Artigo – Os preços globais dos alimentos disparam, assim como a miséria no Brasil
Artigo: Por Oswaldo Bezerra
Além da queda o coice, o Brasil iniciará o ano de 2021 com o maior número de miseráveis de sua história. A população empobrecida do Brasil terá de enfrentar um problema a mais. É a inflação nos preços dos alimentos. Este fenômeno não é apenas regional, mas sim global.
Os preços dos alimentos subiram em todo o mundo em janeiro, pelo oitavo mês consecutivo, liderados por cereais, óleos vegetais e açúcar, segundo relatório da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas.
A FAO comunica que seu índice de preços de alimentos registrou um aumento de 4,3% em relação a dezembro, atingindo seu nível mais alto desde julho de 2014. O índice acompanha as variações mensais nos preços internacionais de commodities alimentícias comumente comercializadas.
O índice de preços dos cereais mostrou um forte aumento mensal de 7,1%, liderado por um aumento global no preço do milho.
Os preços do milho dispararam 11,2% e agora estão 42,3% acima do nível de janeiro de 2020, refletindo a oferta global cada vez mais restrita em meio a compras substanciais pela China e estimativas de produção e estoque abaixo do esperado nos Estados Unidos da América, bem como uma suspensão temporária de registros de exportação de milho na Argentina.
O relatório também disse que o trigo subiu 6,8%, impulsionado pela forte demanda global e expectativas de vendas reduzidas pela Rússia quando sua tarifa de exportação de trigo dobrar em março de 2021. A forte demanda por arroz dos compradores asiáticos e africanos sustentou o forte crescimento dos preços dessa safra.
O óleo vegetal de janeiro foi vendido por 5,8 por cento a mais do que em dezembro, atingindo seu preço mais alto desde maio de 2012. A produção de óleo de palma menor do que o esperado na Indonésia e na Malásia devido às chuvas excessivas e à escassez contínua da força de trabalho migrante e greves prolongadas na Argentina, reduziu a disponibilidade de exportação de óleo de soja.
O índice de preço do açúcar foi 8,1% maior do que em dezembro, uma vez que a robusta demanda global de importação gerou preocupações sobre disponibilidades mais baixas devido à piora nas perspectivas de safra na União Europeia, Rússia e Tailândia, bem como condições climáticas mais secas do que o normal na América do Sul.
A FAO disse que o índice de preços de lácteos também saltou 1,6 por cento, sustentado pelas altas compras da China antes das festividades do feriado de Ano Novo do país em meio a ofertas exportáveis sazonalmente mais baixas na Nova Zelândia.
O aumento de 1% do índice de preços da carne em relação a dezembro foi liderado por fortes importações globais de carne de frango, especialmente do Brasil, em meio a surtos de gripe aviária que restringiram a produção e as exportações de vários países europeus, disse o relatório.
Pobre de nós, o país atingiu nível recorde de pessoas vivendo em condições de miséria com 40 milhões de brasileiros. É quase a população da Argentina. Vai ser o ano mais difícil da nossa história como nação para grande parte dos brasileiros, até mesmo para conseguir se alimentar.
RG 15 / O Impacto