Por falta de funerária na cidade, mãe carrega filho morto no colo, no Marajó
Por falta de funerária na cidade, uma mãe teve que carregar o corpo do filho morto, em Melgaço, na ilha do Marajó. As imagens circularam pela internet e causaram comoção em muitas pessoas. Ela transporta o filho, no colo, na carona de uma motocicleta.
O adolescente morreu afogado, após cair em um criadouro de peixes desativado, comuns na região. Ele chegou a ser levado ao hospital municipal, mas morreu no caminho, na segunda-feira (21). Melgaço tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.
As imagens mostram a mãe saindo do hospital. As pessoas a ajudam no transporte e a moto segue para a casa dela. A direção do hospital informou que Melgaço não tem funerária. Quando alguém morre no hospital, funcionários de funerárias de outras cidades vão até o município para prestar serviços fúnebres, antes da liberação do corpo às famílias.
Mas, ainda segundo o hospital, após a perda, a família decidiu não esperar pelo serviço e levar o corpo para casa, de moto. Segundo o diretor do hospital, Elizeu Souza, a ambulância que aparece no vídeo não pode ser usada para transportar pessoas mortas, já que veículos de atendimento médico só podem ser usados para socorro de pacientes.
“Todos os procedimentos técnicos de enfermagem foram rigorosamente aplicados”
Em nota, o Hospital Municipal de Melgaço disse que se solidariza com amigos e familiares do adolescente que “teve sua vida interrompida de forma trágica e inesperada”. “Nossos sinceros sentimentos”, diz a nota. Ainda de acordo com a nota, “todos os procedimentos técnicos de enfermagem foram rigorosamente aplicados”. “Repudiamos qualquer tentativa de manchar a imagem pessoal e profissional de nossos colaboradores desta unidade hospitalar, que se dedicam dia e noite para melhor servir nossa comunidade (…) independente de credo, raça, religião”, conclui a nota.
Foto: Reprodução
Fonte: O Liberal
Tem que melhorar este título da matéria, falta funerária na cidade, como deve faltar muitas outras coisas, mas a atitude da família foi mesmo por falta de paciência. É triste, mas se é uma realidade da região, a família tem que entender. De uma certa forma, a chamada denigre o setor funerário.