Bolsonaro vai a ministério discutir situação de Guedes
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram para sair dos cargos na quinta-feira (21/10). A debandada gerou boatos de que Guedes estaria insatisfeito com a pressão para furar o teto de gastos e também cogitaria pedir demissão.
“Paulo Guedes continua no governo e o governo segue na política de reformas. Defendemos as reformas que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo”, disse Bolsonaro sobre os rumores, ainda na quinta-feira, à CNN Brasil.
O presidente também declarou que gostaria que o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, permanecessem na equipe econômica.
Outras saídas
Após Funchal e Bitterncourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo, também pediram exoneração de seus cargos. Oficialmente, as duas saídas ocorreram por “razões pessoais”.
A debandada ocorreu em um momento de descontentamento da equipe econômica com a possível mudança no teto de gastos para acomodar despesas com o novo Auxílio Brasil e o “auxílio-diesel”, anunciado nessa quinta pelo presidente.
De acordo com a pasta, os pedidos de demissão ocorrem por motivos de ordem pessoal. “Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país”, afirmou a Economia.
Mercado derrete
Os rumores de demissão do ministro e a possibilidade de furo do teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil repercutiram negativamente no mercado financeiro.
Às 12h26 desta sexta, a moeda americana operava em disparada, chegando aos R$ 5,75, subindo a 1,46%. Perto do mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), caía 3,63%, aos 103.823 pontos.
Fonte: Metrópoles