1 milhão com o laboratório no campus da Ufopa. Essa medida vai dar amplitude para que o laboratório seja uma ferramenta dos alunos e professores na realização de estudos e pesquisas. Esperamos que cientistas e pesquisadores também possam utilizar o espaço para não gerar apenas diagnóstico, mas também que possam pesquisar essa nova cepa advinda do Amazonas, que precisa ser investigada para identificar as ações necessárias em saúde”, ressaltou Helder Barbalho.
O diretor de Vigilância em Saúde da Sespa, Denilson Feitosa, explica que a reabertura do laboratório é uma estratégia do Estado para agilizar os resultados de exames realizados na região. De acordo com o diretor, com base no índice de infecção, o governo do Estado vai avaliar o cenário da epidemia e desenvolver as ações necessárias de enfrentamento ao coronavírus.
“Além de proporcionar aos pacientes o diagnóstico, com estas informações conseguimos planejar ações de vigilância sanitária. Neste primeiro momento, vamos trabalhar com uma média de 100 exames por dia, mas com previsão de aumentar a capacidade para 300. Importante destacar que as pessoas devem ir às urgências municipais, os serviços de saúde disponíveis em sua cidade, para lá os exames serem coletados a critério médico e enviado ao laboratório”, detalhou.
Labimol será um legado para Região Oeste
O secretário Regional de Governo do Oeste do Pará, Henderson Pinto, afirma que está não será a primeira vez que o Laboratório de Biologia Molecular será utilizado pelo Estado no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Ele destacou, ainda, que o Governo do Pará definiu que o Labimol será utilizado como uma ferramenta estratégica na região, mesmo após a pandemia.
“O Labimol surgiu a partir do enfrentamento à pandemia da Covid-19 ainda no ano passado. Agora, em uma nova parceria com a Ufopa, vamos continuar fazendo os exames de PCR para identificação da Covid nas amostras que forem encaminhadas. Com isto, vamos melhorar o tempo de resposta e, ao invés de aguardar por até 15 dias para termos o resultado dos exames, teremos esse tempo reduzido para até 73 horas. A ideia é que, a partir desta parceria, o laboratório continue de forma definitiva atendendo toda Região Oeste do Pará”, afirmou Henderson.
Diagnósticos e pesquisas para identificar o vírus da Covid-19 em rio e esgoto
O coordenador do Labimol e professor da Ufopa, Marcos Prado, destacou a importância estratégica entre Governo e Universidade para o avanço de pesquisa e estudos científicos que permitam identificar a presença do novo coronavírus em diferentes tipos de superfícies, rede de esgoto da cidade e em comunidades ribeirinhas de toda Região Oeste do Estado.
“Essa parceria é muito importante porque poderemos fazer os diagnósticos, mas também vamos utilizar o Labimol para atividades de ensino, pesquisa e extensão. Temos projetos que buscam o novo coronavírus em superfícies de diversos lugares, como também em esgoto doméstico e nas áreas ribeirinhas. A ciência é o único caminho para se ter a verdade dos fatos para uma melhor compreensão da doença e seus impactos. É a ciência que traz as respostas”, frisou.
“Com essa parceria com o Governo do Estado, vamos triplicar nossa capacidade e velocidade de atendimento aos municípios da Região Oeste do Pará, além do diagnóstico e pesquisas, também estamos procurando outras frentes de trabalho para auxiliar na vacinação”, informou o reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará, Hugo Diniz.
Fonte: Agência Pará