Pai tira filha de escola após a estuprar e a engravidar
O Brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Para o caso do estupro resultar em lesão corporal grave, ou a vítima ter entre 14 e 18 anos, a pena é aumentada, de 8 a 14 anos; se resultar em morte, de 12 a 30 anos.
Um homem de 48 anos é procurado pela Polícia Civil de Goiás por suspeita de estuprar e engravidar a própria filha, de 15 anos, no município de Santa Rosa de Goiás (GO).
A gravidez da menina foi descoberta quando o conselho tutelar do município recebeu uma denúncia anônima, no começo de julho, afirmando que a garota era mantida em cárcere. No mês de fevereiro, o pai da adolescente tinha pedido a transferência dela da escola afirmando que a família iria se mudar, o que não ocorreu.
“Recebemos uma ligação anônima afirmando que ela estaria sendo mantida praticamente em cárcere e sem estudar. Como o responsável é obrigado a matricular e manter o filho estudando, fomos até a residência da adolescente”, explicou em entrevista ao UOL a conselheira Viviane Tanja.
Segundo a profissional, durante a visita, o pai da garota, que não teve identidade revelada, não permitiu que os conselheiros vissem a menina. No dia seguinte, após outra ligação de denúncia sobre o caso, eles retornaram ao local com a polícia.
“Com a Polícia Militar, ele trouxe a adolescente [até a porta]. Mesmo com a barriga de oito meses, eles tentaram negar que ela estava grávida. A polícia conseguiu que ele confirmasse a gravidez e ele informou que o pai do bebê era um primo dela”, disse a conselheira.
Após descobrir sobre a gravidez, o Conselho Tutelar pediu que a menina iniciasse consultas pré-natais e voltasse às aulas. Quando chegou à escola, na última segunda-feira (11), a adolescente contou que esperava o filho do próprio pai.
“Ela disse que queria ir à polícia denunciar os abusos. Ela denunciou e ele fugiu”, contou Viviane. Os crimes teriam acontecido no fim de 2021, quando o homem ficou sozinho com a filha em casa.
Segundo a conselheira, a adolescente vai ter o filho e moradores da cidade de menos de 3 mil habitantes se organizaram para fornecer os mantimentos necessários à chegada do bebê.
Fonte: Dol