Artigo – Nem bem a CPI começou e as provas já gritam crimes

Por Oswaldo Bezerra

A CPI foi adiada forçosamente pelo planalto e seus aliados para a próxima terça-feira. Mesmo tendo seu início adiado, o senador Renan Calheiros já recebeu provas de crimes do governo Bolsonaro.

E um relatório bombástico é mostrado que a Fiocruz recebeu ordens de Bolsonaro para produzir cloroquina. Bolsonaro teria liberado R$437 milhões de reais para esta finalidade.

Veja bem que esta é só uma das ações catastróficas do governo na gestão da pandemia. Foram dois ofícios do governo, uma em junho e outro em outubro de 2020.

Esta CPI tem uma estrutura diferente de apuração. Geralmente a Comissão Parlamentar de Inquérito fica refém de receber dados que envolvem quebra de sigilo bancário ou fiscal.

Esta CPI não. Há várias provas registradas em vídeo. Outros estão em documentos internos de órgãos governamentais. Uma menor parte pode estar em investigações sigilosas do ministério público ou da Polícia Federal. Muitas provas são físicas.

Por isso, muitos grupos bolsonaristas estão mudando de estratégias e querendo mudança estrutural da CPI. O atraso de 5 dias que o Rodrigo Pacheco arranjou para o Bolsonaro não foi a toa.

O atraso foi justamente para tentar tirar o Renan Calheiros da relatoria. O relatório final é a parte mais importante da CPI. Será situação de caos o que sofrerá o governo com os depoimentos dos investigados.

Contudo, a preocupação maior é mais lá na frente. A preocupação é tentar fugir da cadeia. Por isso, o que importa é o relatório. Para desespero de Bolsonaro parece já estar consolidado que Calheiros será o relator.

Renan Calheiros é um dos poucos políticos que restaram no meio de um monte de youtubers e pastores que se apossaram do poder legislativo. Renan nem precisa pedir, os relatórios já estão chegando para ele.

Nos Ofícios da cloroquina o governo pede a produção, propaganda e distribuição da cloroquina no plano nacional do governo de combate a Covid-19. Dinheiro jogado fora. Trata-se de um documento oficial do governo cometendo um crime contra a saúde pública.

Claro que já existiam vídeos, e até fotos de Bolsonaro dando cloroquina para a ema. O que a CPI não tinha eram documentos oficiais. E olha que a CPI nem começou.

Em outras áreas, Bolsonaro gastou 90 milhões de reais em cloroquina. Por isso serão chamados representantes do exército. Já começaram a aparecer vídeos de Bolsonaro negando que tenha feito alguma alusão a cloroquina.

Completando esta negação, já começou uma pressão do governo para que esta CPI não possa investigar a cloroquina. O governo afirma que isso não é coisa de governo e sim de médicos.

Em outro foco da CPI e interrogar ministros. Há uma grande chance de Pazzuelo ser preso. EM CPI não se pode mentir. O grande temor é que o relatório mostre crimes do presidente, principalmente com a verba pública. Caso esteja no laboratório, saindo da presidência Bolsonaro seria preso.

No Amazonas foi trocado o chefe da Polícia Federal para salvar o Ricardo Sales. Em uma CPI não se pode trocar os participantes.

RG 15 / O Impacto

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