Fábrica de ração para peixes da Ufopa inicia produção em Santarém

O grupo de pesquisa Aquicultura no Baixo Amazonas, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), promoveu o curso “Nutrição de peixes e fabricação de rações” no Laboratório Múltiplo para Produção de Organismos Aquáticos (Lampoa), no período de 6 a 9 de dezembro.

Ministrado pelo professor do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Paulo Adelino de Medeiros, o curso foi destinado a estudantes de graduação dos cursos de Engenharia de Pesca e Zootecnia da Ufopa, que receberam informações quanto às necessidades nutricionais e o processo de formulação e produção de rações. Eles também desenvolveram atividades práticas referentes à moagem e à mistura dos ingredientes da ração de peixes formulada por eles durante o curso. Ao final das atividades, os alunos participaram da produção da primeira ração para peixes na nova fábrica de ração instalada no terreno da Ufopa na rua Santana, anexo ao Lampoa.

Coordenada pela professora Michelle Fugimura, do Instituto de Ciência e Tecnologia das Águas (ICTA), e pelo professor Gustavo Claudiano, do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), a fábrica de ração da Ufopa estará em pleno funcionamento a partir de 2022. A parceria do ICTA e do IBEF teve apoio da gestão superior da Universidade. Os primeiros testes de produção de rações com ingredientes alternativos deixaram docentes e alunos entusiasmados com as possibilidades promissoras neste campo de pesquisa, a nutrição de peixes.

“Esse ano a fábrica foi instalada em local próprio e a partir de janeiro do ano que vem estaremos operando com total capacidade, o que vai permitir o desenvolvimento dessa e de outras pesquisas”, ressalta a coordenadora da fábrica, Profa. Michelle Fugimura.

O grupo já está desenvolvendo um projeto de inovação tecnológica financiado pelo The Natural Conservancy (TNC), através de um edital em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humanos (RIDH) da Ufopa, que prevê o desenvolvimento de uma ração artesanal como forma de contribuir e reduzir com os custos de produção de peixes por comunidades da Floresta Nacional (Flona) do Tapajós.

“É uma ração alternativa que vai ser utilizada para avaliar o desempenho na criação de tambaquis. Vamos iniciar atendendo a comunidade Tauari, na Flona, que desenvolve a criação de tambaquis em tanques-rede há algum tempo e a gente vem acompanhando essa produção. A ideia é que essa comunidade sirva de exemplo, de modelo para outras comunidades que possam ser atendidas futuramente com novos recursos, ampliando o fornecimento de ração”, explica Michelle.

RG 15 / O Impacto com informações da UFOPA

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