Artigo – A inflação está descontrolada e vai ficar pior do que você imagina

A inflação está nas manchetes em todo o país. Os grandes jornais estão mostrando em suas manchetes que tivemos a maior inflação no mês de maio desde 1996. A grande mídia não está sendo totalmente honesta sobre a verdadeira gravidade da crise.

Estamos sendo informados de que a taxa oficial de inflação ainda está em um dígito, mas o que não nos é dito é que a forma como a inflação é calculada mudou drasticamente ao longo dos anos. Em 2019 foi mudada mais uma vez com o intuito de se mostrar uma falsa baixa inflação.

A taxa de inflação afeta diretamente muitas outras coisas em nosso sistema, e o governo gostaria de manter esse número o mais baixo possível. Então, eles mexeram e mexeram com a fórmula até que eles conseguiram exatamente onde queriam.

Mesmo com a fórmula altamente modificada que eles estão usando agora, a taxa de inflação ainda aumentou no ritmo mais rápido em quase 26 anos no mês passado. O índice de preços ao consumidor, que representa uma cesta que inclui alimentos, energia, mantimentos, custos de habitação e vendas em uma gama de bens, serviços de transporte por aplicativo aumentou 8% na soma anual. em relação ao ano anterior. Economistas calcularam um ganho na Ibovespa de apenas 2,98%.

A leitura representou o maior ganho de IPC desde o aumento de 5,67% em 2008, durante a pior crise financeira deste século que levou o mundo que trouxe a pior recessão desde a Grande Depressão.
Todos nós nos lembramos do que aconteceu nos meses seguintes a agosto de 2008. No Brasil acabou sendo apenas uma “marolina” devido ao nosso crescimento econômico vigoroso.

É claro que a verdade é que os preços ao consumidor não estão apenas subindo a uma taxa de 5% ao ano no Brasil. Um grande erro do IPCA é não refletir os hábitos reais dos consumidores brasileiros para “proteger o sistema financeiro” e “esconder a realidade financeira” das famílias. Caso a taxa fosse calculada da maneira que era em 1980, estaria atualmente em cerca de 15%. Mas 5% de inflação com certeza soa muito melhor para o governo e para o sistema financeiro do que 13%, não é?

Uma coisa que estou observando de perto é a inflação de alimentos. Itens essenciais para a população nacional, como óleo de soja (+18,63%), arroz (+19,25%), leite (+23%), feijão-preto (+28,92) e cebola (+50,4%) apresentam altas muito superiores às registradas pelo IPCA.

Você deve ter notado um salto significativo nos preços no supermercado. Mais e mais compradores de supermercado estão sofrendo choques todos os dias. É importante observar também o cenário dos combustíveis, da energia elétrica além dos alimentos, tivemos um aumento de 80% ou 100% nos preços somente nos últimos cinco anos.

Se os preços estivessem aumentando a uma taxa anual de apenas 5%, isso não seria um grande problema. Infelizmente, a realidade é muito pior do que isso, e isso é especialmente verdadeiro para os preços da carne.

De acordo com um proprietário de delicatessen, a verdadeira taxa de inflação para os preços da carne está “provavelmente mais perto” de 20 ou 30 por cento. João Cohen, proprietário de delicatessen e atacadista de carne em Fortaleza, disse que esses fatores estão tornando o preço da carne fora de controle. As taxas de inflação oficial são muito menores que a realidade, disse João Cohen.

Noto estes aumentos principalmente nos últimos 4 anos. Antes de janeiro, a minha conta de supermercado semanal era de 200 reais, já era alta. Hoje, não sai por menos de 350 reais, ou mais.
Ainda me lembro de quando podia comprar um carrinho de compras cheio por 100 reais. Agora, se eu posso conseguir um carrinho cheio de comida por menos de 400 reais, considero isso uma conquista digna de propaganda. É difícil fazer cada real se esticar ao longo do mês.

Como os preços globais das commodities explodiram nos últimos meses, as empresas foram forçadas a repassar esses aumentos aos consumidores, mas estão tentando usar uma linguagem que não causará alarme generalizado.

As empresas não estão aumentando seus preços por ganância, estão repassando os custos crescentes. Um varejista de reformas residenciais em Fortaleza, Marcelo Faro, disse que estava “elevando seu ecossistema de preços”. Outras empresas estão falando em “gerenciamento estratégico de receita” e “gerenciamento holístico de margem”, que não é uma linguagem que você não conhecia. A empresa usa esses termos com tanta frequência que estão se transformando em siglas.
Por que eles não podem simplesmente dizer que estão “aumentando os preços”? É difícil acreditar que os preços dos laticínios estão tão altos agora, mas sei que no futuro eles ficarão muito mais altos.

As pessoas estão perdendo muito poder de compra. Estão comprando menos. Então de onde vem a pressão inflacionária? A pressão inflacionária está nas ações do governo federal como o fim do “estoque regulatório”, a “esculhambação no gerenciamento de preços de combustíveis”, além de uma política irresponsável de “desvalorização do Real”. As privatizações das empresas de energia serão um fator a mais nesta pressão inflacionária.

As ações do governo federal são uma loucura completa e absoluta. Nossos políticos em Brasília não parecem se importar com nada mais além do orçamento paralelo. Eles continuarão a receber montanhas de dinheiro como verba parlamentar e despejar enormes quantidades de dinheiro no sistema financeiro.
Claro que mais inflação está a caminho e o padrão de vida da maioria dos brasileiros continuará caindo.

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RG 15 / O Impacto