GRUPO CRIMINOSO QUE ATUA NA REGIÃO OESTE DO PARÁ E MOVIMENTOU R$1 BILHÃO É DESARTICULADO PELA PF
A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira (04) a OPERAÇÃO NARCOS GOLD, que tem como foco principal combater o crime de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, descapitalizando e desarticulando um grupo criminoso que atua na região Oeste do Pará há pelo menos 3 anos.
Estão sendo cumpridos 12 (doze) mandados de prisão preventiva e 30 (trinta) mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Goiás, Tocantins e São Paulo, expedidos pela 1 ª Vara Criminal da Justiça Estadual da Comarca de Santarém. Além disso, foi determinado o sequestro de 12 (doze) aeronaves, bloqueio de valores em contas bancárias e indisponibilidade de diversos outros bens móveis e imóveis.
De acordo com informações, em Santarém, mandados foram cumpridos em uma das mansões do condomínio de luxo situado na Avenida Fernando Guilhon, ao lado do Shopping.
No município de Itaituba, um dos alvos da PF teria sido Heverton Soares, agropecuarista dono da fazenda Vale do Ouro. Em 2020, a propriedade foi palco de uma live de Wesley Safadão.
Conforme apurado, as pessoas físicas e jurídicas investigadas, estabelecidas em vários estados da federação, movimentaram mais de 1 bilhão de reais no período de 2017 ao início de 2021.
A investigação revelou que o transporte da substância era realizado por meio de aviões que partiam de outros estados até o Oeste do Pará, e neste local era feita a distribuição do produto ilícito para outras unidades da federação. Além disso, foi verificado que o grupo utilizava garimpos de ouro como base para pousos e decolagens no transporte de drogas e, também, como fachada para lavagem de dinheiro.
Uma das hipóteses criminais investigadas é a de que os investigados utilizavam Notas Fiscais de transações fictícias com ouro para justificar o patrimônio milionário.
A operação envolveu mais de 130 (cento e trinta) policiais federais, com destaque para a atuação do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), do Comando de Aviação da Polícia Federal (CAOP) e teve o apoio logístico do Exército Brasileiro.
Os crimes investigados no Inquérito Policial correspondente são de tráfico de drogas e associação para o tráfico (Art. 33 da Lei n° 11.343), corrupção passiva e ativa (Art. 317 e Art. 333 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Art. 1° da Lei n° 9.613), cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.
O nome da operação remete à matéria investigada (tráfico de drogas em associação) e ao uso da mineração de ouro como fachada para justificar os volumosos recursos em tese aferidos com a traficância. (Com informações da PF/PA)
O Impacto
Foto: Reprodução
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