Covid-19: Intervalo de 90 dias deve ser respeitado para a garantia de eficácia da vacina
Por Thays Cunha
A chegada da vacina contra a covid-19 acendeu na população a esperança de que em breve todos poderiam voltar à vida “normal”. Porém, o processo de imunização está apenas começando, pois ainda não é possível a realização de uma vacinação em massa. Desse modo, todos os cuidados devem ser aplicados para a manutenção das doses e seus efeitos naqueles que foram incluídos nos primeiros grupos a receber os imunizantes.
No Brasil estão sendo aplicadas diferentes vacinas de divergentes laboratórios com a intenção de acelerar o processo. A vacina Coronavac, aplicada em duas doses, deve esperar um intervalo de 14 a 28 dias para que venha a fazer efeito no corpo humano. Já a vacina Oxford-AstraZeneca exige o prazo de cerca de 12 semanas entre as doses para que possa ativar o sistema imunológico do imunizado.
Isso significa que é necessário seguir à risca os critérios determinados pelos laboratórios para que se alcance uma resposta imune adequada. Sobre a Coronavac são necessárias pelo menos duas semanas para que isso ocorra, desse modo algumas pessoas podem contrair a covid-19 mesmo após já terem recebido a primeira dose. Já em relação à AstraZeneca, estudos apontam que a eficácia da primeira dose é de 70%, porém se dá nos primeiros três meses após a aplicação, desse modo é importante não só receber as duas doses completas, mas, principalmente, respeitar os períodos recomendados de intervalo entre uma dose e outra.
Caso a pessoa antecipe o período de intervalo e tome a vacina antes do tempo indicado, o efeito imunizante poderá não acontecer, pois não houve tempo necessário para a formação total de anticorpos. Porém essa não é uma preocupação, pois todo o processo é agendado, indicando o dia específico para a segunda aplicação. A não ser que a pessoa tome por engano uma segunda dose, a Saúde está fazendo o possível para seguir os intervalos estipulados pelos fabricantes para que a eficácia esperada esteja garantida. Porém, caso isso aconteça, deve-se desconsiderar a dose e esperar o intervalo correto para uma nova aplicação.
A maior preocupação, entanto, é em relação ao atraso entre a primeira e a segunda aplicação do imunizante contra a covid-19. Por conta da dificuldade na obtenção e produção de vacinas isso pode ocorrer, no entanto quem estiver “atrasado” não deve recomeçar o esquema, ou seja, começar de novo a vacinação. O certo a fazer é ir ao posto de saúde para a aplicação o mais rapidamente possível dessa segunda dose, pois com a primeira a imunidade já foi parcialmente adquirida e não será perdida. Outro fator a ser obedecido também é o fato de que a pessoa só deve tomar a vacina de um mesmo fabricante, não podendo haver diferenciação entre a segunda dose e a primeira.
RG 15 / O Impacto