Justiça Federal condena à prisão dois brasileiros ligados à máfia japonesa
A Justiça Federal de São Paulo condenou dois brasileiros ligados à máfia japonesa, chamada Yakuza, à pena de 30 anos de prisão. A informação foi divulgada nesta terça-feira (28). Os dois cidadãos foram condenados pelos crimes de crimes de extorsão mediante sequestro e homicídio.
O caso ocorreu em Nagoya, no Japão, em 2001. De acordo com a juíza, Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal, a materialidade e autoria do crime foram comprovadas segundo as provas obtidas pela polícia japonesa, depoimento das testemunhas, interrogatório dos réus, laudos periciais e filmagens.
Os dois foram julgados no Brasil porque fugiram para cá. O Ministério Público Federal (MPF) os denunciou atendendo a um pedido feito pelo Japão.
A condenação aconteceu no dia 24 deste mês. Ao analisar o caso, a juíza salientou que os depoimentos colhidos na instrução, por meio de carta rogatória, e os prestados à polícia japonesa comprovam que os brasileiros foram aliciados a participar do crime pela máfia, com a promessa de recompensa financeira, e com o pleno conhecimento de que iriam participar de uma ação contra um empresário.
Eles usaram roupas e equipamentos de trabalhadores da construção civil na participação do crime. A denúncia foi apresentada pelo MPF em 2017, atendendo a um pedido de cooperação internacional feito pelo Japão, porque os dois envolvidos fugiram para o Brasil. Nesse mesmo ano, o caso chegou à 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que logo pediu a prisão preventiva da dupla.
Em setembro de 2001, os brasileiros e mais sete pessoas sequestraram um empresário no Japão e, posteriormente, o assassinaram a tiros.
Eles também provocaram graves lesões na companheira do empresário, utilizando uma arma de fogo. As investigações feitas pela polícia local indicam que o empresário tinha alguma atividade com a máfia e que teria se desentendido com um mafioso, que lhe devia milhões de ienes, o dinheiro japonês.
A investigação aponta que o grupo obteve da vítima cerca de 1,6 milhão de ienes, aproximadamente R$ 47 mil, e sete objetos de valor, como colar e relógio. Eles ainda exigiram da companheira do empresário 50 milhões de ienes, cerca de R$ 1,5 milhão, como condição liberdade do homem, sem que ela soubesse que o empresário já estava morto. A dupla de brasileiros receberia 50 mil e 100 mil ienes.
Fonte: CNN Brasil
É só fazerem greve de fome e de sede que o pai dos pobres vai mandar soltar!!!