Artigo – Civis poderão ser processados se falarem mal de instituições militares: a blitz partidária política – militar ganha força

Por Oswaldo Bezerra

O governo federal defendeu que civis sejam julgados pela Justiça Militar quando se referirem a instituições militares e às Forças Armadas sem falar bem. A informação consta em um parecer protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal) e assinado pelo advogado-geral da União substituto, Fabrício da Soller.

Isso não se configura apenas como um atentado contra a imprensa. Pode também funcionar como um incentivador a apenas falar bem do governo e do partido político (o militar) que conseguiu dar emprego a mais de 11 mil pessoas do seu quadro. É a consagração da política nacional da boquinha para militares.

Entre militares da ativa e da reserva, já são mais de 11 mil no governo Bolsonaro. Isto levou os integrantes do TCU a questionarem se não fazem falta nas Forças Armadas. Pelo jeito não. Então para que existem? Aponte uma empresa desfalcada de mais de 11 mil de funcionários que pode ainda funcionar.

Pelo que parece, em pouco tempo não será possível mais nem comentar sobre isso. O parecer da AGU ocorre em meio à ação promovida no STF pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que denuncia o silenciamento de jornalistas por meio de ameaças, hostilização instauração de procedimentos de responsabilização criminal, censura via decisões judiciais, indenizações desproporcionais determinadas pela Justiça e ajuizamento de múltiplas ações de reparação de danos contra um mesmo jornalista ou um mesmo veículo de imprensa.

A política da “boquinha para militar” e do “tratorão para os parlamentares” está dando um poder inimaginável para a família do Palácio do Planalto. O governo abriu agora uma nova maquinação para fazer do Brasil um grande feudo.

No livro “A Máquina do ódio”, de Patrícia Campos Mello, é apresentada a maneira de como as redes sociais são manipuladas por criminosos políticos na disseminação de desinformação e fake news. Além disso, estes criminosos promovem ataques cibernéticos e campanhas de difamação. Este movimento está sendo transportado aos poucos para a imprensa tradicional, através de pagamento a jornalistas.

Sikeira Jr., um apresentador de Manaus, se justificou pelos 120 mil reais que recebeu de cachê do Ministério da Saúde para falar bem do governo e criticar a oposição. Ele disse que não trabalha de graça e afirmou que vende de tudo. Vende automóveis, planos de saúde, motos e fazer propaganda para o governo não ficaria de graça.

Vender motos, casas, planos de saúde, é perfeitamente normal receber dinheiro por este trabalho, mas da iniciativa privada. Receber dinheiro público para promover desinformação é, no mínimo, o fim da picada para a ética do jornalismo.

O maior grupo de comunicação da Amazônia está dando uma aparência que decidiu fazer parte deste grupo profissional de propaganda do governo. Assim acha o maior jornalista do Pará, Lúcio Flávio Pinto, do Jornal Pessoal.

“As aparências indicam que “O Liberal” decidiu que apoiará Bolsonaro”, escreveu o jornalista. O jornal fez uma abordagem muito festiva, ampliada como de súditos. Consagrou um tratamento que já vinha se inclinando. O jornal embarcou na campanha antecipada pela reeleição.

E assim o regime de extrema-direita vai tentando, para o mal e para o bem, se perpetuar no Brasil.

**Novo Livro de Oswaldo Bezerra intitulado “O Governador” está agora disponível em “livro físico”e para “Kindle”na Amazon.***

RG15/ O Impacto

 

2 comentários em “Artigo – Civis poderão ser processados se falarem mal de instituições militares: a blitz partidária política – militar ganha força

  • 22 de junho de 2021 em 07:49
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    Os “limpezas” não querem que sejam revelados os podres que cometem. Decidiram que os podres do Pezadello sejam “guardados” por cem anos.

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  • 21 de junho de 2021 em 23:25
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    Comunista falando mal de militares, kkkkkkkkkk….o que eles mais têm nos governos marxistas, né Maduro ! Aí pooooode…

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