Familiares questionam atendimento de idosa com pé necrosado e fazem manifesto em frente ao Hospital de Santarém

Na manhã desta segunda-feira (23), familiares munidos de cartazes com “pedidos de socorro” se reuniram em frente ao Hospital Alberto Tolentino Sotelo para cobrar atendimento médico adequado à idosa Maria Alaíde Pires, de 68 anos.

Segundo a neta da mulher, Geisiane Pires, o direito de atendimento prioritário não foi garantido pela unidade hospitalar e o estado de saúde da avó a cada dia que passa se agrava.

“Demos entrada no hospital na sexta-feira, antes das 7h da manhã, e já estava com o pé necrosado. Falaram que iam atendê-la como prioridade, mas a colocaram na ala de observação feminina sendo tratada como caso moderado e não como caso grave. Se o dedo dela está necrosado corre o risco de passar para o pé todo, porque a parte superior já está entrando também na parte de necrose. Tem que fazer a raspagem, se não pode o  perder o pé”, disse a neta.

A idosa é diabética e tem pressão alta, e ao sofrer de tontura acabou caindo e sofrendo um hematoma na cabeça. Ela passou por tomografia, mas ainda não foi avaliado pelo cirurgião. “A tomografia está de enfeite por 3 dias e nós estamos precisando com urgência fazer essa cirurgia. Não fazem porque não tem medicamento, ou seja, a minha  avó vai falecer porque não tem medicamento, não tem material. Tem  cirurgião e não tem material pra fazer isso?”’, afirmou.

A família pede um posicionamento do hospital ainda hoje, pois estão tratando o estado de saúde da idosa como um caso moderado e os parentes afirmam que a idosa não anda, não fala, tudo que come vomita e também não reconhece nenhum familiar.

Em nota, a  direção do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo esclarece que a paciente Maria Alaíde Pires está recebendo os atendimentos devidos e não houve falta de insumos em nenhum processo do tratamento, que ainda está em andamento. É importante ressaltar que quando um paciente está internado precisava passar por várias etapas, entre elas, dias de medicação, exames de sangue e de imagem, que são pedidos de acordo com a necessidade do médico. Na maioria dos casos precisam de dias, pois alguns são refeitos conforme a evolução do paciente. E esse é o caso da idosa.

O informe destaca ainda que dois médicos foram conversar com a família que estava na frente do HMS e reforçaram a explicação sobre o quadro clínico. A mulher irá passar por um procedimento cirúrgico assim que o médico vascular autorizar, isso deve ocorrer hoje. A paciente também já foi reavaliada pelo neurocirurgião. Enfatizamos que todo acolhimento está sendo realizado.

Por Diene Moura

RG15/O Impacto – Colaborou Lorenna Morena

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