Comunitário tem pescoço e crânio atravessados por ferro

Aldinailson Pereira da Silva, 29 anos, morador da comunidade Perímetro, no município de Monte Alegre, viveu momentos de terror no dia 20 de setembro, quando sofreu um acidente com “bufete”, arma caseira com ferro semelhante a uma espingarda. O ferro atravessou a região entre o pescoço e o crânio do jovem, que foi atendido no Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) por meio da Transferência Fora de Domicílio (TFD), e na madrugada de terça-feira (21/09) passou por exitoso procedimento cirúrgico. Após o susto, Adinailson afirmou: “Eu sou um milagre.”

“Eu estava mexendo no bufete para caçar a noite, mas ele disparou e eu pensei até que tinham atirado em mim. O meu irmão e meu cunhado falaram que era o ferro da arma caseira. Todos ficaram desesperados, minha família estava perto. Quando eu toquei no ferro tive certeza que ia morrer, era só no que eu pensava”, contou Aldinailson, que é casado e tem 5 filhos.

O jovem afirma que também teve medo da forma como a notícia chegaria até a sua esposa, pois ela está grávida de gêmeos e é de risco. “Depois de algumas horas eu decidi que era melhor ligar, eu estava tentando manter a tranquilidade. Minha mãe também viu e todos começaram uma oração pela minha vida”.

Adinailson chegou ao HMS por volta de 2h da manhã de terça-feira (21), e de imediato foi avaliado pelo médico plantonista que pediu uma radiografia do crânio. Em seguida, o cirurgião geral Dr. Vinicius Savino avaliou e solicitou uma tomografia computadorizada com reconstrução 3D. O cirurgião vascular, Dr. Edvaldo Azevedo, também examinou o paciente e pediu uma ultrassonografia de partes moles. “Ele é um milagre, foi questão de menos de 1cm a distância da carótida interna, que é uma grande artéria que irriga o cérebro, se houvesse lesão nessa arterial ele morreria e não teria nem chance”, afirmou o cirurgião geral.

O Dr. Vinicius explica que o ferro transfixou a região inframandibular, fixando-se atrás do pavilhão auricular direito e fez um edema local. Os especialistas avaliaram que não havia comprometimento dos grandes vasos, entre elas, a artéria jugular, artéria carótida interna, externa, veia jugular interna e externa e por esse motivo, a cirurgia foi um sucesso.

“Eu tenho certeza que sou um milagre. Se não fosse Deus e a equipe de médicos e enfermeiros do Hospital Municipal de Santarém eu poderia ter morrido ou sofrido alguma sequela. Eu tive toda a assistência de vários setores, imagem, laboratório, vários médicos e todos muito empenhados em salvar a minha vida”, finalizou o paciente, que recebeu alta na manhã do dia (22), após ficar dois dias em observação no pós-operatório. (Com informações do HSM)

O Impacto

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