“Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos” marca o retorno das apresentações teatrais em Santarém
O grupo de teatro Olho D’água estará em cartaz nos dias 8 e 9 de outubro, às 20h, na Casa de Cultura.
A peça marca a volta do teatro aos palcos de Santarém, no estilo monólogo, depois de quase dois anos de interrupção devido à pandemia. O espetáculo “Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos” receberá o público em duas sessões, com vagas limitadas, nos dias 8 e 9 de outubro, às 20h, na Casa da Cultura. A cênica é da atriz Elizangila Dezincourt que é acompanhada por uma trilha sonora exclusiva executada por Enzo Gabriel – a direção é assinada pelo especialista na área Elder Aguiar.
Para realizar as montagens, a equipe está passando por uma preparação, tendo aula de expressão corporal, aprimoramento de voz, além dos ensaios. A encenação acontece respeitando todas as medidas de segurança: uso de máscaras, distanciamento e uso do álcool em gel. Só poderão entrar 170 pessoas por sessão, em um espaço que cabe um total de 340 pessoas. Os ingressos no valor de R$20 reais inteira e R$10 reais meia. A reserva pode ser feita pelo número 93-99139-4071 e ainda pelas redes sociais @grupoolhodagua_.
Dramaturgia – a encenação envolve mistério e conta histórias do imaginário amazônico, a trama leva o público a uma teia, uma barafunda de tramóias percorrendo as aventuras tapajônicas. A atriz Elizangila realiza o monólogo de forma brilhante em uma narração radical da oralidade, onde apresenta os personagens com recursos gestuais, mímicos e de linguagem, a contadora estabelece um pacto de cumplicidade com a plateia. O ator Enzo realiza algumas intervenções cênicas durante o espetáculo sempre com a perspectiva musical.
Os mistérios contados foram coletados nos municípios de Alenquer, Santarém, Juruti, Oriximiná e Óbidos, após um trabalho de pesquisa realizado em 2010 pela atriz. A peça recebeu em 2009 o prêmio Myriam Muniz de Teatro da Fundação Nacional de Artes e uma bolsa de pesquisa e experimentação artística do Instituto de Artes do Pará.
Segundo o diretor do grupo Olho D`água, Elder, esse é o primeiro trabalho autoral do grupo Olho D’água e já completou 11 anos com sucesso de público e todas as apresentações. “Acreditamos que o sucesso de mais de uma década se deve a performance cênica da atriz e as histórias da nossa região que ficam “impregnadas” na mente das pessoas passando de geração em geração”, afirma.
Grupo Olho D´agua – Com 20 anos de (r)existência, o grupo tem quatro espetáculos de acervo, duas oficinas de iniciação teatral e um curso livre de elaboração de projetos culturais nas linguagens de Teatro, Música e Dança (Lei SEMEAR e Rouanet), prestando assessoria na elaboração de Políticas Públicas para instituições culturais diversas e mentoria em diversas outras iniciativas dentro do metiê cultural.
Ao longo desses 20 anos, o grupo já foi contemplado com diversos prêmios nacionais, tais como Myriam Muniz de Teatro da FUNARTE (por três vezes), Bolsa de Pesquisa e Experimentação do IAP – Instituto de Artes do Pará, além de ser agraciado com diversos patrocínios incentivados para seus projetos culturais.
O Impacto