Ambulantes afirmam que proibição de balsas no Porto dos Milagres tirou fonte de renda
Por Diene Moura
Na última sexta-feira (15), após denúncias de supostas degradações na praia situada no porto dos Milagres, balsas e barcos que faziam transporte de cargas foram multados e proibidos de atracar no local. Em decorrência dessa proibição, trabalhadores autônomos que vendiam bebidas e comidas afirmam que perderam a sua única fonte de renda, pois o movimento caiu significativamente na área.
De acordo com o Vigia Aldo Cunha, houve uma denúncia infundada que fez com que ficasse inviável qualquer comercialização no local. ”Nós, vendedores de chopão, churrasco e lanches que estavam situados no Porto dos milagres, estamos revoltados com a situação de uma denúncia infundada contra o pontão onde ficavam as balsas e barcos. Por motivo dessa denúncia abandonaram o porto, o que fez com que nós, vendedores autônomos, perdêssemos nossa fonte de renda. Agora nós queremos que o porto volte para o seu local para que nós possamos ganhar nosso pão de cada dia”, disse.
Em entrevista a nossa reportagem, Aldo indaga sobre a existência de uma praia que, segundo ele, não existe, pois há só lama e mato. “Era uma praia onde servia para o lazer, mas agora quero que provem que isso aqui é praia. Só lama, se uma criança ou qualquer outro cidadão vim tomar banho aqui só vai ter a arraia, isto não tem possibilidade de ser uma praia. Nunca foi, moro há mais de 10 anos aqui, está nessa situação justamente porque existe bueiros, tudo que vem com chuva desce para essa área”, finalizou o vigilante
O Presidente da Associação das Embarcações dos Amigos empresários de Santarém, Barroso, em tom de indignação relatou sobre as dificuldades que estão vivenciando após a intervenção da Semma juntamente com um vereador.
“Tem empresário que está com sua carga detida praticamente, porque não tem um porto para tirar carga dos empresários, que são os lojistas de Santarém. A nossa reivindicação é que o Vereador JK tem que ver os dois lados da moeda, o lado que fez a denúncia e o lado como fala que as empresas são de Manaus. Ele não quis dar nem satisfação para o meu filho que o atendeu aqui. Porque não olhou os dois lado e chamou a associação? Nós não viemos para cá por acaso, nós tivemos duas reuniões com o Prefeito, com o Secretário e viemos da Coelho Neto. Hoje nós não temos 8 ou 10 milhões para comprar um porto para operarmos, precisamos de um apoio dos nossos governantes, dos nosso vereadores. Várias pessoas que estão aqui jogadas, podem ver a situação a qual estamos”, argumentou.
O Vereador JK entrou em contato com nossa redação e pediu direito de resposta esclarecendo alguns pontos destacados pelos trabalhadores. “Queria corrigir alguns pontos nos quais as pessoas que falaram foram levianas comigo, elas mentiram. Fui acionado pelos moradores do Uruará que denunciaram a situação do porto. Fui até lá e constatei realmente que aterraram a praia e por isso chamamos a Semma. Ao chegar lá me informaram que os responsáveis pela balsa não estavam, mas havia outra pessoa tomando conta lá dentro. A Semma me informou que já tinha conhecimento da situação do porto irregular e após verificação foi realizado todo o trabalho. Não fui grosseiro, quem me conhece sabe! Eles afirmam que tem autorização de uma autoridade e outra, não vi nenhum ambulante, apenas descarregamento. Fui eleito para fiscalizar e não pode aterrar a praia, estou cumprindo o que diz a lei”, concluiu o Vereador.
A reunião dos vendedores ambulantes na Câmara Municipal de Vereadores que estava marcada na quarta-feira (20), para tratar sobre o assunto e buscar soluções, foi adiada. A Semma notificou os proprietários das balsas e o porto foi interditado. Já os trabalhadores foram remanejados para outro local que até o fechamento desta matéria não nos foi informado.
RG 15 / O Impacto