Artigo – [EXCLUSIVO] Historiador penetra e mostra funcionamento das redes de disseminação de notícias falsas e doutrinação
Por Oswaldo Bezerra
Foi denunciado na última quinta-feira que existem evidências de que os Estados Unidos, muito provavelmente, fizeram experiências com humanos ao desenvolver armamento biológico em um laboratório que administram no território da Geórgia. Os EUA já foram acusados de possuir 800 laboratórios em 26 países desenvolvendo estas armas. Este é mais um exemplo da chamada “Guerra Híbrida” ou a Terceira Guerra Mundial que já está em curso.
O Brasil também é vítima desta guerra. Algumas pessoas acham que os surtos de chikungunya e a febre zica foi um exemplo de como podemos estar sendo afetados. O corona vírus, apesar de ser sido descartado pela OMS como vírus não criado em laboratório, tem muitas acusações de ser arma biológica.
As Guerras Híbridas ocorrem de várias formas. Uma delas está em alta e sendo investigada no Brasil. Trata-se da lavagem cerebral por redes sociais. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou indícios de que um grupo de empresários operando no estrangeiro “atua de maneira velada financiando recursos para a disseminação de golpe de Estado”.
Estas redes sociais divulgam ideais de extrema-direita. O historiador Eduardo Lima do canal do Youtube “Anti-imperialismo” entrou em um destes grupos de forma anônima para ver como funcionam. Ele teve a ajuda de um caminhoneiro para poder entrar. No caso ele entrou em um sistema de rádio via celular chamada “Zello” utilizada neste caso para agrupar caminhoneiros.
Para poder penetrar no grupo, o historiador teve que passar por várias verificações. O intuito dos administradores dos grupos era saber se o novato era mesmo um caminhoneiro ou se tratava de um agente de Polícia Federal disfarçado.
A rede social chamada Zello é apenas uma das redes sociais utilizadas por disseminadores de notícias falsas. Eles usam as mesmas artimanhas que eram utilizadas pela criminosa organização Cambridge Analytica. Os grupos são criados para atender diversas categorias de forma específica.
Os administradores, que são remunerados, são treinados para saber como se comunicar com cada tipo de grupo. Por exemplo, existem os grupos dos médicos, os dos policiais, grupo dos bombeiros e assim vai.
As estratégias podem mudar de acordo com a situação. Por exemplo, quando o grupo dos caminhoneiros começou a rachar, por causa da queda da popularidade de Bolsonaro, devido aos constantes aumentos dos combustíveis, a estratégia mudou. Os comunicados passaram a demonstrar que o grupo era apartidário, como se dizia no passado o MBL. No entanto, as mensagens apóiam todo o plano governista e vai além.
As mensagens vão dando ênfase de acordo com os desafios que o governo enfrenta. Ultimamente toda a carga de mensagem é para criação de um Golpe de Estado, com apoio de militares. Também estão agora propagandeando uma derrubada do STF.
Eles sempre relacionam teorias da conspiração com o salvamento do Brasil. No entanto, eles se utilizam de maneira sofisticada para embasar mentiras, pois usam fatos reais, distorcidamente é claro, para justificar uma notícia falsa.
O grupo também satura de notícias que estamos vivendo um regime comunista. E que só uma ditadura militar nos livrará do comunismo, que de fato nem existe. Por outro lado, afirma que sem a privatização de tudo o Brasil não se salva.
Nas gravações do grupo se pode observar que os administradores usam uma linguagem diferenciada dos caminhoneiros. Os grupos também funcionam 24 horas por dia. Não sai barato manter estes administradores, a pergunta é: de onde vem o dinheiro?
Caso haja uma investigação tudo iria recair sobre pessoas comuns aqui no Brasil. Contudo, há suspeitas de que integrariam esse complexo esquema de disseminação de notícias falsas, empresários do exterior, principalmente dos EUA.
Os caminhoneiros são uma importante categoria para o Brasil. Principalmente por sermos um país paupérrimo em ferrovias. É uma covardia manter esta categoria alienada através de doutrinação de falsas notícias. Pior ainda é saber que o financiamento para estas ações venham do exterior.
RG15/ O Impacto