4 alimentos que são extremamente tóxicos para os animais de estimação
Saiba o que evitar para que o pet não se envenene e quais os sintomas para estar sempre alerta
Muitas pessoas consideram seus bichinhos de estimação como seus próprios filhos, e esse aumento de afeto entre humanos e animais é uma tendência que atinge o mundo todo. Por um lado, aumenta o cuidado com a saúde dos bichinhos e o amor que eles recebem. Porém, essa “humanização” também leva a comportamentos e hábitos que podem ser prejudiciais para os bichinhos, principalmente em relação à alimentação.
É muito comum ouvir que determinado cão ou gatinho gosta de comer alguns alimentos que são destinados para humanos. Mas o que muitos tutores podem não saber é que várias substâncias contidas em alimentos para humanos podem ser extremamente tóxicas para pets e inclusive pode levar os bichinhos à morte. Com base nisso, preparamos uma lista de 4 alimentos que devem ser evitados por serem tóxicos e ameaçarem a saúde dos pets. Confira:
Chocolate
O chocolate, embora seja delicioso, é um dos alimentos mais tóxicos. Isso porque o cacau, o principal ingrediente do chocolate, é rico em uma substância chamada teobromina, e a maioria dos animais, com exceção dos humanos, não tem capacidade de digerir essa substância.
Como consequência, a teobromina que não foi digerida se acumula no organismo do bichinho e causa uma série de danos a diferentes sistemas. A teobromina é um forte estimulante cardíaco e vasoconstritor. Seu efeito acumulado estimula o trabalho excessivo do coração e pode levar a arritmia e parada cardíaca de cães e gatos. Não existe quantidade mínima segura de chocolate para animais.
Alho e cebola
A dupla de temperos indispensáveis em qualquer cozinha também é extremamente tóxica para animais de estimação, seja na versão crua, cozida ou mesmo desidratada. Os animais são atraídos pelos alimentos humanos devido ao alho e à cebola realçarem os aromas da comida, deixando mais convidativa para os peludinhos, porém devem ser evitados a todo custo.
O alho e a cebola possuem, respectivamente, dissulfeto de alipropila e alicina, que são duas substâncias que destroem as hemácias (também chamadas de glóbulos vermelhos) do sangue. Isso pode acarretar outros sintomas como mucosas pálidas (principalmente as gengivas), taquicardia, taquipneia, letargia, fraqueza e anemia. Casos mais graves incluem vômitos, diarreia e dores abdominais. Todos esses sintomas enfraquecem o quadro geral de saúde do animal e podem levá-lo a óbito.
Para causar esses sintomas, é preciso pouca quantidade de alho e cebola, apenas 5 a 10 gramas de cebola fresca por quilo corporal do animal. Gatos são mais sensíveis ao alho, sendo necessário apenas 5 gramas por quilo para causar uma intoxicação severa.
Uvas
Tanto as uvas quanto as passas são extremamente venenosas para cães. É preciso pouca quantidade para intoxicar o pet, sendo de 2,8 gramas de passas por quilo de peso corporal e 19,6 gramas de uvas frescas por quilo de peso corporal, e isso se aplica a todos os tipos de uvas. Não se sabe ao certo qual substância acarreta o envenenamento, mas é sabido que se trata de uma nefrotoxina (uma substância que afeta os rins).
Os principais sintomas são: vômito, letargia, anorexia, diarreia, dor abdominal, ataxia (dificuldade ou incapacidade de manter a coordenação motora), fraqueza e, em casos mais graves, podem causar insuficiência renal aguda, falência dos rins e óbito do animal. Não existem casos relatando intoxicação de gatos por ingestão de uvas, mas é melhor manter o alimento longe dos bichanos para evitar qualquer complicação.
O que fazer se o pet ingerir algum desses alimentos?
O principal a ser feito é levar o animal a um profissional de medicina veterinária o mais rápido possível e relatar o que foi ingerido. Jamais tente induzir o cão ou gato ao vômito para retirar o alimento do estômago do bicho, pois isso só vai desidratar o animal, e a substância tóxica já vai estar em circulação pelo organismo do pet. Assim que chegar ao veterinário, o profissional vai avaliar a situação e proceder para uma lavagem intestinal junto de remédios injetáveis para conter os sintomas até que o efeito tóxico passe.
O Impacto
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