Após Rio Tocantins chegar a 11,08 metros, Marabá decreta estado de emergência
O prefeito de Marabá, Sebastião Miranda Filho, decretou estado de emergência na manhã desta segunda-feira (3) após dezenas de famílias ficarem desabrigadas devido à cheia do Rio Tocantins, que atingiu a marca dos 11,08 metros.
Moradores da Marabá Pioneira chegaram a fechar a entrada do núcleo em protesto por abrigos no local. Atualmente, o município tem construções nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova abrigando flagelados.
Reunião tratou das medidas a serem tomadas nos próximos dias
Uma reunião de emergência foi realizada no final da manhã na Secretaria Regional de Governo, onde o secretário regional, João Chamon Neto, informou que o Governo do Pará está se colocando à disposição do município para ajudar os desabrigados. “Estamos preocupados pela atipicidade das cheias e estamos neste momento concluindo uma reunião de trabalho com Defesa Civil, Bombeiros e Exército. A ordem do governador (Helder) é dar prioridade absoluta para Marabá”, declarou.
Segundo ele, durante esta reunião foi definido um plano de trabalho para os próximos dias e mais abrigos serão construídos. “O prefeito também decretou na manhã de hoje o estado de emergência, documento essencial para que possa os governos do estado e o federal destinarem ajuda humanitária”, acrescentou Chamon, afirmando que a união de esforços tem como objetivo minimizar o sofrimento das famílias.
Jairo Milhomen, coordenador da Defesa Civil de Marabá, informou haver ao menos 150 pessoas já instaladas em abrigos e confirmou que o município não está auxiliando na mudança daquelas que optam por construir os próprios abrigos, segundo informou mais cedo o Correio de Carajás. Isso porque, segundo ele, o local escolhido por elas, na Z-30, é considerado de risco.
Ainda de acordo com o responsável pela Defesa Civil, há vagas disponíveis em abrigos públicos, mas as pessoas precisam se cadastrar para que sejam feitas as mudanças. “Estamos construindo mais abrigos e quem está na chuva é porque quer, mas tem que lembrar que há um cadastro e tem uma fila para os caminhões atenderem, não é chegar e falar que tá dentro da água pra ser atendido imediatamente”.
Fonte: Correio de Carajás