Proposta cidadã: aliste-se…
Por Dr. José Ronaldo Dias Campos
O exercício ativo da advocacia, ao longo de quase quatro décadas, proporcionou-me assistir inúmeras delações a respeito de injustiças e abusos sofridos por pessoas, geralmente humildes, que apostavam na minha intervenção profissional para resolução de seus problemas.
Muitas vezes, confesso, senti-me impotente frente aos impasses que se apresentavam, promovendo, na medida do possível, os encaminhamentos que julgava necessários e adequados à resolução da causa, sem fugir do embate.
O pior é que constatei, em número que a estatística não pode desprezar, pessoas envolvidas nessas questões que não acreditam, ou pelo menos duvidam da credibilidade de nossas instituições, preferindo recorrer a quem lhe transmita confiança, quando não preferem silenciar e entregar tudo a DEUS.
Assim, para fortalecer a prática cidadã pensei (e não é de hoje) na reunião, de forma eclética e democrática, de um grupo de pessoas probas numa associação que pudesse servir de elo entre o povo sofrido e abandonado e as autoridades constituídas, proporcionando o acesso do hipossuficiente ao poder estatal, por intermédio de um processo célere, econômico e de efetivo resultado, não necessariamente judicial, oficial, formalístico, moroso.
Além de servir de ”porta-voz” da sociedade, incursionaria ainda a organização civil na gestão pública, otimizando, criticando quando necessário, propondo ações coletivas na defesa de direitos supraindividuais, ativando o Ministério Público no cumprimento de suas atribuições constitucionais e legais, exigindo postura dos legisladores etc.
Para tanto, embrionariamente, conclamo denodados santarenos, de nascimento ou adoção, para a estruturação da novel entidade, que deverá congregar profissionais liberais como médico, advogado, engenheiro, jornalista, professor, em resumo, formador de opinião, com a necessária independência à obtenção do propósito colimado.
Afinal, a união faz a força.
O Impacto