Segup: Há um ano e meio Pará não registra roubos a bancos na modalidade ‘novo cangaço’
Investimento, integração e inteligência são as principais estratégias adotadas pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), para coibir e inibir as práticas de roubo a banco na modalidade “novo cangaço”, alcançando a redução de 100% nos casos e mantendo a estabilidade há um ano e seis meses, sem nenhum registro em todo o Estado, segundo os dados computados pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).
Em 2021, o Pará atingiu a redução de 100%, se comparado aos anos de 2018, 2019 e 2020, que computaram 19, 15 e três casos, respectivamente. Desde o último registro, ocorrido na madrugada de 1º de dezembro de 2020, no município de Cametá, na região do Baixo Tocantins, não houve mais casos, atestam os números coletados até o dia 10 de junho de 2022.
O roubo a banco nesta modalidade ainda foi registrado em outros estados do Brasil nos últimos anos. Situação diferente do Pará, que segue apresentando não apenas redução, mas mantendo a queda, resultado da forte integração, da troca de informações de inteligência, inclusive com outros estados, e da repressão que ocorreu nos últimos eventos ocorridos, ressalta o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
Segundo ele, “ainda que não tenhamos nenhum registro desde 2020, mantivemos nossas ações de investigação, inclusive por meio do comitê estabelecido, que se reúne para definir e alinhar estratégias com o intuito de continuar atuando com prevenção, que sabemos é o melhor caminho no combate a esse tipo de crime. Então, vamos continuar investindo em integração e inteligência para manter sem nenhum evento dessa modalidade em todo o Estado”, afirma o titular da Segup.
Estratégias – Os investimentos em inteligência possibilitam investigações ainda mais meticulosas, além do fortalecimento da estrutura da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro, assim como a criação da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Todos atuam na apuração e no combate a esse tipo de ocorrência, e para a punição dos envolvidos. Também é essencial a integração das forças de segurança que atuam diuturnamente por meio de ostensividade, investigação e troca de informações.
Um dos exemplos de integração é o Comitê Permanente de Enfrentamento às Ações Criminosas Contra Instituições Bancárias e Transportes de Valores, formado em fevereiro de 2022 por especialistas das forças de segurança para o estabelecimento de estratégias de combate e prevenção da criminalidade na capital e interior do Estado.
A desarticulação antecipada das ações criminosas e o cumprimento de mandados de prisão previamente expedidos contra integrantes de grupos criminosos estão entre as medidas que a segurança pública vem adotando para combater esse tipo de crime, informou o presidente do Comitê e secretário adjunto de Inteligência, delegado André Costa.
Prevenção – “Permanecemos atuando na prevenção dessa modalidade de crime, e por meio do Comitê, estratégias de inteligência e várias frentes de ação estão sendo trabalhadas nos eixos de aquisição, comunicação e tecnologia, além dos planos de enfrentamento, contenção e acionamento. Tudo o que está sendo construído no Comitê tem sido trabalhado pelos especialistas, dentro da atribuição de cada força, na qual elas podem propiciar ao Sistema de Segurança Pública aprimoramento, avanço e, principalmente, o entendimento de roubos a banco no Pará. Estamos aproveitando a oportunidade de estarmos há mais de um ano sem nenhum tipo de evento na modalidade novo cangaço no Estado, trabalhando para que possamos ampliar as estratégias e, caso venha a ocorrer, possamos enfrentar da melhor maneira possível, evitando principalmente a perda de vidas e minimizando os efeitos para a comunidade local”, ressalta o titular da Siac.
O roubo a banco na modalidade vapor ou novo cangaço é caracterizado pela violência de grupos criminosos que chegam a um município fortemente armados, dominando a população e as forças de segurança pública, e atacando instituições. O termo foi usado no Pará no início dos anos 2000, mas a forma de atuação também é comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. (Com informações da Agência Pará)
O Impacto