Servidor da Receita Federal é preso por corrupção no Amapá

A Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã d quinta-feira (18) durante a segunda fase da Operação Contrapartida, que investiga um esquema de cobrança indevida, orquestrado por um servidor da Receita Federal, em troca do vazamento de informações privilegiadas do órgão a empresários do Amapá.

As ordens judiciais foram cumpridas na casa de um empresário, um contador e um servidor da Receita. Este último foi preso preventivamente. De acordo com a PF, a primeira fase da operação, deflagrada em 27 de maio deste ano, ocorreu depois que a Polícia Federal identificou um arranjo criminoso entre um contador e um servidor da Receita Federal, que possibilitava o acesso privilegiado às informações restritas do órgão.

A suposta influência dentro da instituição era utilizada pelo contador para beneficiar seus clientes. Em troca, o agente público recebia vantagens indevidas a cada novo ‘negócio’ fechado pelo contador. A Justiça Federal decretou o afastamento cautelar do servidor das funções. Após análise do material apreendido, foram identificados indícios que a atuação do servidor ocorria de forma habitual, em uma factível ramificação de acertos, abarcando outros empresários.

Foi identificado ainda que o contador, que havia sido preso em 2009 por saques fraudulentos do FGTS com utilização de documento falso, continuava perpetrando possíveis atos criminosos, e em especial, por estar usando do contato que tem dentro da Receita Federal para obter de seus clientes vantagem a pretexto de influir em atos praticados por funcionários públicos.

A investigação identificou ainda que um dia antes da deflagração da primeira fase da operação, o servidor da Receita Federal teria recebido valores indevidos. Ele ainda teria oferecido, informalmente, uma proposta para negociação relativa a tributos de empresa de segurança privada junto à Receita Federal.

Os investigados vão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, com penas que podem chegar a 12 anos de prisão. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Fonte: Diário do Amapá

Foto: Reprodução/PF

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