OMS afirma que Ômicron possui risco elevado em nível global
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu, nesta segunda-feira (29/11), que “o risco global relacionado a nova variante Ômicron está classificado como altíssimo”. Mesmo assim, existem muitas incertezas sobre a variante, inclusive sobre o perigo real.
Ministros da Saúde dos países do G7 se reuniram em caráter de urgência em Londres, para discutir como frear a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus, causador da Covid-19.
“Dadas as mutações que podem conferir potencial de escape à imunidade e possível vantagem na transmissibilidade, 0 potencial de uma onda futura do Omicron em nível global é alto”, alertou a organização. A OMS também afirma que há muitas dúvidas sobre a variante, especialmente sobre o perigo real que representa e que, até o momento, não se registrou nenhuma morte associada à variante Ômicron.
Entre as incógnitas que envolvem o novo vírus está o nível de contágio e se este é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune.
A variante, detectada inicialmente no sul da África, tem se espalhado pelo mundo. A OMS diz, em comunicado, que a Ômicron tem um “número sem precedentes de mutações de pico, algumas das quais são preocupantes pelo seu impacto potencial na trajetória da pandemia”.
Variante B.1.1.529
Nas últimas semanas, a quantidade de casos de Covid-19 aumentou significativamente na África do Sul, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. Ela vem sendo considerada pela comunidade científica uma das variantes mais complexas. Para avaliar o potencial de transmissibilidade e letalidade, bem como a resistência às vacinas, novos estudos precisarão sem feitos.
“Há uma série de estudos em andamento, e o grupo de aconselhamento técnico continuará avaliando essa variante. A OMS comunicará as novas descobertas aos Estados Membros e ao público, conforme necessário”, informou a agência internacional.
Mutações da nova variante estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes, o que poderia indicar a possibilidade de o vírus escapar da ação das vacinas, segundo o professor de microbiologia da Universidade de Cambridge Ravi Gupta. “Parece, certamente, uma preocupação significativa”, afirmou Gupta ao jornal The Guardian.
A nova cepa tem mais de 50 mutações, 32 delas localizadas na proteína Spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas e se reproduzir no corpo. O número é quase o dobro das identificadas na variante Delta.
Fonte: Metrópoles