Artigo – CPI descobre que há um Ministro da Saúde de fato
Por Oswaldo Bezerra
Quase todos os ex-ministros da saúde do atual governo, de muitas coisas, têm uma certeza. Há um ministro da saúde de fato que comanda um ministério paralelo. É ele quem realmente manda na saúde.
Além dos ex-ministros, um dos membros deste ministério da saúde paralelo confirmou sua existência e que participava deste ministério. Foi sem querer, que Wajngarten se entregou na CPI como membro do ministério paralelo.
Foi este ministério da saúde paralelo que aconselhou Bolsonaro a mudar bula da cloroquina para tratar Covid. Só não foi levada a cabo a ideia do ministro paralelo, pois um especialista alertou que isto é crime.
Foi inclusive este Gabinete paralelo que negociou com a Pfizer junto a atuação da Anvisa. Foi este poder paralelo da saúde que negou 70 milhões de doses que seriam entregues em dezembro do ano passado.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, avaliou positivamente o depoimento do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, no Senado. Segundo ele, a participação de Torres “rebaixou ainda mais o depoimento do Queiroga (atual ministro da Saúde)” confirmando a tal da “consultoria paralela” do presidente para tratar questões referentes ao combate à saúde no Brasil.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) protocolou pedido de convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) para prestar depoimento ao Senado, após o gerente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmar que o vereador é quem é seria o Ministro da Saúde de fato no Brasil.
Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina, afirmou em seu depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira, 13, que o governo Jair Bolsonaro recusou seis propostas formais para a compra de vacinas contra a Covid-19 feitas pela farmacêutica, e não três como havia sido divulgado pela mídia.
Com isso, subiu de 11 para 14 o número de vezes que o governo ignorou a possibilidade de adquirir imunizantes contra a doença, sendo seis da Pfizer, seis do Instituto Butantan e duas da Covax Facility. O ministério da saúde paralelo também vetou a aceitação da Sputnick V.
Foi informado que o governo de Jair Bolsonaro rejeitou três ofertas de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech. Tudo teria sido decidido pelo ministério paralelo da saúde. Pela convocação da CPI da Covid, este ministro da saúde de fato parece ser o Carlos Bolsonaro.
RG 15 / O Impacto
Na verdade os membros da CPI já sabiam e sabem quem é quem nesse festival de insanidades com relação ao combate (ou falta dele) na pandemia, mas agora eles querem que seja tudo formalizado diante da CPI, e para que a população fique sabendo de forma oficial o perfil do governo atual, “Patriota, Cristão, de família, terrivelmente evangélico e honesto” .